A TRIBUNA: BISMARK DIZ QUE GOUVEIA DEVE TER SIDO PRESSIONADO A DEMITIR EX-ASSESSOR PARLAMENTAR

No jornal A Tribuna deste final de semana, destaque para o balanço das realizações do prefeito Luís Henrique Moreira. Segundo a matéria, LH fez uma turnê pelos microfones amigos das emissoras de rádio locais para apresentar um balanço dos seus dois anos e quatro meses de governo. A lista de realizações, incluindo a que estão em andamento e as que estão por serem inauguradas, é considerável, diz a matéria. Em seu périplo pelas emissoras, o prefeito garantiu que a palavra corrupção foi totalmente esquecida em seu governo. “Prometemos acabar com a corrupção e, depois que nós assumimos, nunca mais se ouviu falar em corrupção na Prefeitura”.

Destaque, igualmente, para a noite de homenagens vivenciada na quarta-feira, 12, quando a Câmara Municipal realizou sessão solene para a entrega de 04 “Medalhas XV de Abril” e de 01 “Título de Cidadã Jalesense”. As medalhas foram entregues ao senhor Valdemar Cândido da Silva, comerciante que chegou em Jales em 1987, ao professor Augusto Campaneri, que dedicou sua vida à educação e a ações de interesse social, ao servidor municipal Valdecir Ramalho dos Santos, o Brito, responsável por grandes carnavais, e ao petroleiro aposentado Edson Alexandre de Moraes, que colaborou com o governo Rato. Já o título de cidadã foi concedido à senhora Neli Antonia Meneghini Nogueira, ex-diretora da CATI-Jales.

Na coluna Enfoque, destaque para o discurso do ex-presidente da Câmara, Bismark Kuwakino, durante as explicações pessoais da sessão de segunda-feira. Bismark não concordou com a exoneração do ex-assessor parlamentar Léo Huber, mas reconheceu que o ato da Mesa Diretora se revestiu de legalidade. Embora não concordando com a demissão, Bismark elogiou o atual presidente Ricardo Gouveia e, baseado em sua própria experiência, disse que Gouveia, provavelmente, foi pressionado a demitir Léo Huber. Lá pelas tantas, Bismark confidenciou que ele próprio, quando assumiu a presidência, em 2021, também foi pressionado a demitir o então assessor parlamentar, mas resistiu às pressões. 

3 comentários

  • Ricardo Gouvêa e o "rabo preso"

    Neste caso, todo presidente de câmara recebe pressão de todos os lados.
    Restava ao Ricardo suportar a pressão que é inerente ao cargo. Como também é trocar os seus assessores.
    Na política, nenhum Vereador se torna presidente da Câmara sozinho.
    A troca de favores faz parte da eleição.

  • LESADO

    qual a supresa,todos nos sabemos que politica no Brasil é toma lá da cá,favores de todos os niveis,jales não é diferente,será que qdo falou de não haver corrupção em seu governo o nariz não cresceu,pinoquio,só obras super faturadas não é um meio de corrupção,menti e não fica nem vermelho,mas é politico é normal.

  • Gal Heleno

    Em consideração às muitas manifestações de solidariedade recebidas da tantos e tão diferentes cidadãos e cidadãs jalesenses se manifestando indignados com a minha dispensa do cargo de Assessor Parlamentar da Câmara Municipal de Jales, função que exercia desde o início do ano de 2013, sinto-me no dever de comentar o ocorrido.
    Assumi a função de assessor parlamentar quando a Câmara Municipal era presidida pela então vereadora Pérola Maria Fonseca Cardoso. Durante todo este tempo o meu trabalho sempre foi orientado pelo interesse e vontade dos vereadores, de forma imparcial, como foi definido pela Vereadora Carol.
    Cada documento produzido, uma indicação, um requerimento, um projeto de lei, uma moção, um ofício e até discursos para eventos oficiais sempre respeitaram a orientação dada pelo vereador solicitante. Essa minha conduta foi mantida mesmo na produção de documentos com conteúdos sobre os quais tinha franca discordância. Essa minha conduta sempre foi reconhecida pelos vereadores.
    A minha nomeação para assessor parlamentar considerou a minha larga experiência e conhecimento de como “funciona” o Poder Executivo Municipal. Naquele momento eu já havia cumprido atribuições como Secretário Municipal de Administração, Secretário da Saúde, Secretário da Educação e Chefe de Gabinete do Prefeito. Nesta última função, por força das atribuições do cargo, havia desenvolvido intensa relação com o Poder Legislativo. Tudo isso somado a uma qualificada formação acadêmica e larga experiência política.
    Meus conhecimentos e experiência foram colocados a serviço dos Vereadores e da Câmara Municipal e, certamente, valorizaram a atuação geral do Poder Legislativo. Atualmente, poucos jalesenses tem o meu conhecimento da máquina pública, dos problemas da cidade, dos interesses das entidades e da população em geral, o que me coloca em situação privilegiada para contribuir com Jales, porém isso já não é de interesse da maioria dos Diretores da Mesa da Câmara Municipal
    Isso posto, ocorre a pergunta: qual é então a causa de minha substituição por outro assessor parlamentar? Desde o início do mandato do atual prefeito, a independência do Poder Legislativo passou a ser vista como um problema, o que pode ser observado na reação às críticas de vereadores, comuns em qualquer mandato, que passaram a ser revidadas de forma contundente e até em caráter pessoal. Agora, em 2023, com uma maioria de aliados do Prefeito compondo a mesa diretora, fui substituído por outro e nenhuma explicação e justificativa me foi oferecida. Apenas recebi um recado do Diretor da Câmara Municipal que, constrangido, me comunicou da decisão.
    É claro que o Poder Executivo está combatendo a independência e autonomia do Poder Legislativo. No seu entendimento, os questionamentos aos desmandos precisam ser calados ou, no mínimo, inibidos. Creio que uma boa pista foi oferecida pelo “Blog do Cardosinho” quando apresentou o novo Assessor Parlamentar: “é pai do advogado… que defende o Prefeito Luís Henrique Moreira… Ele é também o advogado do vereador Rivelino Rodrigues…”.
    Ainda que pese a respeitada formação acadêmica do Prof. Cadu, essa relação com o Chefe do Poder Executivo e com o principal porta-voz do prefeito na Câmara Municipal, aponta para o interesse dos dois últimos de subjugar a Câmara a interesses estranhos e em prejuízo da Jales e de sua população. O Poder Legislativo é independente do Executivo, porém não é admitido em Jales.

    Léo Huber
    (Professor do UNIJALES e Mestre em História Social)

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