A cidadã de bem é professora em Guarulhos. E reparem que, além de agredir verbalmente a menina, a professora agride também a língua pátria. “Porque?”, “a 4 anos”. Deu no Brasil 247:
A jornalista Monica Bergamo, em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo, informa que a Secretaria da Educação do Estado de SP demitiu nesta quarta (19) uma professora de educação básica da rede estadual que publicou em uma rede social mensagens dizendo que o caso da menina de dez anos estuprada no Espírito Santo ‘não foi nenhuma violência”.
Eliana Nuci de Oliveira, em uma postagem, gerou revolta ao dizer que a criança “já tinha vida sexual há quatro anos com esse homem. Deve ter sido bem paga”. Em outra, ela diz que “crianças se defendem chorando pra mãe, esta menina nunca chorou por quê?”.
O secretário de Educação do Estado, Rossielli Soares da Silva, afirmou que a professora foi demitida imediatamente “para não estar próxima de nossas crianças e jovens”.
A menina de 10 anos que sofreu durante quatro anos uma série de estupros do tio e que passou por um procedimento no último domingo para interromper uma gestação, tratou com alívio a prisão do abusador.
Ela disse a uma enfermeira: “Ainda bem, porque o vovô pode sair para a rua agora”.
Segundo reportagem do jornal O Globo, ela temia que o tio matasse seu avô e era essa ameaça que a impedia de denunciar os abusos que sofria, de acordo com o relato da avó a uma enfermeira.
A Justiça bloqueou os bens do padre Osvaldo Palópito, 66 anos, ex-capelão da Polícia Militar (PM) de São Paulo, condenado pelo desvio de doações de fiéis. Palópito era responsável pela capela de Santo Expedito, na região da Luz, em São Paulo. Além de padre, foi coronel da PM e gravou discos de canções religiosas.
O padre foi condenado pela Justiça Militar a 26 anos e dois meses de reclusão. Apenas entre 2014 e 2015, segundo uma perícia, ele teria desviado R$ 637 mil (ou R$ 1,3 milhão em valores atualizados pela inflação e juros).
A Procuradoria do Estado, no entanto, afirma que o total desviado é muito maior. As procuradoras Renata Lane e Juliana Rebelo Horta disseram à Justiça que é necessário fazer uma averiguação desde 2003, quando o padre assumiu a Igreja de Santo Expedito.
Para aumentar a renda, com a ajuda de um contador, segundo a investigação, o padre teria expedido carnês a fiéis previamente cadastrados, que faziam os pagamentos acreditando que as doações seriam utilizadas em obras assistenciais da igreja.
O bloqueio dos bens foi determinado pela Justiça para garantir o ressarcimento de R$ 5,3 milhões, valor que leva em conta também uma multa.
O padre defendeu-se no processo militar alegando que, na verdade, foi enganado pelo contador contratado pela igreja e que este seria o autor dos desvios. Disse que não sabia do crime e que o seu patrimônio não foi comprado com os recursos da igreja.
Procurado pela coluna, Eliezer Pereira Martins, advogado do padre, afirmou que ele ainda não foi notificado sobre o bloqueio dos bens. Sobre a condenação na Justiça Militar, disse que “em alguns meses o padre terá cumprido sua pena e nada mais deverá à sociedade”.
O tio da menina de 10 anos que foi preso nesta terça-feira (18) acusado de estuprar e engravidar a criança gravou vídeo em que pede que exames sejam feitos no avô dela e “no filho do avô que morava na mesma casa”. Ou seja, também tio da criança.
O vídeo foi publicado por alguns perfis no Twitter, entre eles o do Anonymous Brazil. Nele, o homem afirma estar em Betim (MG), onde foi preso. Diz ter entrado em contato com a polícia para que seja capturado. E pede que, da mesma forma que farão exames nele, também sejam realizados testes nos outros familiares.
