Blog do Cardosinho

O superintendente do Instituto Municipal de Previdência Social (IMPSJ), Claudir Balestrero, enviou ofício à Câmara comunicando que a Prefeitura já deixou de pagar, neste início de ano, as parcelas do aporte previdenciário relativas a janeiro e fevereiro de 2023, num total de R$ 2,2 milhões.

O ofício foi lido durante a sessão da Câmara de segunda-feira, 26, e, é claro, arrancou críticas dos vereadores oposicionistas, principalmente do tucano Bismark Kuwakino que, ao que parece, se livrou de algumas amarras e se transformou num crítico feroz da administração municipal. E, nesse caso, prenhe de razão.

Afinal, é no mínimo estranho que a Prefeitura não esteja pagando suas dívidas com o IMPSJ, uma vez que, segundo o prefeito, a municipalidade apresentou um superávit de R$ 3 milhões nos primeiros dois meses do ano. Sem falar que o município deve ter dinheiro sobrando, já que está gastando mais de R$ 1,2 milhão com a festa do peão.

E por falar em IMPSJ, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) julgou irregulares as contas do Instituto, relativas ao exercício de 2021. O Tribunal apontou diversas falhas, entre elas o resultado negativo dos investimentos feitos pelo Instituto em 2021. O TCE considerou inadimissível que um montante de investimentos superior a R$ 47 milhões tenha experimentado rentabilidade negativa. 

Mas a semana não foi apenas de más notícias para o pessoal do Instituto de Previdência. O TCE julgou, dia desses, um recurso do Instituto contra a desaprovação das contas do exercício de 2018, que tinham sido julgadas irregulares. Os conselheiros aceitaram os argumentos dos advogados do IMPSJ e mudaram de opinião, dando provimento ao recurso e aprovando as contas. Menos mal!