CONVÊNIO PARA CONSTRUÇÃO DE PONTE NA RUA 19 É PRORROGADO. OBRA ESTÁ PARALISADA À ESPERA DE PROVIDÊNCIA DA ELEKTRO

O Diário Oficial do Estado publicou, nesta quarta-feira, a prorrogação por mais três meses do convênio firmado entre o município de Jales e o governo do estado para construção de uma ponte de concreto na Rua 19, ligando os bairros São Judas Tadeu e Jardim do Bosque. O prazo de vencimento do convênio vai, agora, até o dia 27 de junho. 

A ponte foi, por sinal, um dos motivos que levaram o vereador Deley – um dos mais graduados integrantes da tropa de choque do prefeito – a virar sua metralhadora verbal na direção de alguns assessores de Luís Henrique, na sessão camarária de segunda-feira, 28.

Segundo o vereador, a obra está paralisada há muito tempo, sem que os vereadores tenham informações sobre as causas da paralisação. Na verdade, não se sabe se a obra está paralisada ou se ela ainda nem chegou a ser iniciada.

O que se sabe é que a Prefeitura realizou, em agosto do ano passado, uma licitação para construção da ponte, que teve como vencedora a empresa Neobridge Construções Ltda, que, como o nome sugere, deve ser especializada na construção de pontes. De acordo com o contrato, assinado no início de outubro, a obra irá custar exatos R$ 377.341,39.

Segundo o vereador Rivelino Rodrigues, que tem um loteamento naquela região da cidade, a construção da ponte está paralisada porque a empresa contratada depende de uma providência da Elektro. O problema está nos fios que, como se vê nas fotos, passam sobre a ponte. Considerando que a Elektro não é conhecida pela rapidez dos serviços prestados aos que dependem dela, melhor não termos muita pressa. Ou, como diria Chico Buarque, “se afobe não, que nada é pra já”.

A novela envolvendo a famosa ponte sobre o Córrego Tamboril já dura mais de 20 anos e, se transformada em filme, não faria tanto sucesso quanto “The Bridge on the River Kwai”, mas chegaria perto. Parini, o nosso William Holden, seria um dos principais personagens. 

O ex-prefeito petista passou os seus dois mandatos (2205-2012) arrumando soluções paliativas para o local, sem nunca se preocupar em resolver o problema em definitivo. A ex-prefeita Nice (2013-2015) também não fez nada. Em 2016, na administração Pedro Callado, o então secretário da Agricultura, Hilário Pupim, improvisou uma ponte de madeira, que quebrou o galho por algum tempo, mas…

Mas, em que pese a boa vontade de Hilário e Callado, a ponte de madeira não aguentou muito tempo. Em 2021, uma moradora do Jardim do Bosque foi à Justiça contra a Prefeitura, reivindicando uma indenização de R$ 1,5 milhão. Ao atravessar a ponte com sua moto, ela e o veículo foram engolidos pelo buraco da foto ao lado e despencaram de uma altura de sete metros.

Segundo o advogado da moradora, a queda deixou sequelas de natureza permanente. Na ação, o advogado diz que sua cliente, que era funcionária de um supermercado, encontrava-se totalmente incapacitada para o exercício de qualquer atividade profissional e impossibilitada até de cuidar da filha, à época com três anos. A ação tramita na 3ª Vara Cível de Jales.

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