A vítima mora em São Mateus, no norte do Espírito Santo, com os avós, pois é órfã. Ela foi levada a um hospital no dia 7 com dores abdominais. Ali, foi descoberto que estava grávida. Então, ela disse que era vítima de abusos por parte do tio desde que tinha 6 anos.
A notícia de que a criança passaria pelo procedimento no Cisam atraiu manifestantes à porta do instituto no domingo (16). Ativistas contra aborto tentavam impedir a interrupção da gestação, gritavam e tentaram invadir a unidade. O protesto começou antes mesmo que a menina, acompanhada de sua avó, chegasse ao local.
Ele foi convocado por redes sociais. A ativista bolsonarista Sara “Winter” Geromini expôs dados pessoais da vítima nas redes, o que é ilegal. Perfis de Sara foram tirados do ar na noite de segunda-feira (17).
Ativistas feministas foram ao Cisam também no domingo (foto acima) defender o direito de a criança, vítima de abuso por quatro anos, abortar.
Esse era o desejo dela, conforme relato de um dos profissionais que a atenderam. O testemunho dava conta de que “ela apertava contra o peito um urso de pelúcia e só de tocar no assunto da gestação entrava em profundo sofrimento, gritava, chorava e negava a todo instante, apenas reafirmando não querer”. O relato consta da decisão judicial que autorizou o procedimento.
“Para quem está com medo da doença, eu darei uma informação científica. O vírus perde força em países tropicais. O contágio é mais perigoso e rápido no frio. Mais perigoso que o coronavírus no Brasil é a dengue”.
(Do “cientista” e ex-urubólogo Alexandre Garcia, o puxa saco número um do Bolsonaro, em fevereiro)
“O número de pessoas que morreram de H1N1 em 2019 foi mais de 800 pessoas. A previsão é não chegar aí a essa quantidade de óbitos no tocante ao coronavírus”.
(Do boçal que temos na presidência, no dia 22 de março. Em 2019, morreram 796 pessoas por conta da H1N1, no Brasil)
“Todas as epidemias duram em torno de 13 semanas e depois desaparecem. No Brasil, a gente está estimando que o número de infectados chegue a 40 mil. E o número de mortos deve ficar em mil e poucos, dois mil, no máximo”.
(Do ex-ministro da Cidadania do governo Bolsonaro, o médico Osmar Terra, em março. Ele previa que o pico da doença seria no dia 08 de abril. E a pandemia já tem mais de 25 semanas no Brasil).
Na CNN americana, uma apresentadora cortou a palavra de um entrevistado quando ele começou a falar dos “benefícios” da cloroquina no tratamento da covid. E na CNN brasileira, que é bolsonarista, o apresentador não se conteve ao ouvir as baboseiras do ex-urubólogo. A notícia é do Brasil 247:
A defesa da cloroquina feita pelo bolsonarista Alexandre Garcia recebeu uma dura resposta do âncora Rafael Colombo, durante programa na CNN, na noite de ontem.
Colombo perdeu a paciência depois que Garcia defendeu o uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19. “E os 100 mil que morreram? Se realmente funcionasse não seríamos o 3° país com o maior número de mortos no mundo”, disparou.
“Se a cloroquina funciona, é barata, e serviu como você falou na Amazônia para lúpus, malária e outros tipos de doença, por que o mundo teria deixando tanta gente morrer se tem um remédio barato à disposição? A troco de que tanta gente morreria se a cloroquina funciona?”, questionou ainda.
Garcia reagiu com ironia. “Se não funcionar não existe, pois ela está funcionando”, afirmou, totalmente fora da realidade. O Brasil é país que, há dois dias, lidera as mortes no mundo.
O MPF (Ministério Público Federal) ajuizou uma ação civil pública pedindo que o pastor Valdemiro Santiago e a Igreja Mundial do Poder de Deus paguem pelo menos R$ 300 mil de indenização por terem divulgado uma cura falsa da covid-19.
