Categoria: Política

DATA VÊNIA…

Tem gente que ainda não entende como o prefeito Humberto Parini consegue se manter no cargo. Por extremamente didático, reproduzo, abaixo, um post do blogueiro Ricardo Noblat:

É com gosto de jiló no céu da boca, de mandioca-roxa e de beringela crua que passo a contar a história nada edificante de um prefeito do PT cassado pela Justiça Eleitoral do seu Estado.

E de dois ministros do Supremo Tribunal Federal que por omissão, palavras e obras contribuíram até aqui para que o prefeito permanecesse no cargo, dando-se até ao luxo de concorrer a novo mandato em outubro próximo.

O prefeito atende pelo nome de Francisco Antônio de Souza Filho, o Chico do PT. E a cidade que ele governa se chama Esperantina. 

Com menos de 40 mil habitantes, ela existe há 90 anos e fica no norte do Piauí, a 174 quilômetros de Teresina. Seu orçamento anual é de quase R$ 56 milhões, sendo que R$ 36,5 milhões são repassados pelo governo federal.

Quando o atual senador Wellington Dias (PT) se reelegeu governador do Piauí em 2006, Chico foi nomeado Secretário de Articulação e Gestão.

De longe era o secretário mais poderoso. Ambicionava governar Esperantina a partir de 2008. E para facilitar sua eleição, arrancou de Dias dinheiro e obras para a cidade.

Esperantina ganhou pontes, poços artesianos e ruas asfaltadas.

Os programas de assistência social do governo estadual foram ampliados ali para atender ao maior número possível de pessoas – de preferência eleitores.

Chico derrotou meia dúzia de adversários – entre eles o prefeito da época, candidato à reeleição.

A porta do inferno se abriu para Chico assim que ele tomou posse.

O Ministério Público Eleitoral pediu sua cassação por “abuso do poder político” e de “prática de conduta vedada”. As obras feitas às pressas na cidade configuraram “abuso de poder político”. E o fato de Chico ter alardeado que era o pai das obras, “prática de conduta vedada”.

No dia 28 de fevereiro de 2011, por quatro votos contra três, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Piauí cassou os diplomas de Chico e do seu vice.

Afastado do cargo de imediato, Chico entrou com ação cautelar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Pediu a concessão de liminar para reocupar o cargo enquanto recorresse da decisão do TRE.

A liminar foi concedida pela ministra Nancy Andrighi no dia 30 de junho daquele ano. Quase seis meses depois, o TSE começou a julgar o recurso especial impetrado por Chico contra a decisão do TRE.

Nancy “proveu” o recurso. Em linguagem de leigo, acatou-o. Um a zero para Chico. O ministro Gilson Dipp, não. Um a um. O ministro Marcelo Ribeiro pediu vista do processo.

Em 28 de fevereiro deste ano, ao devolver o processo, Marcelo acatou o recurso. Os ministros Carmem Lúcia e Arnaldo Versiani, não.

Placar no fim da sessão daquele dia: três votos contra a pretensão de Chico de reaver o mandato cassado um ano antes pelo TRE do Piauí; dois votos a favor.

Aí foi a vez do ministro Marco Aurélio Mello pedir vista do processo.

São sete os ministros titulares do TSE. Com quatro votos se decide qualquer parada.

Um mês depois, Marco Aurélio devolveu o processo e “desproveu” (rejeitou) o recurso, cassando Chico.

O voto que faltava ser dado não faria a menor diferença. O placar final seria 5 x 2 ou 4 x 3.

O dono do voto que faltava, ministro Ricardo Lewandowski, era o então presidente do TSE. O que ele fez?

Pediu vista do processo no dia em que Marco Aurélio o devolveu – 29 de março.

No dia 18 de abril esgotou-se o mandato de Lewandowski à frente do TSE. Ele passou o cargo para a ministra Carmem Lúcia. E foi embora sem votar o recurso de Chico. O julgamento ficou inconcluso.

Reunido no dia oito de maio, o TSE despachou o recurso para o ministro que ocuparia a vaga de Lewandowski. Quem mesmo? 

José Antonio Dias Toffoli, ministro substituto no TSE, que costumava votar na ausência de algum titular.

Toffoli estava familiarizado com os assuntos tratados ali. O recurso de Chico lhe foi entregue no dia 11 de maio. E esquecido por Toffoli até hoje no fundo de alguma gaveta.

É o que os advogados chamam, por gozação, de “embargo de gaveta”.

Enquanto isso…

Enquanto isso Chico lidera as pesquisas de intenção de voto para prefeito. Garante a seus eleitores que vencerá a batalha no TSE.

Só haveria uma chance de isso acontecer: se algum ministro que rejeitou o recurso mudasse de lado – difícil. E se Toffoli acatasse o recurso. Bem…

Só para lembrar: Ricardo Lewandowski foi o mesmo ministro que concedeu uma liminar ao prefeito Humberto Parini, mantendo-o no cargo.

