A justiça de Alagoas proibiu, nesta quarta-feira (8), um show do cantor Wesley Safadão na cidade alagoana de Viçosa, contratado pela prefeitura por R$ 600 mil. Na decisão, a juíza de primeira instância ainda colocou regras para a contratação de shows em todo o estado, de maneira que shows de grandes artistas se tornariam inviáveis.
A apresentação de Wesley Safadão estava marcada para o domingo (12), como parte das festas de São João do município. Atendendo a um pedido do Ministério Público do estado, a juíza Juliana Batistela de Aguiar, do Tribunal de Justiça de Alagoas, chamou a contratação de “intolerável desvio de finalidade do ato público”, desproporcional ao orçamento estadual.
“É uma falácia a justificativa de que um show pelo qual se pague ao artista R$ 600 mil seja benéfico porque gera renda e empregos”, justificou a magistrada. “Se houver emprego por um dia ou um final de semana, e renda, porque o comércio local irá vender mais, essa monta nunca irá chegar nem perto dos R$ 600 mil despendidos ao artista.”
Além de impedir o show do cantor, a juíza impôs regras para a contratação de artistas em todo o estado. A partir de agora, cada show contratado pelo estado não pode custar mais de R$ 50 mil por artista – nos municípios, o limite é de R$ 20 mil. O estado poderá gastar até R$ 500 mil para contratar todos os artistas, e o limite para Viçosa será de R$ 100 mil.
A decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso. A prefeitura ainda não se manifestou.
Na manhã desta quarta-feira (8), uma batida entre um carro e um caminhão ocorreu na rodovia SP-255, nas proximidades de Araraquara. Um jornalista foi cobrir o acidente e, quando chegou no local, descobriu que a vítima fatal da colisão era seu próprio filho.
O jornalista Carlos Alberto Baldassari estava fazendo um live no Facebook para gravar o local do acidente e, quando menos esperava, ao se aproximar do carro envolvido na colisão, observou que a vítima fatal era seu filho, Tiago Cequeto Baldassari, de 32 anos. Tiago deixou a esposa, que estava grávida de três meses e uma filha de 8 anos.
Após notar que o envolvido era Tiago, o jornalista interrompe a live no mesmo momento. Logo em seguida, uma nova live volta a ser transmitida, já com Carlos Alberto divulgando que a vítima era seu filho, companheiro de bancada nas apresentações dos programas do canal ‘Balda News’.
“Vida de repórter é isso. Muitas pessoas, talvez, não vão entender o momento em que a gente está vivendo aqui na rodovia. Ali está o carro que se envolveu no acidente, o corpo já foi retirado por isso eu estou mostrando para vocês, o caminhão foi parar a cerca de 100 metros ali no acostamento. E vocês se segurem agora porque eu vou dizer quem é o condutor do veículo que perdeu a vida aqui: é meu filho, o Tiago, que fazia comigo todos os dias a apresentação dos programas, as lives e essa manhã a gente veio cobrir o acidente e quando eu cheguei, era meu filho”, comentou.
E completou: “Infelizmente, neste mundo que a gente vive da reportagem, tem hora que a gente vai cobrir ocorrências que envolvem familiares. Infelizmente, hoje, é o meu filho. A gente perde o Thiago e que Deus o receba de braços abertos, é um menino bom, de bom coração”.
A dona de um hotel foi morta após ser agredida na cabeça com um vaso e um extintor de incêndio na noite de segunda-feira (6). O suspeito pelo homicídio é um hóspede de 41 anos, que foi preso em flagrante.
Segundo informações da Polícia Militar, Maria José Antunes, de 64 anos, foi atacada ao tentar defender o marido das agressões de um hóspede, que o acertou com um pedaço de pau no braço logo depois de voltar para o hotel, localizado no Centro da cidade.
Depois de levar um chute e de cair, a vítima foi golpeada na cabeça. Após as agressões, o hóspede se trancou no quarto até a chegada da polícia, de acordo com a PM.
A mulher chegou a ser levada para um hospital da cidade, com ferimentos visíveis na cabeça, segundo o boletim de ocorrência, e teve a morte confirmada pelo médico que a atendeu.
O marido dela, Sebastião Lorente, teve ferimentos no braço esquerdo e permaneceu sob observação médica antes de prestar depoimento às autoridades.
O suspeito, Eduardo Teixeira Mendes, foi levado ao plantão da Polícia Civil em São Joaquim da Barra (SP), onde foi indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil e meio cruel, devido à morte da empresária, e por lesão corporal, devido às agressões contra o marido dela.
A vítima era irmã da cirurgiã plástica jalesense dra. Alice Antunes Mariani.
O juiz José Fernando Steinberg, da Vara do Juizado Especial Criminal da Barra Funda, em São Paulo, condenou dois militantes bolsonaristas a 19 dias de prisão.
Antonio Carlos Bronzeri e Jurandir Pereira Alencar, ao lado de outras pessoas não identificadas, fizeram uma manifestação em frente ao apartamento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, por causa de uma liminar concedida pelo magistrado para suspender a nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo de diretor da Polícia Federal, em 2020.
