Um homem morreu após atentar contra a vereadora de Salto do Jacuí (RS) Cleres Maria Cavalheiro Revelante (PT) e perder o controle do carro que dirigia, ao fugir da polícia, que havia sido chamada.
Segundo relato, o produtor rural Luiz Carlos Ottoni “atentou contra a vida” de Cleres Maria (ao lado) porque ela estava em um carro com um adesivo de Lula. Ele atigiu o carro dela deliberadamente e fugiu.
Agentes de segurança pública foram acionados e perseguiram o agressor, que se acidentou, sendo ejetado do veículo. Ele morreu no local.
Pelo Facebook, a vereadora se manifestou: “está tudo bem… Estamos bem! Deus nos protegeu! Muito triste! Nervosas, assustadas com tudo isso! Não precisava ser assim”.
O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), que é candidato ao Senado pelo Paraná, foi alvo de um aparente deboche do prefeito de Santa Tereza do Oeste, Elio Marciniak (PSD), o Kabelo, na noite de segunda-feira (12).
Moro compareceu a um jantar oferecido pelo governador e candidato a reeleição Ratinho Júnior (PSD)no restaurante Madalosso, em Curitiba, que reuniu cerca de 200 prefeitos do estado.
Segundo o Blog do Zé Beto, do Paraná, Moro foi ao jantar “de bicão”, isto é, sem ser convidado. Isso porque um dos objetivos do evento seria alavancar a candidatura do nome apoiado por Ratinho e Jair Bolsonaro (PL) para o Senado no estado, Paulo Eduardo Martins (PL).
Ou seja, Moro, apesar de apoiar a reeleição do governador paranaense, foi a um jantar de apoio a um adversário na corrida pelo Senado.
Em dado momento do encontro, Moro posou para uma foto com Elio Marciniak, o Kabelo. Enquanto o ex-juiz fez um “5” com a mão, em referência ao número “55” do PSD, partido de Ratinho, Marciniak fez um sinal de “L”, que vem sendo associado à campanha do ex-presidente Lula (PT).
Um vídeo do ex-jogador Raí em apoio a uma vitória de Lula no primeiro turno viralizou nesta segunda-feira (12). Na mensagem, o ídolo são-paulino afirma ser antirracista e antifascista. “Respeito as mulheres e respeito as diferenças. Sou contra as armas e persigo a paz”, diz. A fala de Raí enfatiza esforço da campanha de Lula para tentar decidir a eleição ainda no primeiro turno.
“Para que o mundo não tenha dúvidas de quem realmente somos (…) Ciro, Tebet, vem com a gente, sem medo de ser feliz. Vem colaborar, vem reconstruir, do lado certo e na hora certa. Ninguém solta a mão de ninguém. Depois a gente apara as arestas, antes que não sobrem arestas para aparar”.
“Se você não está do lado da destruição, você só tem um lado. Porque o que está em jogo não é só qual partido ou candidato. Mas sobretudo deixar claro qual Brasil nunca mais queremos”, afirma o ex-jogador. O vídeo postado em seu perfil no Instagram percorreu as redes no mesmo dia em que a pesquisa Ipec aponta para uma possibilidade de Lula vencer no primeiro turno.
A nova pesquisa Ipec (antigo Ibope) sobre a corrida presidencial divulgada na noite desta segunda-feira (12), que trouxe o ex-presidente Lula (PT) com 16 pontos à frente de Jair Bolsonaro (PL), mostra também um recorte muito preocupante para o atual mandatário de extrema-direita: uma verdadeira surra no Nordeste, segundo maior colégio eleitoral do país, e uma vantagem de 10 pontos no Sudeste, o maior dos colégios.
No Nordeste, Lula foi de 56% há uma semana para 61% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro desceu de 23% para 22% no levantamento atual, uma colossal margem. Já no Sudeste, o ex-presidente subiu um ponto e foi de 41% para 42%, ao passo que o atual chefe do Executivo subiu de 30% para 32%.