Em seu canal no YouTube, o pastor evangélico vendeu sementes de feijão e afirmou que, se fossem cultivadas, elas curariam o novo coronavírus. Valdemiro chegou a citar o caso de um fiel cuja recuperação plena da doença usando os feijões estaria comprovada por um atestado médico. Os vídeos foram publicados em maio. Pelas sementes eram cobrados valores de até R$ 1000 cada.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) enviou uma recomendação ao prefeito Volnei Morastoni (MDB), de Itajaí, no interior catarinense, para que não use ozônio no tratamento para o novo coronavírus. O documento foi remetido ao chefe do Executivo municipal após ele sinalizar o desejo de adotar a aplicação da substância por via retal como forma de tratar pacientes infectados com a Covid-19.
“O Ministério Público recomenda a Vossa Excelência que se abstenha de disponibilizar, no âmbito do Município de Itajaí, a prática da ozonioterapia como forma de tratamento medicamentoso em eventuais diagnósticos de Covid-19″, diz o documento.
A nota também ressalta a falta de comprovação científica da ozonioterapia no combate à doença. O texto pontua que os efeitos são desconhecidos e o tratamento não deve ser recomendado como prática clínica.
Em live nessa terça-feira (4/8), Morastoni afirmou ter inscrito a cidade na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para oferecer o tratamendo via admissão de ozônio pelo ânus.
“Provavelmente, vai ser uma aplicação via retal, uma aplicação ‘tranquilíssima’, ‘rapidíssima’, de dois minutos, num cateter fininho e isso dá um resultado excelente”, afirmou o prefeito.
Morastoni, que é médico, informou que provavelmente seriam aplicadas 10 sessões da admissão de ozônio e que o tratamento seria oferecido somente “a quem desejar”.
Atualmente, a prefeitura distribui ivermectina à população. O tratamento via retal com ozônio seria um complemento das opções já oferecidas pela administração que inclui, além do vermífugo, a azitromicina e cânfora.
Nota do blog: Segundo o boletim de ontem, Itajaí registrava 3.717 casos positivos de covid e 107 óbitos. Abaixo, o polêmico vídeo do prefeito:
Aqui no Brasil, até as emas fogem da cloroquina, mas o militar que ocupa o Ministério da Saúde tenta convencer médicos a recomendar o uso do remédio no tratamento da covid. A notícia é do iG:
No último domingo (02), Brett Giroir, o secretário assistente do ministério da Saúde dos EUA, responsável por coordenar os testes de Covid-19 no país, disse que não há evidência de que a hidroxicloroquina é um tratamento efetivo para o novo coronavírus (Sars-coV-2), apesar da propaganda insistente de Donald Trump.
Em entrevista à NBC, o representante do governo não mencionou diretamente o presidente Trump, mas deixou claro que o consenso científico é de que o medicamento não ajuda a tratar a Covid-19 .
“A maioria dos médicos atuam baseados em evidências e eles não se deixarão influenciar pelo que aparece no Twitter ou qualquer outro lugar. E a evidência científica mostra que a hidroxicloroquina não é efetiva neste momento”, disse.
“Nós temos que seguir em frente e falar daquilo que é efetivo”, acrescentou ele, indicando que medidas de higiene, como lavar as mãos e usar máscaras, bem como tratamentos com o antiviral remdesivir e drogas esteróides, como a dexametasona.
“Até agora já fizeram cinco estudos controlados que não mostraram qualquer benefício da hidroxicloroquina no tratamento de Covid-19. Portanto, atualmente, nós não a recomendamos como tratamento”, continuou.
Desde os primeiros dias da pandemia, Trump tem promovido sua crença de que a hidroxicloroquina, uma droga usada no tratamento da malária, poderia ajudar a tratar a doença. Em maio, ele disse que tomou o tratamento não comprovado, de forma preventiva, por duas semanas.
O FDA (sigla, em inglês, para Departamento de Alimentos e Drogas, a Anvisa americana), rapidamente lançou uma autorização emergencial para que a droga fosse usada no tratamento de Covid-19, mas em junho, o órgão retirou a autorização.