Segundo os autos, a dupla e seu grupo de militantes passaram duas horas gritando palavras de ordem, xingamentos e ameaças ao ministro e ao Supremo.
De posse de microfone e caixa de som, eles gritaram coisas como: “o Brasil é nosso”, “abaixo STF””, “ministro comunista”, “não gosta de polícia”, “advogado do PCC”, “canalha”, “covarde”, ” corrupto” e “ladrão”, além de xingamentos homofóbicos como “viado” e “maricas”. Um deles chegou a afirmar que iria “defenestrar o ministro e sua família da face da Terra”.
A dupla de militantes foi detida pela Polícia Militar, que atendeu a chamado da escolta do ministro Alexandre. Após o episódio, o STF determinou que seguranças privados permanecessem de vigília na residência do ministro 24 horas por dia.
Diante disso, o magistrado condenou Bronzeri e Alencar pela prática da contravenção penal prevista no artigo 42, inciso I, do Decreto Lei nº 3.688/41 (perturbação do sossego alheio).
O cantor sertanejo Rodolfo Santoro foi condenado na quarta-feira (25) a 28 anos, 5 meses e 6 dias de prisão por estuprar a enteada durante uma década em Maceió. O réu já estava preso desde dezembro de 2021, após a vítima de 14 anos contar à mãe que sofria abusos desde que tinha 4 anos.
A reportagem do g1 não conseguiu contato com a defesa de Santoro. À época da prisão do réu, o chefe de operações da Delegacia de Crimes Contra a Criança e o adolescente (DCCCA), Alan Barbosa, disse que o cantor confessou o crime ao ser preso.
A decisão foi do juiz Ygor Vieira de Figueirêdo, da 14ª Vara Criminal da Capital. Os detalhes do jugalmento não foram informados pois o processo corre em segredo de justiça.
“Segundo o que a mãe dela relatou para a polícia, ela não sabia que os abusos aconteciam, só descobriu agora, porque a adolescente não aguentava mais a situação e contou para ela”, afirmou o chefe de operações.
A Polícia Civil de Alagoas informou que menina disse que deixava de comer para ficar “magra e feia”, em uma tentativa de evitar os estupros cometidos pelo padrasto. “Deixava de comer para ficar magra, para ficar feia e tentar afastá-lo”, disse o chefe de operações.
Os estupros aconteciam na casa da família, onde Rodolfo morava com a vítima, a mãe dela e mais um filho do casal.
O cantor é alagoano e fazia parte de uma dupla sertaneja que por quase uma década fez shows em bares e eventos de Alagoas, mas há mais de um ano estava em carreira solo.
Ainda bem que, segundo o Sérgio Reis, dinheiro de prefeitura não é dinheiro público. Deu no DCM:
Uma investigação preliminar está sendo feita pelo Ministério Público de Minas Gerais, a respeito da contratação do show do cantor Gusttavo Lima, no valor de R$ 1,2 milhão. O show aconteceria em Conceição do Mato Dentro, cidade a 163 quilômetros de Belo Horizonte.
Como a cidade tem 17.500 mil habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia), é como se cada morador estivesse pagando R$ 68,5 para custear o preço do cantor. Com isso, segundo a Folha, o MP instaurou o procedimento a pedido da Câmara Municipal de Conceição de Mato Dentro.
Essa investigação em Minas surgiu dois dias depois do Ministério Público de Roraima ter aberto um inquérito para analisar a contratação do mesmo cantor sertanejo por R$ 800 mil em São Luiz, cidade com cerca de 8 mil habitantes. O MP quer que a prefeitura esclareça a origem do dinheiro e qual será o retorno do investimento na apresentação do cantor para os moradores da cidade.
Enquanto isso, o sertanejo afirmou também para a Folha, em nota, que não é seu papel ”fiscalizar as contas públicas” e a origem do dinheiro que as prefeituras usam para pagar o preço de seus shows, e que não compactua com ilegalidades cometidas por representantes do poder público, em qualquer esfera.
A Polícia Federal deflagrou nessa quinta-feira (26/5) a Operação MANDARK, objetivando desmantelar estrutura criminosa responsável pela comercialização de cédulas falsas por meio de mídias sociais e entregues por via postal em todo o Brasil.
Foram cumpridos, em municípios de Minas Gerais, dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal de Jales/SP.
Equipamentos eletrônicos (celulares e notebooks) foram apreendidos e serão encaminhados para exame pericial na Delegacia de Jales/SP, visando à continuidade das investigações, inclusive, com possibilidade de identificação de outros envolvidos nos crimes em apuração.
As investigações foram iniciadas em decorrência de apreensão de moeda falsa ocorrida em Fernandópolis/SP. Naquela ocasião, dois indivíduos foram presos em flagrante delito. Após diversas diligências investigativas, chegou-se aos suspeitos de serem fornecedores das cédulas falsas no município mineiro, que hoje foram alvos das buscas.