O Nordeste tem 27% de todos os eleitores do país, enquanto o Sudeste apresenta 42% do total dos votantes. A pesquisa Ipec desta noite ouviu 2.512 pessoas em todos os estados do Brasil, entre os dias 9 e 11 de setembro, com uma margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e intervalo de confiança de 95%.
O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) de Ilha Soleira (SP), Alessandro Rodrigues, o Tomate, procurou a polícia para denunciar um atentado que teria sofrido de um bolsonarista, na rodovia Marechal Rondon (SP-300), quando estava indo para o trabalho, em Três Lagoas (MS), na tarde de domingo (11).
Rodrigues contou à polícia que seguia pela rodovia Gerson Dourado de Oliveira, quando, na altura do município de Itapura (SP), o condutor de um vectra preto bateu na lateral de seu carro, um Fusion, tentando tirá-lo da pista. O veículo da vítima está adesivado com propaganda eleitoral de candidatos petistas, incluindo do ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas eleitorais para a presidência da República.
A vítima jogou seu veículo para a direita, evitando um possível acidente, e retornou para a pista, prosseguindo em seu trajeto. O outro condutor acelerou sentido Rodovia Marechal Rondon.
Ao entrar na Rondon, sentido Três Lagoas, Rodrigues viu o Vectra à sua frente, em baixa velocidade. Rodrigues o ultrapassou e o outro condutor acelerou, alcançou a vítima e colidiu na traseira do Fusion conduzido pelo petista, que acionou a Polícia Militar Rodoviária. “A impressão é de que ele estava me esperando”, contou Rodrigues à polícia.
Ele contou que o condutor do Vectra tentou se evadir do local, mas a vítima tirou a chave do contato do seu veículo, impedindo a fuga. O homem estava acompanhado de uma mulher e uma criança e permaneceu dentro do carro até a chegada da polícia.
Quando os policiais chegaram ao local, as partes foram levadas até um posto de combustível próximo, onde foi registrado um boletim de ocorrência. Os dois condutores sopraram o bafômetro, que deu negativo para embriaguez ao volante.
Durante o registro do boletim de ocorrência, a vítima soube a identidade dos ocupantes do Vectra, que são de Ponta Porã (MS) e foram liberados após serem ouvidos pelos policiais.
Ao chegar ao seu trabalho, em uma empresa de geração de energia elétrica, Rodrigues pesquisou os nomes dos ocupantes do Vectra nas redes sociais. Ele observou que nos perfis do casal havia diversas postagens contra o PT e em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), denotando uma espécie de ódio político.
“Na minha ótica, não tenho dúvida de que foi um crime de ódio, um crime político, porque meu carro está adesivado com propaganda eleitoral do PT”, afirmou Rodrigues à reportagem do RP10. “Ficou evidenciada a motivação dele em tentar me tirar da estrada, colocando a minha integridade física em risco e a das outras três pessoas que estavam comigo”, completou.
Esses bolsonaristas bem que podiam usar alguma música do Sérgio Reis ou do Amado Batista nos seus vídeos, ao invés de atentar contra a memória de uma artista que foi de esquerda a vida inteira. Por sinal, a preferência pela esquerda foi herdada do pai dela, um advogado que foi preso pela ditatura militar por difundir ideias socialistas.
E a Luana é filha de Beth e do ex-jogador de futebol Edson Cegonha, também já falecido. Edson passou pelos três grandes de São Paulo. No Corinthians fez o meio-campo com Rivellino, no São Paulo, foi bicampeão paulista com Gérson, Pedro Rocha e Toninho Guerreiro. E no Palmeiras, jogou só com Dudu, Ademir, Luís Pereira e Leivinha.
A cantora e compositora Luana Carvalho, filha de Beth Carvalho, denunciou em sua conta do Twitter na noite de domingo (11) o uso do samba “Vou Festejar”, de Dida, Jorge Aragão e Neoci Dias, e um dos maiores sucessos de sua mãe, para fazer campanha eleitoral na página do ministro das Comunicações Fábio Faria.
