A cidade de Duque de Caxias foi a última a adotar o isolamento social no Rio de Janeiro e quer ser a primeira a permitir a reabertura do comércio. Atualmente, é a quarta em número de casos positivos (1.184) e a segunda em número de óbitos (182) no estado.
O prefeito de Duque de Caxias dizia que a melhor de combater o coronavírus seria a fé, mas, quando ele foi acometido pela doença, não ficou em fazendo orações por sua cura. Preferiu correr para um hospital particular da capital, um dos mais caros do Rio de Janeiro. Agora que está imunizado, ele quer expor a população.
A Justiça determinou, nesta segunda-feira, que a prefeitura de Duque de Caxias suspenda as medidas de reabertura do comércio que foram adotadas pelo município. Conforme a ação civil ajuizada pela Defensoria Pública estadual, a cidade deve cumprir ações de isolamento e distanciamento social necessárias ao enfrentamento da Covid-19, sob pena de multa diária de R$ 10 mil a ser imposta ao prefeito Washington Reis.
A prefeitura ainda não informou se vai recorrer dessa decisão.
A determinação foi concedida pela juíza Elizabeth Maria Saad, da 3ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). O texto condiciona a manutenção do decreto a apresentação de um “laudo técnico favorável ao abrandamento das medidas de isolamento social”.
Ainda segundo o texto, Caxias deve promover, imediatamente, campanhas de informação a respeito de formas de transmissão e prevenção da doença. O comércio tinha reaberto após um novo protocolo durante a pandemia. Em entrevista ao jornal “Bom Dia Rio”, da TV Globo, Washington Reis assumiu que a responsabilidade por essa flexibilização será sua, caso aumente o número de casos.
“A responsabilidade é toda minha como prefeito. Também tenho responsabilidade com a arrecadação, que caiu pela metade. Se em junho eu não tiver arrecadação para pagar os médicos, não vamos ter médico. Estou fazendo com muita responsabilidade. A população está consciente, os comerciantes estão conscientes. O comerciante que não colaborar será lacrado e perderá o alvará. Chamamos as pessoas à responsabilidade”, argumentou o prefeito.
Segundo informou, sua vacina é “segura e bem tolerada”, e gerou em pelo menos oito dos participantes níveis de anticorpos capazes de neutralizar a infecção semelhantes ou superiores aos encontrados no sangue de pacientes que sobreviveram à doença.
Nessa sexta-feira, 22, a equipe do Instituto de Biotecnologia de Pequim e a empresa Cansino Biologics, na China, anunciaram também os resultados da fase 1 da primeira vacina desenvolvida nesse país. Neste caso, divulgados em um artigo publicado na revista The Lancet, com todos os dados disponíveis para análise pela comunidade científica.
Depois de 28 dias de testes com 108 voluntários saudáveis, os resultados parecem promissores. Além de ficar demonstrada sua segurança, os cientistas observaram que a vacina gerou anticorpos e linfócitos T nos voluntários.
O objetivo desta primeira fase de testes é verificar se as vacinas são seguras e se os pacientes as toleram bem. Esses resultados não significam que as duas vacinas necessariamente protejam contra a covid-19. A líder do projeto na China, Wei Chen, alertou que “ainda há um longo caminho a percorrer para que esta vacina esteja disponível para todos”.
Desde abril, a equipe chinesa realiza uma segunda fase de ensaios com cerca de 500 pacientes para definir a dose mais adequada para que a resposta imune proteja contra a infecção por SARS-CoV-2. Já a Moderna quer começar em meados do ano o ensaio definitivo de fase III, que verificaria se a vacina é útil para uso maciço no verão.
O virologista Florian Krammer, do Hospital Mount Sinai, em Nova York, estimou que algumas das vacinas chinesas poderiam completar essa fase final no último trimestre do ano. Nesta segunda fase do projeto chinês, serão incluídos pela primeira vez participantes com mais de 60 anos, um grupo de interesse especial em razão de sua suscetibilidade à covid-19.
