Começou nesta segunda-feira (16) por volta das 10h30, na Justiça Federal de Alagoas, o júri popular do caso Ceci Cunha. A deputada federal alagoana foi morta a tiros na varanda da casa da irmã em 1998. O caso ganhou repercussão tanto pela crueldade dos assassinatos – além de Ceci, outros três parentes foram mortos – quanto pela demora na tramitação na Justiça, já que 13 anos depois do fato, os cinco acusados não foram julgados sequer uma vez.
O julgamento pode durar até três dias e está sendo transmitido ao vivo. Quando a sessão começou, havia mais de 600 pessoas conectadas, e as câmeras mostravam que o auditório da Justiça Federal, onde ocorre o julgamento, também está lotado.
De acordo com o Ministério Público, o crime teve motivação política, pois o primeiro suplente da vaga, o ex-deputado Talvane Albuquerque, queria ocupar o posto na Câmara dos Deputados para retardar o julgamento de outros processos a que respondia na Justiça. Ele nega todas as acusações.
A deputada foi assassinada em dezembro de 1998 pouco depois de ser diplomada no cargo. Ela visitava a irmã, que havia acabado de ganhar um bebê. Três assessores de Talvane invadiram a varanda onde todos conversavam e dispararam dezenas de tiros. Além de Ceci, foram mortos seu marido, o cunhado e a mãe do cunhado. Apenas a irmã da deputada e o bebê escaparam com vida.
Talvane assumiu a vaga de Ceci Cunha, mas foi cassado por quebra de decoro por suposto envolvimento com pistoleiros em 1999.
Um vereador me confidenciou, ontem, que o advogado José Antonio Fuzzeto Júnior, que também é vereador em Urânia, não aceitou o convite feito pelo presidente Macetão para que assumisse a assessoria jurídica da Câmara de Jales. Parece que o rapaz tem mais juízo que o novo presidente, que, agora, está procurando outro advogado.
Neste final de semana, o jornal A Tribuna dedicou duas páginas às exonerações promovidas por Macetão. E o Jornal de Jales dedicou todas as linhas do seu editorial ao caso. O jornal discorre, de forma equilibrada, sobre a atitude do presidente, e, ao final, conclui com uma comparação, que, por bastante apropriada, reproduzo abaixo:
“Em resumo, ao ignorar os vereadores que o elegeram e os membros da Mesa Diretora, chamando a si a responsabilidade por exonerações e nomeações, o presidente Luis Henrique Viotto ressuscita frase atribuída a um xará, o rei Luís XIV, também chamado de Rei Sol, monarca absolutista que mandou na França entre 1643 e 1715, segundo o qual “O Estado sou eu”. No caso, “A Câmara sou eu”.
Certamente que a crônica dessa crise anunciada está apenas começando a ser escrita. Nos corredores, já se comenta que novas lambanças estão sendo preparadas pelo novo presidente. De qualquer forma, a segunda-feira vai ser de muitas reuniões, que, por sinal, já começaram ontem.
E o problema, para o nosso rei Luís, é que, para defenestrá-lo do trono não será preciso derramamento de sangue. Bastam apenas sete votos e uma boa desculpa.
O servidor municipal Benedito Gonçalo Queiroz, o Ditinho – que aparece aí na foto tirando sangue de um cachorro, enquanto o Moacir Preto segura as orelhas do bicho – ligou para desmentir os boatos de que ele estaria pretendendo se candidatar a uma vaga na Câmara.
Ele disse que os comentários que surgiram aqui no blog sobre sua possível candidatura não passam de brincadeira de algum colega. O Ditinho confirmou que, depois dos boatos lançados no blog, algumas pessoas ligaram prá dizer que estavam “fechadas” com ele. Mas, se o amigo leitor estava pensando em votar no Ditinho, pode tratar de ir arrumando outro candidato, pois ele nem está filiado a algum partido político.
O ex-provedor da Santa Casa de Jales, José Devanir Rodrigues, o Garça, faltou, neste sábado, à reunião semanal do senadinho, no Bar do Clube do Ipê, onde a Neca e o Ruy serviram uma feijoada de se comer rezando.
O motivo para a raríssima ausência de Garça à sessão, segundo alguns senadores presentes, era mais do que justo: hoje, ele estaria recebendo, em sua chácara, no Jardim Aeroporto, a cúpula do PMDB para um almoço. O prato de resistência da reunião-almoço, de acordo com os rumores que circularam no Ipê, seria o pré-lançamento da candidatura de Garça.
As primeiras informações davam conta de que, além do dirigente estadual do PMDB, Jarbas Elias Zuri Júnior, alguns tucanos locais de razoável plumagem teriam comparecido ao encontro peemedebista.
A presença de tucanos foi, no entanto, desmentida por um dirigente do PMDB, em contato mantido com este aprendiz de blogueiro. Mas ele confirmou que se tratava de uma reunião interna do partido para, realmente, tratar da candidatura de Garça e traçar planos para a campanha.
