E no longo capítulo da rejeição, Bolsonaro lidera de longe com 53%, segundo o Datafolha. Lula é rejeitado por 32%. O texto é da Carta Capital:
A pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira 28 indica que Lula (PT) lidera com folga a disputa com Jair Bolsonaro rumo à Presidência da República entre eleitores do Nordeste. Na região, o petista venceria por 59% a 24%. No Sudeste, a região mais populosa, o triunfo de Lula se daria por 43% a 28%. No Norte, há empate técnico: 41% para Lula e 39% para Bolsonaro.
O levantamento oferece outros recortes. Bolsonaro oscilou três pontos para cima entre os brasileiros que recebem até dois salários mínimos, o principal estrato socioeconômico da pesquisa. Lula, porém, lidera com folga nesse segmento: 54% a 23%.
Bolsonaro cresceu seis pontos entre o eleitorado feminino: saltou de 21% para 27%. Mesmo assim, Lula mantém a dianteira, com 46% das intenções de voto. O eleitorado feminino representa 52% da amostra.
Lula, por sua vez, ganhou quatro pontos entre homens, oscilação dentro da margem de erro, que neste segmento é de três pontos. Ele agora aparece à frente por 48% a 32%.
O ex-capitão continua a liderar entre os evangélicos, apesar do recente escândalo no Ministério da Educação protagonizado por pastores. Bolsonaro aparece com 43% nesse segmento (tinha 40% na última pesquisa), enquanto Lula vai a 33% (tinha 35%).
No geral, a pesquisa indica a manutenção do cenário apresentado pela rodada anterior, de 22 de junho. Lula lidera a corrida à Presidência com 47% das intenções de voto, ante 29% Bolsonaro.
A lenda diz que quem vence em Minas Gerais ganha no Brasil. Deu no jornal mineiro O Tempo:
A disputa presidencial em Minas Gerais segue estável, com a diferença entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), variando apenas na margem de erro. É o que mostram os dados da pesquisa DATATEMPO realizada entre os dias 15 e 20 de julho em todo o Estado.
Os números mostram o petista com 45,1% das intenções de voto na pesquisa estimulada, contra 30% do candidato do PL. No intervalo de um mês e meio, desde o último levantamento, a distância apenas oscilou passando de 16,8% para 15,1%.
Com isso, os mineiros continuam dando um percentual que poderia eleger Lula ainda no primeiro turno, principalmente em razão do baixo desempenho dos outros candidatos, que passaram a somar menos votos que no levantamento anterior, reforçando a polarização entre os dois primeiros colocados.
De acordo com o DATATEMPO, Lula tinha 44,8% entre o final de maio e o início de junho, quando foi feito o levantamento anterior. Agora, oscilou para 45,1%. Já Bolsonaro foi de 28% na pesquisa antiga para 30% na atual. Os dois oscilaram apenas dentro da margem de erro de 2,19 pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa também mostra vantagem confortável de Lula no segundo turno. Contudo, a distância oscilou para baixo, passando de 20,7 para 17,1 pontos percentuais. Agora, Lula soma 52% das intenções de voto, contra 34,3% de Bolsonaro.
O delegado de polícia Paulo Bilynskyj, que é apoiador de Jair Bolsonaro (PL), fez uma série de postagens esta semana em sua conta no Instagram, onde possui quase 700 mil seguidores, com vídeos em que aparece armado e atacando a esquerda.
Nessas publicações, feitas através dos stories, Bilynskyj fala em “lutar” para que “não dê merda” nas eleições enquanto aparece abrindo fogo. Em uma das postagens, diz que vai aos atos bolsonaristas no feriado de 7 de setembro junto a um vídeo em que dispara contra um alvo. “Não podemos deixar a esquerda voltar”, declara em outra postagem.
Usuários das redes sociais enxergam, nas publicações do delegado, incentivo à violência política contra opositores ao governo e ameaça à esquerda.
O vereador Leonel Radde (PT-RS), que é policial civil, informou nesta quarta-feira (27) que registrou um boletim de ocorrência contra Bilynskyj.