Seria uma cloroquina cubana? A notícia é do jornal O Globo:
Com números que indicam uma estratégia bem-sucedida de combate ao novo coronavírus, Cuba anunciou que o uso de dois medicamentos está por trás de seu aparente sucesso. Produzidos pela indústria de biotecnologia cubana, eles reduzem a inflamação em pacientes com COVID-19 em estado grave. Segundo o governo da ilha, graças a este tratamento foi possível uma redução drástica do número de mortes causadas pela doença.
Uma das drogas é o Itolizumab, um anticorpo monoclonal criado no Centro de Imunologia Molecular (CIM) usado no tratamento de linfomas e leucemias. O outro é um peptídeo também criado na ilha. O governo afirma que ele vinha sendo utilizado em ensaios clínicos em pacientes com artrite reumatóide.
Usados no tratamento de Covid-19 a partir de abril, os fármacos ajudam a controlar o que a medicina chama de tempestade de citocina. Trata-se de uma reação exagerada provocada pelo novo coronavírus no sistema imunológico e que pode levar à morte.
“Cerca de 80% dos pacientes que chegam a estado crítico estão morrendo. Em Cuba, com o uso dessas drogas, 80% das pessoas em estado crítico ou grave estão sendo salvas”, disse o presidente Miguel Diaz-Canel nesta quinta durante reunião exibida na televisão estatal.
Os cientistas cubanos, no entanto, alertam que ainda são necessários grandes estudos controlados por placebo para avaliar a segurança e eficácia desses medicamentos. Mas as autoridades de saúde afirmam que os tratamentos experimentais ajudaram o país a alcançar uma taxa geral de mortes por Covid-19 de 4,2%, baixa em comparação com as médias regionais e globais de 5,9% e 6,6%, respectivamente.
Dados oficiais sugerem que Cuba tem se saído bem ao conter a pandemia. O país registrou menos de 20 casos por dia na semana passada, abaixo do pico de 50 a 60 em meados de abril. As autoridades de saúde relataram apenas duas mortes relacionadas à Covid-19 nos últimos nove dias. No total, a ilha com população de 11 milhões de habitantes registra 1.916 casos e 81 óbitos.
A água tem o poder da cura, mas, por via das dúvidas, é melhor usar máscara. Pensando bem, o pastor está apenas seguindo outros maus exemplos. Afinal, se o Bozo pode “vender” a cloroquina e o pastor Valdemiro pode vender aquela semente milagrosa, por que ele não poderia oferecer a “água benta” em troca de doações? A notícia é da IstoÉ:
O pastor Romildo Ribeiro Soares, mais conhecido como R. R. Soares, tem anunciado ao fiéis uma água “consagrada” por ele em ritual para curar o novo coronavírus. Durante o programa “SOS da Fé”, o pastor fala das propriedades “milagrosas” de uma oração feita por ele somada à ingestão do copo de água consagrada, enquanto pede doações aos fiéis. As informações são do Uol.
Para comprovar a eficácia da “água consagrada”, R. R. Soares criou um placar no qual mostra os curados por sua oração. Em um dos vídeos sobre o produto, as assistentes do programa reproduzem relatos de supostos curados pela oração, mostrando pessoas de diferentes locais do país que adquiriram a água abençoada por R.R. Soares.
De acordo com o Ministério Público Federal, a promotoria vai investigar o caso e pedir para tirar os vídeos do ar, que estão nos canais da igreja nas redes sociais. Os procuradores também podem acusar Soares de estelionato e prática de charlatanismo, entre outras contravenções.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), ainda não existe nenhuma cura ou vacina que proteja ou cure as pessoas do coronavírus.
Duas enfermeiras dos cuidados intensivos do Catholic Medical Center em Manchester, New Hampshire (EUA), tiveram de recorrer à janela do hospital para avisar os cinco filhos de Rene Johnson, que ele tinha morrido.
Utilizando papéis, as duas profissionais transmitiram a mensagem aos familiares do homem através de mensagens escritas.
“Ele agora está em paz” e “lamentamos muito” foram as duas mensagens enviadas.