O beijoqueiro Itamar Borges(PMDB) esteve hoje na Santa Casa de Jales, onde foi recebido pelo vice-provedor Garça. Em sua incursão ao hospital, Itamar teve a companhia de vários peemedebistas, incluindo os integrantes do governo Parini, Ilson Colombo e Jediel Zacarias. Além deles, o prefeito despachou para lá dois de seus assessores mais próximos, Francisco Melfi e Léo Huber.
O presidente da Câmara, Macetão, também deu o ar de sua graça por lá. Mas o que chamou a atenção na passagem de Itamar pela Santa Casa, foi a presença do presidente do PT local, Antonio Carlos Donizete Nogueira, o Cacaio. Principal articulador petista, Cacaio, provavelmente, não estava ali por acaso. Com certeza, ele já está pavimentando o caminho que pode levar à repetição da parceria PT-PMDB nas eleições deste ano.
O amigo leitor deve estar se perguntando o que o Itamar veio fazer de tão importante na Santa Casa e que movimentou figuras tão ilustres, certo? Aparentemente, nada! Foi apenas uma visita de cortesia, com direito a discurso.
José Serra, o derrotado presidenciável tucano, começou o ano furioso, irritadiço. Numa solenidade nesta terça-feira, no Instituto do Câncer de São Paulo, ele foi ríspido com os jornalistas ao responder sobre o pedido protocolado na Câmara Federal de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os crimes cometidos no processo de privatizações das estatais no triste reinado de FHC.
Acompanhando o governador Geraldo Alckmin, o papagaio de pirata primeiro disse desconhecer o pedido de criação da CPI apresentado pelo deputado Protógenes Queiroz (PCdoB) – que colheu 185 assinaturas em pleno final do ano, 14 a mais do que o mínimo constitucional de um terço dos 513 deputados. Na seqüência, mais agressivo, atacou:
– Não foi instalada nenhuma CPI ainda… Isso é tudo palhaçada, porque eu tenho cara de palhaço, nariz de palhaço, só pode ser palhaço.
Segundo o jornalista Raoni Scandiuzzi, da Rede Brasil Atual, José Serra se mostrou incomodado com as perguntas. Depois de criticar a “palhaçada”, ele se afastou bruscamente dos repórteres “sem responder aos outros questionamentos sobre o tema”. O episódio confirma que o ex-governador está apavorado com os desdobramentos da CPI, que tem como fonte principal o livro de Amaury Ribeiro, A privataria tucana.
O Ministério Público Eleitoral investiga o prefeito de Araçatuba (SP), Cido Sério (PT), e o vereador Cláudio Aparecido da Silva (PMN), por distribuírem milhares de panetones e santinhos em forma de calendários aos eleitores da periferia da cidade. Nos dias 30 e 31 de dezembro, cabos eleitorais dos dois políticos foram vistos entregando os panetones acompanhados de santinhos em forma de calendários com fotos dos dois políticos. O material era retirado de Kombis lotadas que circulavam os bairros da cidade. Alguns cabos eleitorais que faziam a entrega eram assessores do vereador que trabalham na Câmara de Araçatuba.
Ontem, o promotor eleitoral Lindson Gimenes de Almeida abriu inquérito para apurar se a distribuição caracteriza crime de propaganda eleitoral antecipada, uma vez que os dois políticos são candidatos à reeleição em 7 de outubro e a legislação prevê que a campanha só poderá ser feita a partir de 6 de julho de 2013. Se a Justiça Eleitoral constatar crime eleitoral, os dois políticos podem ter o pedido de suas candidaturas impugnadas.
A assessoria do prefeito informou que a distribuição ocorreu por conta do vereador, mas que ele (prefeito) não vê qualquer problema na distribuição dos calendários com fotos e dos panetones, que é feita tradicionalmente pelo vereador nos finais de ano. A assessoria do vereador informou que ele está de férias no litoral e só vai falar sobre o assunto quando retornar à cidade, no dia 16 de janeiro.
O vereador Luís Especiato(PT), que está viajando em férias, mandou comentário, além de conceder entrevista, via telefone, ao Jornal do Povo, da Rádio Assunção, onde desmente qualquer acordo com Macetão e confirma que vai renunciar ao cargo de 1º secretário da Câmara. Da mesma forma, os vereadores Rivelino Rodrigues (2º secretário) e Pérola Cardoso (vice-presidente), confirmaram ao Jornal do Povo a disposição de renunciar aos seus cargos na Mesa da Câmara, caso sejam mantidas as trocas efetuadas pelo presidente Macetão. Reproduzo, abaixo, o comentário do Especiato:
Até hoje procurei pautar minha posição política, pelo respeito aos adversários, e as opiniões de blogueiros e de alguns meios de comunicações; raramente comentei artigos, opiniões, mesmo que não concorde com elas, pois sempre fui um defensor da liberdade de imprensa e liberdade de expressão de forma geral, no entanto é absurdo tentar imputar a mim e ao Parini a responsabilidade pelas atitudes do Presidente da Câmara, pois os responsáveis são aqueles que o elegeram, que são os Vereadores Salatiel, Serginho Nishimoto, Jr e a Vereadora Tatinha, que deram ao mesmo o direito de presidir a Câmara e tomar as medidas cabiveis ao cargo que ocupa.