Ao jornal Estadão, Osvaldo Nico Gonçalves, delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, informou que a Corregedoria da corporação vai investigar a conduta de Bilynskyj.
O bolsonarista ganhou fama em 2020 quando se envolveu em uma briga com a namorada, Priscila Barreto, que disparou seis vezes contra ele e, depois, segundo as investigações, teria se matado.
Como diria Gonzaguinha, “eu acredito é na rapaziada”. Deu no Brasil 247:
Pesquisa Datafolha, encomendada pela Folha da Manhã e divulgada nesta quarta-feira (27), com jovens de capitais brasileiras mostra que o ex-presidente Lula (PT) é o amplo favorito para retornar ao comando do governo federal.
O petista aparece com 51% das intenções de voto, mais que o dobro de Jair Bolsonaro (PL), que registrou 20%. O terceiro colocado é Ciro Gomes (PDT), com 12%.
Lula – 51%
Bolsonaro – 20%
Ciro Gomes – 12%
André Janones (Avante) – 2%
Simone Tebet (MDB), Vera Lúcia (PSTU), Pablo Marçal (Pros), Leonardo Péricles (UP) e Sofia Manzano (PCB) – 1% cada
Eymael (DC), Luciano Bivar (UB), General Santos Cruz (Podemos) e Felipe D’Ávila (Novo) – não pontuaram
Entre jovens mulheres, Lula tem desempenho ainda melhor. O petista sobe para 58%, enquanto Bolsonaro cai para 16%. Ciro Gomes fica com 10%. Entre homens jovens, o ex-presidente registra 44%, Bolsonaro 24% e Ciro 14%.
Bolsonaro é o candidato mais rejeitado pela juventude. Dos entrevistados, 67% afirmam que não votariam nele de jeito nenhum. A rejeição de Lula é de 32% e a de Ciro Gomes de 22%. Os jovens de 16 a 29 anos representam 15% do eleitorado.
A pesquisa ouviu presencialmente entre 20 e 21 de julho 1.000 eleitores entre 16 e 29 anos em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Goiânia, Brasília, Manaus e Belém. Segundo os dados, 32% dos entrevistados se declararam como de esquerda, 30% de centro e 33% de direita. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro de três pontos.
Durante uma live transmitida no último domingo (24), o ex-ministro da Educação e pré-candidato ao governo de São Paulo, Abraham Weintraub, afirmou acreditar que seu ex-aliado, o presidente Jair Bolsonaro (PL), ”mentiu” e continuará mentindo para o povo. Ele chegou a citar a relação entre o chefe do Executivo e o ex-presidente Fernando Collor.
“Eu não acredito mais na honestidade do presidente Bolsonaro. Antes, eu diria o seguinte: ‘Olha, está sendo bobo, ele está sendo usado, ele não está vendo’. [Agora] eu acho que ele é uma pessoa desonesta”, declarou.
“Eu acho que o presidente Bolsonaro mentiu para a gente, está mentindo e ele vai continuar mentindo. E vou falar aqui com todas as palavras: eu acho que o presidente Bolsonaro é uma pessoa desonesta”, continuou Weintraub.
“Uma pessoa honesta não anda abraçada com o [ex-presidente Fernando] Collor. Uma pessoa honesta não anda abraçada com os Arruda [ex-governador do DF]”, alegou, se referindo às alianças de Bolsonaro com políticos do Centrão.
“Veja: se você estiver num chiqueiro, você não vai encontrar ganso; você vai encontrar porco. O presidente Bolsonaro podia ter escolhido vários caminhos, ele escolheu o caminho do chiqueiro. Se ele escolheu o caminho do chiqueiro, ele é porco. Não tem outra explicação”.
A cantora Bebel Gilberto usou as redes sociais ainda na noite de sábado (23), para se pronunciar sobre o gesto polêmico de pisotear uma bandeira do Brasilem show na Califórnia (EUA), na última terça-feira (19). Na ocasião, ela disse ao sambar com os pés sobre o símbolo nacional: “Desculpe fazer isso. Mas… eu estou feliz de ser brasileira ou não?”.