POLÍTICA É COISA SÉRIA…

 

 

 

 

 

 

Tá achando pouco? Então, dê uma olhada nos nove melhores slogans de campanha destas eleições:

1º lugar – Em Mogi das Cruzes (SP), tem um candidato chamado Defunto:
“Vote em Defunto, porque político bom é político morto’’.

 2º lugar – Candidato a prefeito de Aracati (CE):
“Com a minha fé e as fezes de vocês, vou ganhar a eleição.”

 3º lugar – A cearense chamada Debora Soft, stripper e estrela de show de sexo explícito. Slogan:
“Vote com prazer!”

 4º lugar – E em Piraí do Sul tem um gay chamado Lady Zu.
“Aquele que dá o que promete.”

5º lugar – Em Hidrolândia (GO), tem um candidato chamado Pé.
“Não vote sentado, vote em Pé.”

 6º lugar – Em Carmo do Rio Claro(MG), tem um candidato chamado Gê.
“Não vote em A, nem em B, nem em C; na hora H, vote em Gê.” 

7º lugar – Em Descalvado (AL), tem um candidata chamada Dinha cujo slogan é:
“Tudo Pela Dinha.” 

8º lugar – Grito de guerra do candidato Lingüiça, lá de Cotia (SP).
“Lingüiça Neles!” 

9º lugar – Guilherme Bouças, com o slogan:
“Chega de malas, vote em Bouças.”

CANDIDATO A VEREADOR ADVERTIDO POR PROPAGANDA OSTENSIVA

O candidato a vereador Tiago Abra(PSB) está sendo advertido pela Justiça Eleitoral pela prática de propaganda ostensiva em empresas do centro da cidade. Como se sabe, a lei eleitoral proíbe a propaganda em estabelecimentos comerciais. Em diligência feita por servidores do Cartório Eleitoral, foram encontrados folhetos de Tiago grudados nas portas de algumas lojas.

Diga-se, por sinal, que alguns funcionários do Cartório Eleitoral vem fazendo diligências em vários pontos da cidade, inclusive em empresas comerciais. O objetivo é garantir que a Resolução 23.370/12 – que regula a propaganda eleitoral – seja respeitada pelos candidatos. Os deslizes são punidos com multa, cujo valor mínimo é de R$ 5 mil.

ANTENA LIGADA DIVULGA PESQUISA DE INTENÇÃO DE VOTOS EM JALES

O programa Antena Ligada desta quinta-feira divulgou pesquisa de intenção de votos encomendada pela Rádio Antena 102, ACIJ e SinComércio. Foram ouvidas 403 pessoas no final de semana passado, dias 25 e 26. Não me lembro dos números exatos, mas, na pesquisa espontânea, Nice estaria com 35%, Flá com 22% e Clóvis com pouco mais de 3%, enquanto os indecisos beiram 35%.

Na pesquisa estimulada, quando são apresentados os nomes dos candidatos, Nice aparece com 42%, Flá contabiliza 25% e Clóvis fica com 4%, enquanto os indecisos passam de 23%. A margem de erro da pesquisa feita por um Instituto de Fernandópolis, é de 4,9%.

Na pesquisa divulgada pela candidata Nice, na semana passada, ela aparecia com 26 pontos de vantagem. Na pesquisa da Antena 102, a diferença é de 17 pontos. Em tese, a vantagem de Nice teria caído 09 pontos, mas, ressalte-se, são pesquisas realizadas por institutos diferentes.

Chamou a atenção na pesquisa divulgada pelo Antena Ligada o índice de rejeição da dupla Clóvis-Especiato, coisa de 31%. Nesse quesito, Nice e Flá aparecem empatados com 9% de rejeição.

 

EM RIO PRETO, ELEITOR TROCA VOTO POR CHURRASCO E TIJOLO. SÓ LÁ?

Claro que não! Eleitor vagabundo que vende o voto existe em todo lugar. E depois, esse tipo de gente desclassificada ainda se acha no direito de falar mal dos políticos. Vejam a notícia do Diárioweb:

Eleitores de Rio Preto negociam seus votos em troca de tijolos, churrasco e cerveja no bairro Parque Nova Esperança, na região Norte da cidade. O Diário se passou por assessor de um candidato a vereador fictício e negociou diretamente com eleitores e comerciantes a doação de tijolos e realização de churrascos para promover a candidatura no bairro para obter votos na eleição do dia 7 de outubro.

A negociação caracteriza possível compra de votos, segundo o promotor de Justiça Sérgio Clementino, conforme previsto na lei eleitoral número 9.504/95. É proibido ao candidato “doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a cinquenta mil Ufir (entre R$ 1.060 a R$ 53 mil), e cassação do registro ou do diploma”.

Diversos candidatos a vereadores esparramaram suas plaquinhas pelo bairro. A moradora B.A.J disse que colocou uma placa de um candidato em troca de tijolos para construir um muro para sua casa. “Ele (candidato) tinha prometido me dar mil tijolos. Isso aí não suja não, né moço”, afirmou a mulher que se mostrou preocupada ao revelar a negociação. 

A notícia completa, do Diárioweb, pode ser lida aqui.