“Aqui a prova do uso indevido da história de minha mãe – sua voz, sua luta – por bolsonaristas a favor de tudo q ela era contra. Isso é de um desrespeito q não deixarei acontecer”, escreveu Luana sobre o vídeo em que Faria mostra imagens de manifestações bolsonaristas do 7 de Setembro e usa como trilha a canção.
Até o fim da sua vida, em 2019, Beth Carvalho sempre foi militante de esquerda. Ela foi filiada ao PDT e apoiou Brizola nas eleições de 1989 e 1994 e Luiz Inácio Lula da Silva em todas suas campanhas presidenciais.
Ela cantou o jingle ”La la la la Brizola” e integrou o coro que entoou o jingle “Lula Lá” em 1989. Em 2010, apoiou a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência e em 2014, apoiou sua reeleição. Ela também apoiou o MST. Uma de suas últimas atividades políticas foi apoiar o Movimento Lula Livre, que pedia a liberdade do ex-presidente Lula.
No vídeo abaixo, Beth Carvalho canta um samba em que pede Lula livre:
O bolsonarista disse estar arrependido, mas o arrependimento dele não é pela atitude ridícula, mas por ter, ele próprio, gravado e divulgado o vídeo. Deu no Metropoles:
O apresentador Luciano Huck compartilhou o vídeo em seu Twitter e chamou a situação de “ridícula, lamentával e desumana”. “Fome não tem ideologia. Precisamos fortalecer o que nos une e não o que nos separa. Esta atitude ridícula é lementavel e desumana. Me ajudem a chegar nessa senhora, por favor? Quero ajudá-la. Vamos fazer uma corrente do bem pra ela?”, escreveu o comandante do Domingão.
O Metrópoles apurou que o homem se chama Cassio Joel Cenali e é produtor rural.
Já Zélia Duncan escreveu: “Aposto que no perfil do bolsonarista sádico que nega a marmita sorrindo, tá escrito ‘cristão e pela família’”.
Nas imagens, gravadas em Itapeva (SP), o homem conversa com uma mulher. Em certo momento, ele questiona se ela “é Bolsonaro ou Lula”. “Eu sou Lula”, responde a mulher.
O homem então diz: “A partir de hoje, não tem mais marmita, tá bom? É a última marmita que vem aqui. A senhora peça para o Lula, agora.”
A moça questiona se o homem está falando sério. “Sério. Aqui não vem mais marmita, ela vai pedir para o Lula agora”, prossegue o autor das imagens.
Daniela Mercury disse: “Que gente é essa? O povo tem fome. Tripudiar de uma pessoa com fome é desumano. Por essas e por muitas outras, tem que ser @LulaOficial no 1º turno. Ajudem a localizar ele. Mas também a localizar ela para todos ajudarmos”.
Pabllo Vittar também se posicionou: “Que homem nojento gente, vamos de Lula no primeiro turno !!!! Boraaaaaa pelo amor de Deus eu não quero ter que sentir raiva !! O Brasil que eu quero é um Brasil SEM FOME!”.
A declaração foi feita em meio às celebrações oficiais e aos atos bolsonaristas do 7 de Setembro.
“Se a gente não ganhar nas urnas, se eles roubarem nas urnas, nós vamos ganhar na bala. Nós vamos ganhar na bala. Não tem nem por onde. Nós vamos ganhar na bala”, disse o candidato em Fortaleza, no Ceará, reproduzindo alegações infundadas de Bolsonaro sobre fraude eleitoral.
Em sua decisão, o juiz auxiliar Antônio Edilberto Oliveira Lima afirmou que não serão tolerados “ataques infundados, tampouco denuncismo vazio e incitação ao uso de violência”.
“Constata-se, em análise preliminar, que o teor das declarações do Representado [Delegado Cavalcante] extrapolou os limites do debate eleitoral, na medida em que criou no imaginário do eleitorado a possibilidade —ilegítima— de eventual recurso à violência em caso de resultado diverso de sua pretensão”, disse o juiz na decisão.