A “Médicos pela Vida”, integrada por médicos cloroquinistas e bolsonaristas, patrocinou informes publicitários em grandes jornais e outodoors em que defendiam o tratamento precoce. Pelo menos dois médicos aqui de Jales apoiam a associação. Deu no Brasil 247:
A associação Médicos pela Vida, grupo de profissionais de saúde que se uniu para municiar o ‘gabinete paralelo’ na pandemia, perdeu um processo em que pedia “direito de resposta” à Globo por uma reportagem veiculada no Fantástico em março deste ano. A matéria, apresentada por Tadeu Schmidt e Poliana Abritta, mostrava evidências contra o uso de cloroquina no tratamento da Covid-19.
O gabinete ajudava o Ministério da Saúde a implementar políticas de enfrentamento à Covid-19, porém com remédios ineficazes para o tratamento da doença.
De acordo com o portal Uol, na sentença, a juíza Daniela Dejuste de Paula, da 29ª Vara Cível de São Paulo, criticou a postura dos profissionais de saúde que fazem parte da associação.
“Causa espanto, no mínimo, que uma entidade como a autora, que deveria concentrar esforços no sentido de defender a saúde, entendida em sentido amplo, atue de maneira temerária em favor de interesses escusos, contrários à coletividade e à própria finalidade. Causa espanto que ainda haja profissionais da saúde dispostos a se valer de informações falsas em detrimento da saúde de seus pacientes”.
A indenização pedida pelos médicos bolsonaristas era de R$ 10 mil.
Os policiais do estado de São Paulo estão entre os mais mal pagos do país. A notícia é do Conjur:
Nessa sexta-feira (15/10), a partir das 10h, haverá uma manifestação unificada das polícias paulistas, para reivindicar melhores salários. O ato ocorrerá em frente ao Quartel da Luz, em São Paulo, sede do batalhão das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota).
Estarão presentes representantes da Polícia Militar — dentre oficiais, cabos, soldados e pensionistas —, da Polícia Civil — investigadores e escrivães —, da Polícia Penal, além de peritos da Polícia Técnico-Científica.
“Todas as polícias estarão unidas por salários compatíveis e por condições de trabalho para oferecer para a população paulista a segurança pública que ela merece”, diz Raquel Kobashi Gallinati, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp).
Mesmo após sexta-feira, as manifestações devem seguir até dezembro, segundo o Sindpesp, por meio de outros atos, publicações em redes sociais, exibição de faixas nos principais cruzamentos da capital e um abaixo-assinado em favor do reajuste salarial. A entidade ainda prevê ações no interior e litoral do estado.
Remuneração insuficiente:
O principal alvo do protesto é o governador João Doria (SP). Durante sua campanha eleitoral em 2018, Doria prometeu promover um reajuste nos salários dos policiais ao longo dos quatro anos de gestão. No início de 2019 foi feito um reajuste de 5%, acima da inflação na época, mas desde então não houve mais mudanças salariais.
Também naquela ocasião, Doria afirmou que a polícia paulista seria uma das mais bem pagas do país. Porém, segundo um levantamento do próprio Sindpesp, divulgado no início deste ano, o salário dos delegados de São Paulo é o menor dentre todos os estados e Distrito Federal. O estado também figuraria entre os últimos colocados no ranking salarial para investigadores e escrivães.
Quase 20 milhões de brasileiros afirmaram passar 24 horas ou mais sem comida em alguns dias e 24,5 milhões não têm certeza de como se alimentarão no dia a dia. Outros 74 milhões vivem inseguros sobre se vão acabar passando por isso.
Mais da metade (55%) dos brasileiros sofriam de algum tipo de insegurança alimentar (grave, moderada ou leve) em dezembro de 2020, de acordo com levantamento da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). As estatísticas foram publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo.
Desde 2014, segundo a FGV Social, o rendimento domiciliar real per capita do trabalho diminuiu de R$ 249 mensais para R$ 172, em média, na metade mais pobre do Brasil.
De acordo com Daniel Balaban, do United Nations World Food Programme (programa mundial de alimentos da ONU), ao contrário de muitos países africanos, o Brasil não implementou mudanças em sua estrutura tributária. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, a carga de impostos sobre alimentos no Brasil equivale a 22,5%, ante 6,5% na média mundial.
“A tributação sobre o consumo é uma das mais injustas, porque os pobres consomem toda a sua renda no dia a dia. Temos que modificar isso, para que os mais ricos contribuam mais via Imposto de Renda”, disse Balaban. “Quando defendemos isso, não queremos que todos sejam iguais, mas que ninguém morra de fome”, complementou.
A combinação de desemprego alto, crise econômica, assistência social insuficiente e aumento nos preços dos alimentos, em plena pandemia, tem se refletido em um aumento na pobreza e na fome, que afeta ao menos 19 milhões de brasileiros. E é nas famílias com crianças que os efeitos são mais agudos.