O vídeo que corre as redes bolsonaristas mostra apenas o gesto impensado da cantora, que extravasou sua indignação contra o governo Bolsonaro pisoteando a bandeira, o que, convenhamos foi uma forma equivocada de protestar.
No entanto, os bolsonaristas deixaram de mostrar o vídeo completo onde, menos de dois minutos depois, Bebel pegou a bandeira de volta e, abraçada a ela, pediu desculpas ao Brasil e aos brasileiros.
Eis o que ela postou no sábado:
Foi um ato impensado meu, porque se tivesse tido tempo de raciocinar teria me ocorrido que eu estava entregando de presente para a extrema-direita uma imagem com a qual poderiam destilar o seu ódio repugnante e o seu falso patriotismo – essa gente que sequestrou os símbolos nacionais e corrói a democracia brasileira com o seu projeto autoritário de poder… Foi por esse motivo que soltei o nome do inominável (bozo) no meu gesto impulsivo no palco.
Imediatamente depois, porém, me dei conta de que a bandeira também pertence a todos os brasileiros e me desculpei com o público. O excelentíssimo Secretário de Cultura, no entanto, ignorou essa parte do vídeo e fez aquilo que sabe fazer de melhor. Não, não é escrever o português com erros, mas manipular a informação para instigar a base de fanáticos que o segue. Publico aqui o vídeo completo em que me desculpo.
Amo o Brasil e tenho certeza de que em breve os radicais do ódio serão varridos para o lixo da História . Aos brasileiros de bem que como eu são defensores intransigentes da democracia mas se sentiram ofendidos com o meu ato impensado, minhas sinceras desculpas. O Brasil é maior que qualquer governo ou político.
O secretário de Cultura a que ela se refere é o Mário Frias que, ao escrever algumas linhas criticando a cantora e mencionando que ela é sobrinha do Chico Buarque, grafou a palavra espectador com “x”, ou seja, “expectador”.
Uma pesquisa da Badra Comunicação divulgada nesta segunda (25) mostra que, se as eleições presidenciais fossem hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva obteria a marca de 45,5% dos votos em São Paulo, o estado mais populoso do país, e superaria o atual presidente em 15 pontos percentuais, ou quase ‘dois Ciros’, já que o candidato do PDT apresentou na mesma pesquisa 8,1% das intenções de voto no estado.
Os demais candidatos possuem números inexpressivos: Simone Tebet, do MDB, vê sua ‘terceira via’ naufragar antes mesmo de começar a viagem com apenas 1,8% das intenções de voto paulistas e é seguida por Vera Lúcia (PSTU; 1,2%), André Janones (Levante, 1%), Felipe D’Ávila (Novo, 0,6%), Pablo Marçal (PROS, 0,5%), Eymael (DC, 0,3%) e Sofia Manzano (PCB, 0,2%). Os demais candidatos apresentam intenções de voto inferiores a 0,1% do eleitorado paulista.
Quando adolescentes, aprendemos na escola que “matéria atrai matéria…”. Pois é. O vereador Elder Mansueli fez questão de se fotografar ao lado da deputada federal Carla Zambelli, uma notória propagadora de fake news. Pelo visto, Zambelli e Mansueli é mais do que uma rima pobre.
Na sexta-feira, 22, Zambelli esteve aqui em Jales para um encontro com simpatizantes, a maioria formada pelo pessoal da terceira idade, como observou a própria deputada logo no início do seu discurso de 48 minutos (aqui). Nada mais natural. Afinal, só mesmo alguns idosos incautos – desses que vivem caindo em golpes do whatsapp – para ouvir as lorotas da deputada e ainda bater palmas.