Kevin Johnson e os seus irmãos passaram grande parte dos últimos dias no estacionamento do hospital onde o pai estava internado com Covid- 19, pois era a única forma que tinham de manter-se próximos do progenitor e transmitir-lhe força.
Após a notícia da morte do pai, os cinco filhos pretendem manter as vigílias ao hospital, desta vez com um novo intuito: apoiar os profissionais de saúde.
“Há pessoas ali dentro que precisam de alguém. Vamos fazer sinais. Trazer-lhes comida. Vamos enviar-lhes balões”, garante Kevin.
O professor parecida bem saudável há um mês. A notícia está pendurada no portal da revista Fórum:
No dia 19 de abril, Angelo Antônio Cavalcante Martins, professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), foi a um protesto bolsonarista em Maceió que pregava o fim das medidas de isolamento social e pedia, entre outras coisas, por uma intervenção militar e um novo AI-5.
Na manifestação, feita no Dia do Exército, Martins estava vestido de verde e amarelo, como a maioria dos manifestantes, não usava máscara e desrespeitava o decreto estadual que, desde março, proibia aglomerações.
No domingo passado (17), menos de um mês após o ato, o professor faleceu com suspeitas de Covid-19.
Segundo pessoas próximas, Martins adoeceu cerca de uma semana antes de falecer e procurou uma unidade de saúde da capital alagoana quando já estava com sintomas avançados, como febre e falta de ar.
A Associação de Docentes da UFAL confirmou a morte do professor e informou que o sepultamento de Martins foi realizado no último domingo de “forma bastante reservada, devido à suspeita de contágio da Covid-19”.
Até a noite desta terça-feira (19), o Ministério da Saúde havia registrado 4.054 casos de Covid-19 no em Alagoas e 224 óbitos em decorrência da doença no estado.
Pouco mais de um mês após defender a abertura do comércio no início da pandemia do novo coronavírus no Pará, o vereador de Belém Sargento Silvano (PSD) teve dez pessoas da família infectadas com a covid-19. O pai dele, o aposentado Francisco Rodrigues Lopes, de 65 anos, não resistiu e morreu ontem, entrando para a estatística que contabiliza 1.330 óbitos pela doença no estado.
A defesa pelo fim do isolamento social ocorreu em 27 de março, em uma rede social. O vereador escreveu que, em um mês, “todos” iriam ver que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “tinha razão” sobre a abertura imediata do comércio como medida para “preservar os empregos”.
Depois da defesa ao presidente, neste período, dez pessoas da família do vereador adoeceram, incluindo ele, a esposa e os filhos. O pai ficou 32 dias com a covid-19, sendo 22 internado e 14 sob respiração mecânica.
Ao ter a família atingida pelo novo coronavírus, o vereador mudou a postura. Em 20 de abril, ele publicou nas redes sociais: “Isso não é uma gripinha (sic), como disse o Bolsonaro. O presidente mente para o povo brasileiro. Bolsonaro perdeu o meu respeito! Falo de tudo que tenho sofrido com minha família nesses últimos dias”.
Em entrevista ao UOL, Sargento Silvano confirmou que agora defende o isolamento social. Para ele, não adianta preservar os empregos se a pessoa “não vai levar nada” ao morrer com a doença.
“Agora defendo o lockdown. Meu pai, por exemplo, construiu um patrimônio, mas quando foi enterrado não levou nem a roupa do corpo. Foi enterrado no lençol do hospital e em um saco”.
Ele ficou apenas 45 dias no cargo. A notícia é do portal A Cidade ON, de Campinas:
O deputado federal de Campinas Luiz Lauro Filho (PSDB) morreu nesta segunda-feira (18). Ele tinha 41 anos e estava internado desde a madrugada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Centro Médico,após sofrer uma parada cardíaca em sua casa.
Segundo informações da família, o parlamentar passou mal na sua casa por volta de 2h e foi levado ao hospital, onde foi reanimado e passou por um procedimento para a colocação de dois stents. No entanto, ele acabou não resistindo.
