A PGR solicitou ao ministro Gilmar Mendes a decretação da pena de perdimento da arma de fogo, bem como o cancelamento definitivo do porte de arma de fogo da denunciada.
Pediu ainda que ela seja condenada por danos morais coletivos, no valor de R$ 100 mil.
A defesa de Zambelli alega que a vice-procuradora-geral, Lindôra Araújo, não considerou pontos essenciais apresentados. Argumenta que o porte de arma de Zambelli é federal e não de CACs, que estariam proibidos de portar arma na véspera da eleição.
Pondera também que não foram identificados outros quatro homens que teriam cercado a parlamentar. E que a pessoa que teve a arma apontada contra si se recusou a cumprir ordem de prisão dada por um policial militar que acompanhava Zambelli.
Procurada, a parlamentar afirmou:
“Espero que o ministro Gilmar Mendes observe os artigos 301 e 302 do Código de Processo Penal, que provam minha inocência, além das diversas provas como a perícia e as testemunhas que comprovam que fui vítima de violência política e agi conforme manda a lei”.
O líder do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes, e o deputado Zeca Dirceu, que assume a liderança do partido em fevereiro, entraram com uma representação no Tribunal de Contas da União contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por suposto uso indevido de dinheiro público em “motociatas” durante os quatro anos de mandato.
Segundo reportagem do Estadão, em parceria com a agência de dados Fiquem Sabendo, as “motociatas” teriam sido financiadas com dinheiro público por meio do cartão corporativo da Presidência da República. Há suspeita de que cada passeio de moto de Bolsonaro e seus apoiadores tenha custado cerca de R$ 100 mil aos cofres públicos.
Para os parlamentares, as denúncias do jornal e da agência revelam a má administração do dinheiro público com a única finalidade de enaltecer a figura do ex-presidente junto a seus apoiadores, sem qualquer vinculação a atos de interesse público ou a políticas públicas em benefício da população brasileira.
“É irrefutável o desvio de finalidade no uso do cartão corporativo da Presidência da República nos eventos apelidados de ‘motociata’, devendo os responsáveis devolver os recursos ao erário, além de sofrer as consequências administrativas pertinentes”, dizem Lopes e Dirceu ao pedir que o TCU adote medidas administrativas para apurar as denúncias.
Além disso, os petistas pedem que o eventual prejuízo aos cofres públicos em razão de eventos de “caráter pessoal, sem qualquer interesse público”, seja ressarcido em sua integralidade, “para que possa ser destinado a ações de interesse da coletividade”.
O último grande ato de covardia do ex-presidente Jair Bolsonaro foi com seu partido, o PL, logo após ser derrotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no segundo turno das eleições.
Bolsonaro exigiu do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que entrasse com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) questionando a validade de quase 300 mil urnas, e só no segundo turno, fato que poderia, na visão dele, mudar o resultado.
O resultado foi catastrófico para o partido, que acabou tomando uma multa do presidente da Corte, Alexandre de Moraes, de R$ 22,9 milhões aplicada por litigância de má-fé — quando a Justiça é acionada de forma irresponsável, além do bloqueio das contas da sigla.
O grande problema, no entanto, é que o documento acabou sendo assinado pelo advogado Marcelo Bessa, que tinha uma procuração Costa Neto, representando a coligação.
Bolsonaro tirou o corpo fora e se negou a assinar, fato que, segundo informa a coluna de Bela Megale, causou grande irritação entre lideranças alinhadas a Valdemar, que, consideraram que o ex-presidente deixou o cacique partidário sozinho e com o “problema no colo”.
Nos quatro anos do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo os dados do Portal da Transparência, o Programa de Proteção e Recuperação da Saúde Indígena teve um orçamento de R$ 6,13 bilhões.
De acordo com informações do jornal O Globo, a entidade que mais recebeu recursos foi uma ONG evangélica chamada Missão Caiuá. A ONG, sediada no Mato Grosso do Sul, recebeu R$ 872 milhões nesses quatro anos e diz “estar a serviço do índio para a glória de Deus”.
O presidente da Urihi Associação Yanomami, Júnior Hekurari Yanomami, explica que a ONG Caiuá realiza apenas a contratação de funcionários, a exemplo de médicos e enfermeiros. No entanto, eles não têm entrado nas terras indígenas durante nesse período, ou seja, recebem salários, mas não executam nenhum tipo de trabalho.