Em momento algum tivemos qualquer conversa sobre os cargos de confiança e assessoria da Câmara, pois presidi essa instituição em dois momentos diferentes, 2000 e 2010 e mantive esses mesmos funcionários nos dois momentos, pois são competentes e prestam serviços para a instituição e não para o Presidente. Quanto à renúncia do cargo que ocupo na Mesa da Câmara, não faço jogo de cena, se for mantida a decisão do Presidente de demissão desses servidores, renunciarei a esse cargo, pois não compactuo com a utilização do cargo de Presidente para realização de política pessoal e partidária. Quero deixar claro que a responsabilidade pelas atitudes do mesmo é de quem o elegeu. Votei no Claudir Aranda para o cargo de Presidente.
Respeito a opinião do vereador Luís Especiato, mas é importante lembrar, também, que os vereadores da oposição – que elegeram Macetão – tentaram até à última hora um acordo para a reeleição do vereador Claudir Aranda e, graças à intolerância do próprio Especiato, não foi possível tal acordo. Portanto, ele também é responsável pela eleição do Macetão. Aliás, ele foi o maior responsável.
Post Scriptum: O prefeito Parini e o presidente da Câmara, Macetão, estiveram reunidos hoje, por volta do meio-dia. Durante a reunião, Parini recebeu a notícia sobre a possível renúncia de Especiato à 1ª secretaria da Câmara. E teria ficado surpreso com a novidade.
Acabo de receber mais algumas informações. O presidente Macetão gravou entrevista para o Jornal do Povo, da Rádio Assunção, que deverá ir ao ar depois das 11:30hs, onde ele diz que precisa de pessoas comprometidas com a Câmara. E prá mostrar que isso não é só discurso, ele está contratando, como novo assessor jurídico do Legislativo, o advogado José Antonio Fuzzeto Júnior, que também é vereador em Urânia pelo PPS. Com certeza, o rapaz terá compromisso com a Câmara. De Urânia!
Para o cargo de assessor geral do Legislativo, o novo contratado é o radialista Wellington Michel Teodoro Pena, da Rádio Moriah, enquanto o novo assessor de comunicação e cerimonial, como já foi dito, será o jornalista Douglas Zílio.
A notícia de que o assessor parlamentar, José Luiz Nunes, permaneceria no cargo, não se confirmou. Para o lugar dele, está sendo escalado Egmar Jamil Berto, que, se não me engano, é advogado. Para o lugar do assessor especial (motorista) do Legislativo, está sendo convocado o Renato Luiz de Lima Filho. Segundo fontes, Renato é filho da conselheira tutelar Aparecida Eva e sua escolha para o cargo teria envolvido uma negociação, onde a mãe seria candidata a vereadora por um dos partidos de Macetão. Durma-se com um barulho desses!
E já que o Paço não consegue produzir notícias, o novo presidente da Câmara, o Macetão, pelo menos criou um factóide que serviu para movimentar as mesas de discussões neste início de ano. No senadinho, por exemplo, a possível lista de dispensas do Macetão foi o assunto mais comentado, no sábado.
Um mérito não se pode negar ao Macetão: em poucos dias ele já conseguiu unir o Legislativo. Contra ele! As últimas novidades dão conta de que os outros nove vereadores estariam dispostos a renunciar aos seus cargos na mesa da Câmara e nas Comissões, caso Macetão confirme a sua decisão de trocar todos os cinco componentes da equipe de confiança.
Ao tomar esse tipo de decisão sozinho, Macetão teria descumprido acordo com os vereadores que o elegeram e, pior, estaria repetindo, na Câmara, a mesma postura que ele tanto critica no prefeito Parini, de ouvir apenas a primeira-dama em algumas decisões. No caso de Macetão, tudo indica, ele estaria sendo influenciado pelo seu irmão, André, agora uma espécie de primeiro-damo da Câmara.
Prá encerrar: como eu já informei por aqui, um dos novos assessores da Câmara seria o jornalista Douglas Zílio, atualmente na Folha Regional. Comenta-se, também, que Macetão estaria contratando um rapaz chamado Egmar Berto – a quem não conheço – e um advogado de Urânia. O presidente tem o direito, é claro, de fazer mudanças nos postos de confiança. De certo modo, isso é até bom prá dar uma sacudidela no ambiente. Agora, cá entre nós, com tantos advogados em Jales, o Macetão vai me trazer um advogado de Urânia?
Post Scriptum:informações fidedignas, obtidas agora mesmo, dão conta de que a mexida de Macetão, na Câmara, faz parte mesmo de um acordo com o prefeito Humberto Parini. As mesmas informações dizem que o vereador Especiato, ao ameaçar deixar seu cargo na Mesa da Câmara, estaria apenas fazendo jogo de cena. Macetão assinou, hoje cedo, as portarias e, ao que parece, apenas o assessor parlamentar, José Luiz Nunes, deve permanecer no cargo. O vereador Claudir Aranda teria ficado “p” da vida, ao saber das negociações entre Macetão e Parini.