Os investigados poderão ser indiciados pelo crime de moeda falsa, que é tipificado no artigo 289 do Código Penal Brasileiro, com pena de 3 a 12 anos de reclusão.
Bolsonaro, ao incentivar a polícia a matar, é cúmplice de mais esse crime. Do jornalista Julinho Bittencourt, na revista Fórum:
Há exatos dois anos, no dia 25 de maio de 2020, George Floyd foi morto, estrangulado por Derek Chauvin, um policial branco de Minneapolis (EUA) que se ajoelhou sobre seu pescoço.
No mesmo dia, dois anos depois, na quarta-feira (25), Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, morreu após ser asfixiado por agentes da Polícia Rodoviária Federal no município de Umbaúba, no Sul de Sergipe, no Brasil.
O caso de Floyd virou os EUA, até então governado pelo presidente de extrema-direita Donald Trump, do avesso. Milhões de pessoas foram às ruas em manifestações permanentes, que giravam em movimento pelas ruas de várias cidades.
Meses depois, em dezembro de 2020, o democrata Joe Biden derrotava Trump, não sem antes seus correligionários tentarem melar as eleições de todas as formas, entre elas com uma sangrenta e desastrada invasão ao Capitólio.
No momento em que escrevo, a violência indescritível do caso da morte de Genivaldo sobe vertiginosamente nas redes. Corre o mundo a imagem de um homem aos berros asfixiado em meio à fumaça dentro de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF), enquanto agentes seguram a porta traseira do veículo – com o perverso detalhe das pernas da vítima tremendo em desespero do lado de fora.
Chama também a atenção um fato comum às duas cenas. As pessoas presentes filmam e protestam indignadas, mas se acovardam diante da truculência policial.
Dias antes, na terça-feira (24), 26 pessoas foram mortas na Vila Cruzeiro, Zona Norte do Rio de Janeiro, em uma ação conjunta da Polícia Militar e a Polícia Federal. Nenhum dos mortos era policial, vários eram trabalhadores inocentes que não tinham nada a ver nem com o tráfico nem com as polícias envolvidas.
O presidente Jair Bolsonaro, também de extrema-direita, parabenizou os agentes pela ação: “Parabéns aos guerreiros do BOPE e da @PMERJ que neutralizaram pelo menos 20 marginais ligados ao narcotráfico em confronto, após serem atacados a tiros durante operação contra líderes de facção criminosa”, disse.
Foi seguido por seus filhos, correligionários, assessores e eleitores.
Sobre Genivaldo, no entanto, todos eles se calaram. Assim como Floyd e a maioria dos mortos da Vila Cruzeiro, ele também era negro e pobre. Além disso, Genivaldo tinha transtornos mentais e nenhum registro de agressividade, era casado e pai de um filho.
Sua esposa conta que, ao pedir para que agentes abrissem o porta-malas para que seu marido respirasse melhor, a resposta de um dos policiais foi: “Ele está melhor do que nós, aí dentro está ventilado“. Após a ação, Genivaldo chegou morto ao hospital.
Ao contrário do caso da Vila Cruzeiro e outras chacinas, o de Genivaldo não encontra nenhuma justificativa, nem nas vozes mais fascistas que permeiam nosso Estado. Nem mesmo a fala higienista e incontornável de que era bandido e “bandido bom é bandido morto” pode ser usada contra ele. Genivaldo era um homem comum, cumpridor de seus deveres, trabalhador, pai e marido.
A sanha assassina e descontrolada do Estado bolsonarista trombou dessa vez contra uma parede. A imagem do corpo agonizante de Genivaldo em meio à fumaça dentro do camburão, no interior de Sergipe, cobrará uma resposta.
Assim como George Floyd, que ofereceu seu cadáver para que o nefasto Trump fosse derrubado, que a mesma homenagem seja prestada à memória de Genivaldo, com o fim definitivo do bolsonarismo.
O rapaz gosta de falar mal da lei Rouanet, mas não se incomoda em levar R$ 800 mil de uma das cidades mais pobres de Roraima. E o prefeito que topa pagar essa quantia por um show, seja lá de quem for, devia ser preso. Deu no portal da Forum:
O Ministério Público de Roraima (MPRR) vai investigar a contratação do cantor bolsonarista Gusttavo Lima pela prefeitura de São Luiz, ao Sul de Roraima, por R$ 800 mil para se apresentar na 24ª edição da vaquejada.
A população de São Luiz é estimada em 8 mil habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A cidade, menor município do estado, tem um PIB de R$ 147,6 milhões, o segundo mais baixo de Roraima, ficando atrás apenas de Uiramutã.
A prefeitura recebeu um prazo de dez dias para enviar resposta. O MP não informou quando a investigação foi instaurada.
Além de Gusttavo Lima, também foram confirmados no evento pela prefeitura do município a dupla Cesar Menotti e Fabiano e a cantora Solange Almeida. A vaquejada está marcada para acontecer nos dias 1º, 2º e 3 de dezembro de 2022.
O prefeito de São Luiz, James Batista (SD), foi procurado pela reportagem mas até o momento não obteve resposta. A assessoria do artista também foi procurada.