O Portal da Transparência ainda mostra que R$ 51 milhões de um orçamento de R$ 59 milhões em 2022 foram executados para as terras indígenas yanomamis. Júnior Hekurari, por sua vez, destaca que a maior parte desses recursos foi utilizada para a contratação de empresas de transporte aéreo.
Ainda segundo o jornal O Globo, uma outra fonte que trabalhou na Funai aponta que muitos dos aviões e helicópteros que levam médicos e funcionários à região, tem como donos os próprios garimpeiros que passaram a diversificar os seus negócios.
“O que houve foi descaso e crime. O dinheiro foi mal gasto e mal planejado. Quase tudo foi gasto com “aéreo”. Avião e helicóptero para levar profissionais dentro do território, mas apenas na hora da emergência, quando muitas vezes já é tarde demais”.
O presidente Lula (PT) esteve neste sábado (21) em Boa Vista (RR) para tomar conhecimento da grava situação em que se encontra o povo Yanomami, que vive uma tragédia humanitária por causa do abandono e perseguição por parte do ex-presidente Bolsonaro.
Durante visita a um hospital indígena e à Casa de Saúde Indígena, em Boa Vista, o presidente Lula, tocado e revoltado com a situação do povo Yanomami, mandou um recado para os garimpeiros ilegais.
“Não vai mais existir garimpo ilegal. Eu sei das dificuldades de tirar o garimpo ilegal. Sei que já se tentou e eles voltam. Mas nós vamos tirar”, avisou Lula.
Por meio de suas redes, Lula também afirmou que o eu governo vai trabalhar para “dar aos povos indígenas a dignidade que merecem”.
“Vim aqui assumir um compromisso junto com nossos ministros. Vamos dar aos povos indígenas a dignidade que merecem. Na saúde, na educação, dar o direito de ir e vir. E vamos levar muito a sério o combate ao garimpo ilegal”, disse Lula.
A Polícia Federal identificou homem suspeito de ter quebrado, no Palácio do Planalto, o relógio Balthazar Martinot, obra de arte do século 17 que chegou ao Brasil pelas mãos de dom João 6º em 1808.
Segundo informações obtidas pela CNN, o responsável pela depredação seria Cláudio Emanoel da Silva Gomes, que seria de Catalão, cidade do interior de Goiás.
O vândalo foi filmado depredando o relógio pelo sistema de câmeras internas do Palácio do Planalto. O objeto histórico foi um presente da corte francesa ao então imperador do Brasil e Portugal.
O suspeito ainda não foi detido. Segundo apurou a CNN, o vândalo retirou os ponteiros do relógio e uma estátua de Netuno, que era fixada no objeto histórico.
Em uma tentativa de recuperação da obra de arte, a embaixada da Suíça no Brasil tem negociado com a Presidência da República a possibilidade de uma relojoaria do país europeu, especializada em objetos históricos, fazer o trabalho de restauro.
Na Presidência da República, no entanto, há dúvidas se, devido ao estrago, será possível recuperar o relógio. Pela antiguidade, ele já não funcionava regularmente.
A notícia está pendurada na página do vereador Hilton Marques:
Diante dos acontecimentos nos últimos dias em que tivemos em Jales uma onda de furtos, que atingiram 03 lojas na área central da cidade, os vereadores Hilton Marques, Elder Mansueli, Carol Amador Bruno Henrique de Paula e Bismark, construíram um requerimento endereçado ao Prefeito Municipal e também ao Secretário que é responsável pela pasta da Segurança do nosso município.
Nesse documento, os vereadores fizeram a proposta de ampliação da atividade delegada para o período das 22h até as 6h, onde se daria através da criação de 60 vagas, que resultariam na cobertura total do mês e tornaria possível a inclusão de mais uma viatura com 02 policiais para estarem a disposição do município nestes horários. Lembrando que neste horário não temos o funcionamento ainda da atividade delegada.