E uma vez que as crianças estão em uma fase crucial de seu desenvolvimento, é nelas que a fome pode deixar mais impactos de longo prazo. Às vezes, para a vida toda.
Há ao menos 9,1 milhões de crianças de 0 a 14 anos em situação domiciliar de extrema pobreza (vivendo com renda per capita mensal de no máximo R$ 275), calcula a Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança.
Na prática, isso provavelmente significa que elas estão em situação de insegurança alimentar, porque a família não terá dinheiro o suficiente para garantir todas as refeições.
“É uma situação em que às vezes a família consegue fazer o almoço, mas não o jantar. E não sabe o que vai acontecer naquele mesmo dia”, explica Cíntia da Cunha Otoni, líder da área de saúde da Fundação Abrinq. O cálculo da Abrinq foi feito com base em dados de 2019 do IBGE.
Como a pobreza aumentou desde então, esse número de crianças na pobreza extrema e com fome muito provavelmente cresceu neste ano — sobretudo porque o custo dos alimentos tem um peso muito grande no orçamento das famílias mais pobres.
Hoje, na média, uma família que ganha um salário mínimo já gasta 55% dessa renda comprando os alimentos básicos suficientes para apenas uma pessoa adulta, aponta o Dieese.
Além dos R$ 400 mil encontrados na casa do prefeito, a Polícia Federal encontrou mas R$ 300 mil em uma empresa de sua propriedade. A notícia é do G1:
O prefeito de São Mateus (ES), Daniel Santana (sem partido), conhecido como Daniel da Açaí, foi preso na manhã desta terça-feira (28) durante uma operação realizada pela Polícia Federal com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa que atua no Norte do Espírito Santo.
Além do prefeito, também foi presa na Operação Minucius a controladora municipal e chefe de gabinete, Luana Zordan Palombo.
Foram presos ainda os empresários João de Castro Moreira, Edivaldo Rossi da Silva, Yosho Santos, Gustavo Nunes Massete e Caio Faria Donatelli. A reportagem tentou falar com representantes dos citados, um a um, mas ainda não conseguiu. A Prefeitura de São Mateus informou que só vai se manifestar quando tiver acesso ao processo.
Segundo a PF, foram obtidas provas que indicam que o prefeito, desde o seu primeiro mandato (entre 2017 e 2020) e até no atual (desde o início deste ano), organizou um modelo criminoso estruturado dentro da administração municipal para cometer vários crimes, como o direcionamento fraudulento de licitações.
O valor dos contratos celebrados pelo município com as empresas investigadas chega ao valor de R$ 43,5 milhões.
Sobrou para o coitado do cachorro, que não tinha nenhuma culpa pelo fim do relacionamento. Deu no Metrópoles:
Investigações da Polícia Civil de Minas Gerais apontam que a ex-namorada de Dione Quirino, de 35 anos, é suspeita de ter mandado doces envenenados a ele e à sua noiva, Amanda Cássia Lopes, de 27. A mulher teve a prisão decretada e foi presa na sexta-feira (24/9). O caso ocorreu em Jaíba, interior de Minas.
De acordo com delegado Marconi Vieira Rocha, a suspeita, uma ex-namorada do noivo que não aceitava o novo relacionamento, enviou os doces de outra cidade para tentar despistar a polícia.
“Ela foi a uma outra cidade, a uns 35 km de Jaíba, e de lá entregou a encomenda para um moto-taxista, que entregou para um taxista e ele fez a entrega para as vítimas”, contou Marconi ao portal Uol.
Na sexta-feira (24/9), a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa da mulher. Durante as buscas foi encontrada a bolsa usada na entrega, que teria sido devolvida à suspeita.
Além de Dione e Amanda, a mãe, cunhada e sobrinha da noiva também ingeriram os doces. De acordo com o delegado, os quatro adultos estão internados no Hospital Municipal de Jaíba com quadro de pneumonia.
A criança foi transferida para Janaúba, onde continua internada. O cachorro da família, que também comeu um pedaço do doce, morreu.
Três irmãos agricultores morreram por Covid-19 em um intervalo de oito dias em São João do Sul, no Sul catarinense. Eles não estavam imunizados contra a doença, segundo a prefeitura da cidade.
Uma mulher de 53 anos, que era a mais velha, e um homem de 48, o mais novo do trio, morreram no dia 13 de setembro. Nesta terça-feira (21), a outra irmã, uma mulher de 51 anos faleceu. Os três foram sepultados no cemitério do município.
Segundo a secretária de saúde de São João do Sul, Rejane Elíbio de Borba, Valdir, Deneci e Denilde Carboni Pedro, de 48, 51 e 53 anos foram procurados pelas equipes de saúde diversas vezes para serem imunizados contra a doença. A família nega que a pasta tenha entrado em contato.
“Em função disso eles foram contaminados. Os três acabaram internados e os sintomas não pararam de evoluir. Eles foram levados para a UTI e depois intubados. Dois deles morreram no mesmo dia”, disse a secretária.
