Categoria: Política

EM EDITORIAL, ESTADÃO COBRA EXPLICAÇÕES DE BOLSONARO SOBRE NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS DA FAMÍLIA

Estado de S. Paulo publica editorial nesta sexta-feira (2) no qual afirma que Jair Bolsonaro (PL) “deve explicações” sobre a revelação de que sua família comprou nos últimos 30 anos 51 imóveis com dinheiro vivo.

“O caso é gravíssimo e deveria merecer mais atenção dos eleitores brasileiros. Afinal, o Brasil aprovou a Lei da Ficha Limpa, de iniciativa popular, justamente porque a sociedade se cansou de políticos delinquentes. Está claro que Bolsonaro precisa explicar a origem dos milhões de reais em dinheiro que ele e sua família conseguiram movimentar na negociação de dezenas de imóveis, aparentemente sem ter renda suficiente que a justifique”, diz o texto.

O jornal lembra que a prática não configura crime, mas que revela “forte indício de lavagem de dinheiro”. “E tudo fica ainda mais suspeito quando se toma conhecimento de que as declarações de bens e renda da família Bolsonaro entregues à Justiça Eleitoral, como revelou o Estadão, não indicam guarda de dinheiro em espécie em casa. De 1998 até agora, apenas o filho Carlos informou ter guardado R$ 20 mil em espécie por ao menos oito anos”.

“Tudo isso é escandaloso – e demanda pronto e inequívoco esclarecimento. (…) Como candidato à reeleição e, sobretudo, como candidato que se apresenta como incorruptível, Bolsonaro tem o dever de esclarecer a origem desses recursos. Quem quer ser (ou continuar a ser) presidente da República não pode deixar dúvidas sobre sua honestidade, ainda mais quando se está diante de suspeitas de lavagem de dinheiro”, finaliza o editorial.

SÉRGIO MORO E PODEMOS TROCAM ACUSAÇÕES

Deu no Antagonista:

Quase seis meses depois de ter deixado o Podemos, Sergio Moro e Renata Abreu protagonizam uma espécie de divórcio litigioso via imprensa. No fim de semana, Veja trouxe reportagem em que o ex-juiz afirma que saiu da legenda por suspeita de corrupção envolvendo seus integrantes. 

O comando do partido reagiu, acusando-o agora de tentar beneficiar amigos com dinheiro do fundo partidário e fazer caixa 2.

“A decisão de filiação de Moro ao Podemos começa no estilo proposta indecente: que o partido custeasse um salário de R$ 40 mil – remuneração de ministro do STF – e pelo prazo de quatro anos, a pretexto de lhe garantir segurança familiar e o luxo ao qual está habituado, caso o projeto eleitoral naufragasse”, diz mensagem do partido, presidido por Renata.

Segundo a mensagem, “Moro buscou inserir diversos profissionais e prestadores de serviços no partido para desafogar sua folha de parceiros”“A negociação de Moro veio acompanhada de uma segunda proposta indecente que a viabilizasse: parte dos recursos poderiam vir do fundo partidário para custeio dos valores e a outra parte ele encontraria meios externos para fechar a conta.”

Moro, diz o partido, “utilizou de um farto caixa 2, do repasse de contas a pagar crescentes ao partido e de um laranja particular, Luis Felipe Cunha, que dá indícios de ser sócio oculto do ex-juiz e agora seu primeiro suplente pela candidatura ao Senado”.

Em nota encaminhada a este site, o ex-juiz rebateu as acusações e disse que adotará “imediatamente, as medidas judiciais cíveis e criminais cabíveis contra o Podemos e seus dirigentes envolvidos nessas caluniosas e difamatórias acusações.”

Ao Estadão, Moro rebateu a dirigente partidária e reiterou suas denúncias.