Antes de desandar a contar suas caraminholas, Zambelli explicou que o dinheiro prometido por ela – coisa de R$ 3,7 milhões – para a instalação da Casa Hunter em Jales ainda não saiu por questões burocráticas. Mesmo sem conseguir desatar os nós burocráticos que impedem, segundo ela, a liberação da grana, a deputada já prometeu que, se eleita, destinará mais R$ 4 milhões no ano que vem.
Depois disso, ela passou a fazer o que faz de melhor: divulgar inverdades. Me lembro de duas, embora ela tenha dito muitas outras, todas contra o PT. A primeira: segundo Zambelli, o rombo da Petrobrás durante os governos do PT alcançou a estratosférica cifra de R$ 900 bilhões.
Essa mentira já foi desmentida pela agência de checagens Estadão Verifica. Em maio deste ano, o jornalão publicou o seguinte:
“Não é verdade que a Petrobras tenha sofrido perdas de R$ 900 bilhões com corrupção nos governos do PT. A afirmação aparece em um comentário do empresário Tomé Abduch, simpatizante declarado do presidente Jair Bolsonaro, em um programa da Jovem Pan News”.
O empresário ainda disse, naquela ocasião, que o dinheiro desviado seria suficiente para “fazer 10 vezes a transposição do Rio Amazonas (sic) no Nordeste”. Nota-se que o forte do empresário cascateiro não é Geografia. E nem Matemática.
Na palestra para os bolsonaristas jalesenses, Zambelli foi além. Ela citou os mesmos R$ 900 bilhões e completou dizendo que esse dinheiro daria para “fazer a transposição do São Francisco 60 vezes”. E a plateia de idosos desinformados, àquela altura já cochilando, acordou para bater palmas.
A segunda mentira: de acordo com a Zambelli, foi o ex-presidente Lula quem acabou com o voto impresso, em 2002. Qualquer pessoa com QI acima de 45 sabe que Lula não ocupava nenhum cargo em 2002. Nem mesmo o de deputado.
A verdade: em 2002, o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou uma lei que previa a impressão do voto. A medida foi implantada em fase de testes em alguns municípios naquele ano, mas foi revogada em 2003, devido aos transtornos ocorridos durante o dia da votação e relatados pelo TSE. A revogação, portanto, foi uma indicação do TSE e não um desejo de Lula.
Por sinal, em 2009, Lula sancionou uma lei aprovada pelo Congresso, que determinava a impressão do voto a partir das eleições de 2014. No entanto, em 2013, antes de a lei começar a vigorar, o STF julgou que ela era inconstitucional. Segundo a corte, a norma comprometia o sigilo e a inviolabilidade do voto assegurados pelo artigo 14 da Constituição.
Em 2015, outra lei sobre a impressão de votos foi sancionada pela então presidenta Dilma Rousseff, com validade a partir das eleições de 2018, mas essa lei também foi julgada inconstitucional pelo STF.
Como se vê, se o voto impresso não foi implantado, não é por culpa do PT ou de Lula.
A passagem de Carla Zambelli por Jales, ontem, parece não ter sido das mais tranquilas. A notícia é do portal Região SP:
Na tarde desta sexta-feira, 22, o membro do MBL – Movimento Brasil Livre -, Renato Battista candidato a deputado estadual esteve em Jales acompanhado do ex-deputado Arthur do Val, onde encontrou a deputada federal Carla Zambelli e sua equipe.
Renato e Arthur almoçavam em uma churrascaria da cidade quando perceberam a presença da deputada. O candidato do MBL então ligou a câmera do celular e foi questioná-la sobre seu voto favorável ao aumento do fundo eleitoral.
No vídeo é possível ver assessores da deputada, claramente constrangidos, tentarem impedir a gravação. Bruno Zambelli, irmão de Carla e também candidato, chega a ameaçar Arthur. “Você já apanhou lá, quer apanhar de novo? Eu vou te bater se você não parar”, provoca ele.
Por fim, Carla Zambelli decide responder e alega ter votado a favor do Orçamento com um destaque contra o fundo. No entanto, ela admite que o destaque não foi aprovado e por isso seu voto acabou sendo favorável ao aumento.