A última vítima ficou hospitalizada por 21 dias. Ela teve problemas renais e chegou a ser submetida a traqueostomia.
Na cidade, 17 pessoas morreram por complicações da doença até esta quarta-feira (22). Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde (SES).
Segundo o cronograma estadual de vacinação, no momento das mortes os irmãos poderiam estar completamente imunizado quando contraíram a doença.
De acordo com a prefeitura, familiares que também tinham negado a imunização, procuraram o posto de saúde após as mortes. Conforme a secretária de saúde, o caso é considerado atípico no município.
Um médico que denunciou a Prevent Senior por prescrever a pacientes medicamentos do chamado “kit Covid” diz ter sido ameaçado e coagido por Pedro Benedito Júnior, ex diretor-executivo da operadora de plano de saúde. O médico gravou a conversa telefônica com Batista Júnior, após ter relatado à imprensa irregularidades da empresa, sob condição de anonimato.
O ex-diretor da Prevent Senior está sendo ouvido nesta quarta-feira, 22, pela CPI da Covid. Seu depoimento à Comissão acontece após as denúncias contra a operadora de plano de saúde sobre uma possível pressão para que os médicos conveniados prescrevessem remédios do chamado “tratamento precoce” contra Covid-19, sem eficácia comprovada.
Um dos médicos que realizou as denúncias contra a operadora de plano de saúde gravou uma ligação com o diretor e relata o “tom de intimidação” usado por Batista Júnior. De acordo com o ex-funcionário, o objetivo do telefonema foi coagi-lo para que ele convencesse um jornalista a voltar atrás em uma reportagem sobre o “kit Covid” e a Prevent Senior.
A conversa telefônica se deu no dia 9 de abril deste ano, após o profissional ter dados os depoimentos. No áudio, o diretor-executivo indica que irá prejudicar o médico profissionalmente e menciona que o ex-funcionário iria “expor sua filha, sua família”.
Batista Júnior pede ao ex-funcionário para retirar as denúncias feitas à imprensa, contra a Prevent Senior e aponta que o médico “tem muito a perder”. Ele diz que o médico “fez a vida” na Prevent. O diretor-executivo também afirma que irá expor prontuários de pacientes tratados pelo profissional, a fim de mostrar quantos foram para a UTI. “E sabe o que eu vou provar? Eu vou provar que você mentiu. Vou provar que você é um cara antiético”, disse na ligação.
O médico chega a questionar quais as denúncias existiam contra ele e qual teriam sido suas ações antiéticas no período de trabalho. Batista Júnior afirma que “agora não interessa mais”. “Agora não é mais problema seu. Agora é um problema do mundo, que você jogou pra cima. Entendeu? E você vai sujar o seu nome”, respondeu o então diretor-executivo da operadora de plano de saúde.
Em uma nota, a assessoria da Prevent Senior declarou que “o dr. Pedro Batista Júnior nega qualquer ameaça a colegas”. O processo está em andamento no Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) e a operadora de plano de saúde pediu ao conselho que abrisse sindicância “para fins de investigação dos responsáveis pelo compartilhamento indevido de prontuários”.
O médico prestou boletim de ocorrência contra Batista Júnior, após a ligação. O áudio da conversa e os documentos sobre o caso estão entre os arquivos sigilosos da CPI da Covid e foram obtidos pela Folha de S.Paulo.
De acordo com a portaria 9998/21, a partir da semana que vem só entra nos fóruns de SP quem estiver vacinado ou apresentar laudo médico que justifique a não vacinação. A notícia é do portal JOTA:
O presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), Geraldo Francisco Pinheiro Franco, determinou, em portaria publicada nesta terça-feira (21/9), a exigência de comprovante de vacinação contra a Covid-19 para entrar em prédios do tribunal a partir da próxima segunda-feira (27/9).
A obrigação será de, ao menos, a primeira dose da vacina — considerado o calendário de vacinação — e vale para todos: servidores, membros do Ministério Público, defensores públicos, advogados, estagiários, funcionários de restaurantes, bancos, lanchonetes e público em geral. A medida vale apenas para maiores de 18 anos.
Serão considerados válidos para a comprovação o certificado digital de vacina do Sistema Único de Saúde (disponível na plataforma Conecte SUS) e comprovante/caderneta/cartão de vacinação impresso em papel timbrado.
Nos casos de audiências ou outros atos processuais previamente designados, o magistrado responsável será imediatamente comunicado do impedimento de ingresso de quem deles participaria, definiu Franco.
O presidente determinou que caberá ao setor de administração predial a adoção das providências necessárias para cumprir o ato, controlando a entrada do público nas dependências do TJ mediante apresentação de comprovante vacinal juntamente com documento oficial com foto.
Se alguém tiver contraindicação à vacina, deverá apresentar relatório médico, justificando o motivo de não poder se vacinar, ordenou a portaria.