RANDOLFE VAI AO STF PEDIR INVESTIGAÇÃO SOBRE IMÓVEIS DA FAMÍLIA BOLSONARO

O senador Randolfe Rodrigues já enfrentou a truculência da familícia Bolsonaro algumas vezes e nunca afinou.  Deu no DCM:

Nesta quarta-feira (31), em participação no UOL News, o senador Randolfe Rodrigues (Rede) disse que fará uma petição ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que autoridades competentes abram investigações sobre o caso dos pagamentos de imóveis com dinheiro vivo pela família do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Reportagem exclusiva do UOL, publicada na terça-feira (30), mostra que quase metade do patrimônio em imóveis de parentes do candidato à reeleição foi construída com uso de dinheiro em espécie nas últimas três décadas. Desde 1990 até os dias atuais, foram negociados 107 imóveis. Desses, pelo menos 51 foram adquiridos com uso de dinheiro vivo pelo clã Bolsonaro.

“Com o salário legal que a gente recebe não é possível. Estou há 10 anos em Brasília e não moro em mansão, moro no mesmo apartamento funcional e não comprei mansão. Não tenho carros de R$ 1 milhão, de R$ 500 mil, não tenho patrimônio dessa natureza. Creio eu que um salário de senador da República, que não é ruim, mais de R$ 22 mil, é incapaz desse tipo de fácil enriquecimento na política, é impossível”, afirmou Randolfe.

“Só enriquece na política e constrói esse patrimônio quem está roubando. Estou convencido que teve ladroagem e roubo de alguma forma”, complementou o senador. Após o programa ser encerrado, ele protocolou seu pedido ao STF.

O parlamentar chamou atenção para outras movimentações financeiras “atípicas”, criticando a possível falta de atuação de órgãos fiscalizadores, como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

“Queremos saber como é que esse dinheiro vivo anda circulando por aí. Por que o Coaf não identifica a retirada desse dinheiro vivo, já que qualquer tipo de movimentação acima de R$ 10 mil deveria ser identificado pelo Coaf? Como essas operações se deram?”, disse, encerrando o diálogo com o questionamento.

PESQUISA QUAEST: LULA TEM 44% CONTRA 32% DE BOLSONARO NO PRIMEIRO TURNO

Deu no Brasil 247:

Pesquisa Genial/Quaest publicada nesta quarta-feira (31) aponta a consolidação da liderança do ex-presidente Lula (PT) na corrida presidencial.

O levantamento mostra que o petista mantém 12 pontos percentuais à frente de Jair Bolsonaro (PL). Foram ouvidas 2.000 pessoas com mais de 16 anos entre 25 e 28 de agosto. 

Os dois líderes oscilaram um ponto para baixo em relação à rodada anterior: agora Lula tem 44% das intenções de voto, contra 32% de Bolsonaro.

Ciro Gomes (PDT) oscilou positivamente e tem 8% dos votos no primeiro turno (antes tinha 6%). Simone Tebet (MDB) manteve-se estável, com 3%. 

Felipe D’Ávila (Novo), Eymael (Democracia Cristã), Sofia Manzano (PCB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Leonardo Péricles (Unidade Popular) não pontuaram.

Na simulação de segundo turno, Lula tem 51% (patamar igual ao da pesquisa anterior) e Bolsonaro 37% (antes eram 38%). A pesquisa ainda mostra que 65% dos entrevistados estão decididos sobre seus votos e que 33% ainda podem mudar.

Bolsonaro segue como o mais rejeitado: 55% dizem não votar nele de jeito nenhum. Ciro Gomes vem na sequência, com 48%. Lula é rejeitado por 43% dos entrevistados.

Em relação à avaliação do governo federal, a pesquisa mostra que 40% dos entrevistados classificam a gestão de Bolsonaro de forma negativa e 30% de forma positiva. No levantamento anterior, os números eram de 41% e 29%, respectivamente.

A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos e o intervalo de confiança de 95%. 

BOLSONARO NÃO DEVE IR MAIS A DEBATES APÓS PARTICIPAÇÃO DESASTROSA NA BAND

Deu no portal da Fórum:

Diante da participação desastrosa no debate da Band, na noite deste domingo (28), a equipe do presidente Jair Bolsonaro (PL) defende que ele não vá a mais nenhum debate no primeiro turno e selecione poucos convites para entrevistas, de preferência em podcasts de grande audiência e pouco confronto.