EMPRESA COMEÇA O RECAPE DO JARDIM DO BOSQUE

Jales é mesmo uma cidade diferente! Segundo se sabe, a lei proíbe o início de obras patrocinadas com recursos estaduais ou federais, durante o período das eleições municipais. Neste ano, o período eleitoral começou no dia 07 de julho e, após essa data, somente as obras já iniciadas poderiam ter continuidade.

Mas, no caso de Jales, parece que isso não está valendo. Nesta semana, em pleno período eleitoral, a empresa Scamatti & Seller Ltda começou, finalmente, o recape de algumas ruas do Jardim do Bosque. Tudo bem, o Jardim do Bosque estava mesmo esperando por isso há uns quatro anos e não será esse pequeno recape que vai mudar o resultado das eleições. Mas, cá entre nós, será que mudaram as regras eleitorais?

Essa é a Rua Vereador Domingos de Rosis Filho. Reparem que, além do asfalto novo, a rua ganhou uma placa à direita.

Esse trecho da Rua dos Escoteiros, é um dos beneficiados com o recape.

Já a Rua Altino Lourenço Cardoso, que cruza com a recapeada Rua Júlia Pereira de Lima, continuará esburacada.

DIZEM QUE NICE LOBÃO GANHOU R$ 88 MIL POR DIA, EM 2011, PARA NÃO TRABALHAR

Um amigo de São José do Rio Preto enviou interessante e-mail, do qual reproduzo um trecho:

Essa bela e sorridente senhora da foto é a Deputada Nice Lobão.

Nada mais do que a mulher do senador e ministro das Minas e Energia Edson Lobão e mãe do Senador Lobão Filho. Ela faz parte dessa alcatéia maranhense que tomou de assalto o Planalto Central.

Tirou nada menos do que 82 licenças médicas, só no ano de 2011, e dos 101 dias trabalhados

na Câmara ela apareceu somente em 19. Mesmo licenciada e afastada, continua recebendo seus vencimentos em média de R$ 100.000,00 ao mês e mais R$ 470.000,00 em verbas diversas.

Uma bolada anual de R$ 1.670.000,00 para quem trabalhou, efetivamente, 19 dias em 2011. Ou o equivalente a R$ 88.000,00 por dia trabalhado.

Se ela é tão enferma assim, que renuncie ao seu mandato e vá cuidar de sua saúde.

Eu sempre desconfio desses e-mails em que nos pedem para repassá-los, de forma que fui ao Google pesquisar sobre a senhora da foto. E o histórico de faltas dela é verdadeiro. Vejam trecho de uma notícia do portal Congresso em Foco:

Quem pensa que o senador licenciado Edison Lobão (PMDB-MA) anda distante do Congresso, ainda não viu a mulher nem o filho dele. Ninguém faltou mais às sessões destinadas a votação na Câmara e no Senado em 2011 do que a deputada Nice Lobão (PSD-MA) e o senador Lobão Filho (PMDB-MA), suplente que ocupa a vaga do pai.

É o que revela levantamento exclusivo feito pelo Congresso em Foco sobre a assiduidade dos parlamentares na Câmara e no Senado. A deputada, de 75 anos, compareceu a apenas 19 dos 107 dias com sessões deliberativas da Câmara e apresentou justificativa para 87 de suas 88 ausências ano passado.

A notícia do Congresso em Foco, completa, pode ser lida aqui. 

ANDRÉ MACETÃO TENTA LUDIBRIAR JUSTIÇA ELEITORAL E LEVA MULTA DE R$ 5 MIL

Se a coligação de Nice-Callado conseguiu se livrar de duas acusações de propaganda irregular, conforme post anterior, o mesmo já não se pode dizer do candidato a vereador André Macetão – um dos principais aliados de Nice – que não teve a mesma sorte.

Igualmente acusado pela coligação de Clóvis-Especiato da prática de  propaganda irregular, André Macetão tentou dar um balão na Justiça Eleitoral e acabou tomando uma multazinha de R$ 5 mil.

Sucedeu assim: pilhado na suposta prática irregular, André Macetão foi até o local – uma empresa da Rua Três – onde estava instalada a propaganda, retirou a dita cuja, fez algumas fotos para mostrar à Justiça Eleitoral que a situação havia sido regularizada, mas, após fazer as fotos, recolocou a propaganda no mesmo lugar.

A brincadeira com a lei não ficou impune. Eis um trecho da sentença: “… André Macetão tentou ludibriar o Juízo Eleitoral com a retirada de sua propaganda para as fotografias de fls. 55, reintalando-as novamente antes mesmo do julgamento dessa representação”.

Outro trecho: “Ante o acima exposto, julgo procedente a presente representação apresentada pela coligação ‘Jales Progresso e Futuro Certo’ para condenar o candidato a vereador André Macetão no pagamento de multa no valor de 5.000 reais”.

Ludibriar, segundo o dicionário, significa “enganar”, “dissimular”, “iludir”, “escarnecer” “zombar” “fazer troça”, etc. Agora, é o caso de se perguntar: se um candidato é capaz de tentar enganar a Justiça Eleitoral de forma tão grosseira e desrespeitosa, o que ele não fará para enganar os eleitores?

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