Luiz Lauro é sobrinho do prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB). O prefeito cancelou uma transmissão ao vivo que faria em suas redes sociais hoje, às 14h30, para falar de medidas de combate ao novo coronavírus. Ele deixa dois filhos.
Luiz Lauro Ferreira Filho nasceu em Campinas em 10 de junho de 1978. Publicitário de formação, foi eleito deputado federal por São Paulo nas eleições de 2014, ainda no PSB.
Nas eleições de 2018, não consegui se reeleger, terminou como suplente. Em dezembro de 2019, já no PSDB, assumiu o mandato após a licença Jefferson Campos. Em abril de 2020, foi efetivado deputado federal com a morte de Luiz Flávio Gomes.
O ex-governador da Paraíba Wilson Braga morreu na noite de ontem, aos 88 anos, em um hospital particular da capital João Pessoa. Ele estava internado desde 1º de maio e teve resultado positivo para covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
A morte do ex-governador acontece dez dias após sua esposa, a ex-deputada federal Lúcia Braga, também morrer em decorrência da covid-19.
Wilson e Lúcia Braga deram entrada no Hospital Nossa Senhora das Neves em 1º de maio. Segundo o último boletim médico do ex-governador, do último sábado (16), ele estava intubado com quadro clínico grave. Ele também apresentava insuficiência renal e fazia hemodiálise.
Por ser um caso de covid-19, não houve velório. Apenas familiares puderam acompanhar o sepultamento na manhã de hoje com o caixão fechado.
O atual governador do estado, João Azevêdo (Cidadania), usou as redes sociais para lamentar a morte de Braga.
“É com muita tristeza que recebemos a notícia do falecimento do ex-governador Wilson Braga, que não resistiu às complicações da covid-19. Há poucos dias já havia perdido a sua esposa, Lúcia Braga, também vítima da doença”, escreveu Azevêdo.
O Tribunal de Justiça de São Paulo absolveu, nesta quarta-feira (13/5), a dançarina Bárbara Querino de Oliveira, condenada no dia 10 de agosto do ano passado por roubo a carro. Negra, Babiy foi reconhecida pelos cabelos por vítimas brancas em dois processos e ficou presa 1 ano e 8 meses. Agora, está definitivamente inocentada das acusações.
Em sua decisão, o desembargador Guilherme Souza Nucci considerou que não havia elementos suficientes no processo para a condenação de Bárbara, que recebera pena de cinco anos e quatro meses de prisão. O processo permaneceu sete meses no TJ antes da decisão, prevista inicialmente para outubro de 2019.
Segundo ele, o reconhecimento de Bárbara aconteceu em circunstâncias pouco esclarecidas, por meio de um grupo no WhatsApp no qual estava um delegado. “Os ofendidos reconheceram Bárbara em razão de seu cabelo, circunstância, no mínimo, peculiar, sobretudo pela ausência de traços diferenciais no cabelo da referida acusada”, explica o magistrado.
O crime teria acontecido no dia 10 de setembro de 2017, às 14h30, na cidade de São Paulo, quando um casal teve o veículo Honda Civic roubado. No mesmo momento, Bárbara estava trabalhando no Guarujá, cidade no litoral paulista e distante 95 quilômetros da capital. Ela tinha postagens nas redes sociais que confirmavam a versão.
Uma das vítimas do roubo disse que havia reconhecido Bárbara com “100% de certeza” a partir de uma única fotografia, mostrada por policiais civis do 99º DP (Campo Grande). A identificação com base em uma única foto, chamada de show-up, costuma causar reconhecimentos falsos — que acontecem com maior frequência em casos de vítimas brancas reconhecendo suspeitos negros.
Durante o julgamento, a vítima hesitou. Ao ver Bárbara pessoalmente, apontou com “80% de certeza” que ela era uma das assaltantes, com base na altura, no cabelo e na cor da pele de Bárbara. A juíza considerou que a falta de certeza da vítima não permitiria a condenação da modelo.