A proposta foi apoiada pelos comerciantes da área central que fazem parte do Programa “Vizinhança Solidária” que é um grupo de whatsapp criado através do projeto introduzido pela Polícia Militar que vem facilitando a comunicação entre o comércio diante a situações recorrentes. Este canal tornou o combate aos crimes muito mais rápido e efetivo durante o período normal de funcionamento.
O vereador Hilton Marques destacou: “Acredito que o Prefeito Luís Henrique vai olhar a proposta de ampliação da atividade delegada para o período noturno também e ir de encontro com o anseio dos comerciantes da nossa cidade, é uma proposta palpável e com condições de execução”.
Um dos oito alvos da operação Lesa Pátria, deflagrada nesta sexta-feira e que mira financiadores dos atos golpistas em Brasília, é o empresário goiano Raif Jibran Filho. Fontes da Polícia Federal confirmaram, no entanto, que ele pulou do segundo andar, pela janela, e fugiu ao ser abordado em sua residência.
Sócio-administrador de um restaurante em Alto Paraíso de Goiás, Raif Jibran Filho é um dois oito alvos de mandados de prisão preventiva. Nas redes sociais, circula vídeo gravado por ele durante os atos golpistas de 8 de janeiro.
—”Dia 8, aqui, domingo. Mostrando que o poder emana do povo. Estamos aqui tomando tiro de borracha, gás lacrimogêneo, mas mostrando que essa p* é nossa! (…) É guerra! Quer ser comandado por comunista? Vem pra guerra!” — diz Jibran Filho, no vídeo.
Até o momento, cinco mandados foram cumpridos: contra Renan da Silva Sena, Ramiro dos Caminhoneiros, Randolfo Antonio Dias e Soraia Bacciotti. O quinto preso ainda não foi identificado.
De acordo com a Polícia Federal, os fatos investigados envolvem crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Quando Bolsonaro ganhou a eleição, em 2018, o então marido de Marina* chorou de emoção. Ela percebeu ali que a idolatria estava passando um pouco dos limites, mas limitou-se a brincar com o assunto.
Quando veio a pandemia, as brigas ficaram acentuadas. Ela, que é policial civil, não concordava com a postura do ex-presidente durante a crise sanitária. “Ele respondia que eu havia vindo de faculdade de esquerda [ela cursou uma universidade federal em uma cidade baiana], estava doutrinada e não poderia falar de política porque não tinha a experiência de vida que um empresário teria”, conta.
O argumento dele era que quem não tinha posses não poderia falar de política, então Marina evitava o assunto em casa pelo tempo que durou o governo. Em 2022, a relação ficou insustentável.
“Ele havia começado a frequentar um clube de tiro e mudou radicalmente de comportamento. Só pensava em armas o tempo todo”, conta a policial civil que, pela profissão, tem porte de arma, mas não gosta de andar armada.
Durante a eleição, Marina participou de uma conversa com amigos em que o marido confessava estar coagindo funcionários a votarem em Bolsonaro pois, caso Lula vencesse, seria obrigado a demitir toda a equipe. Ela afirma que tentava argumentar, mas era diminuída com frases como “você é burra”, “você não tem nenhuma posse, como quer conversar sobre isso?”.
Mais tarde, após a vitória de Lula, o clima pesou. O marido afirmou que não poderia arcar com as despesas da casa e do filho, pois “as fazendas seriam invadidas e os empresários e comerciantes não ganhariam mais dinheiro”. Ela conta que foi ameaçada a ter de pagar todos os gastos pois a culpa era dela por ter votado no PT.
A partir daí, começaram os sumiços à tarde. Marina chegou a cogitar que ele estivesse com outra mulher. O marido não retornava as ligações e só voltava para casa à noite. Quando confrontado, afirmou que estava visitando os quartéis diariamente. Chegou a viajar para outras cidades para ficar mais próximo do movimento.
“Minha primeira reação foi rir, mas depois disso fiquei muito chateada. Passo noites em delegacias de plantão e durante à tarde não tinha com quem dividir os cuidados com meu filho porque ele estava apoiando os golpistas”.
Não demorou para que o marido saísse de casa ofendendo a mulher. Hoje, Marina fala sobre o assunto chateada. “Ele disse que eu era uma policialzinha que não conseguia nem arcar com minhas contas. É uma pena termos nos afastado assim por um motivo tão fútil”, lamenta.