Bolsonaro já faltou à sabatina na Jovem Pan, que estava programada para a manhã desta segunda-feira.

Pelo menos três debates já estão previstos até as eleições: na TV Aparecida, no dia 13; no pool entre SBT, CNN, Veja, Estadão, NovaBrasil FM e Terra, no dia 24; e na Globo, no dia 29 de setembro.  

A equipe chegou a essa conclusão após passar a madrugada avaliando a participação de Bolsonaro durante debate promovido pelo pool de veículos encabeçado por Band, TV Cultura, Folha de S.Paulo e UOL.

A informação é da jornalista Vera Magalhães, que foi atacada por Bolsonaro durante o debate, e do colunista Lauro Jardim, de O Globo.

A equipe de Bolsonaro não contava que misoginia e os ataques dele às mulheres e à imprensa fosse virar o principal tema do debate. Além disso, Bolsonaro se atrapalhou com a pergunta, pois não estava com os dados de vacinação e ficou procurando na pilha de papéis em frente ao público.

Outro ponto negativo de Bolsonaro, de acordo com a equipe, foi o uso reiterado do termo “mimimi” para se contrapor às acusações de machismo e misoginia.

A ala política acha que, além de impedir a busca de votos das mulheres, a agressividade de Bolsonaro pode tirar votos nos estratos mais pobres e também entre os evangélicos, público em que a condução do governo federal da pandemia tinha sido muito mal avaliada, mas que ele vem reconquistando.

EVENTOS DE TARCÍSIO DE FREITAS NA REGIÃO REÚNEM POUCOS PATRIOTAS

Jales não foi citada, mas é possível que o evento de sábado no Jales Club não tenha reunido muitos patriotas. A notícia é do blog do Guilherme Amado, pendurado no portal Metrópoles:

O ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, candidato ao governo de São Paulo, tem encontrado pouco público em seus eventos partidários em São Paulo.

Imagens dos eventos em Votuporanga e Santa Fé do Sul têm circulado mostrando poucas pessoas. Em um deles é exposta a preocupação dos organizadores que chegaram a recolher cadeiras.

Em Santa Fé do Sul, nem mesmo todo aparato de caminhão de som atraiu eleitores. Imagens mostram que havia mais pessoas em cima do veículo do que público assistindo ao discurso.

COM ATAQUES A LULA, BOLSONARO TRANSFORMA FESTA DO PEÃO DE BARRETOS EM COMÍCIO

Deu no DCM:

Na noite de sexta-feira (26), Jair Bolsonaro (PL) foi à Festa do Peão de Barretos, no interior de São Paulo, acompanhado do empresário Luciano Hang, dono da Havan, e do candidato ao governo paulista Tarcísio de Freitas (Repubicanos).

O presidente utilizou o palco do evento como uma espécie de palanque, discursou, recebeu oração e foi ovacionado pelo público presente. O “comício” de Bolsonaro ainda contou com um jingle de campanha e xingamentos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram o atual chefe do governo sendo apresentado ao som de gritos de “mito”, além de outros momentos da festa, como quando o locutor Cuiabano Lima puxou a oração do Pai Nosso e disse que “a gente se encontra pelo Brasil no dia 7 de setembro” e da hora em que o presidente andou a cavalo na arena.

Desde o início desta edição do maior evento sertanejo do país, que retomou suas atividades presenciais após dois anos de pandemia, manifestações pró-Bolsonaro foram vistas no local.

No último dia 20, por exemplo, o deputado federal e filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), foi ao Parque do Peão e teceu comentários irônicos em relação a Lula, principal oponente de seu pai nas eleições de outubro.

“Lula quero ver você vir para cá e abraçar esses 47% que o Datafolha está te dando. Vem para cá, o povo te adora, vai te receber muito bem, pode ter certeza. Aqui só tem produtor rural”, sugeriu ele.

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