CRISE NA POLÍCIA CIVIL

polícia civil1Reproduzo, por oportuno, o editorial do Jornal de Jales de domingo passado, sobre a situação da Polícia Civil na região de Jales:

Emparedado pelos altos índices de criminalidade na região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro, o governador Luiz Fernando Pezão não teve outra alternativa e pediu água.

Na semana que passou, ele foi a Brasília solicitar ajuda ao presidente Michel Temer, que encarregou o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, de estudar uma solução que pudesse contemplar os interesses da população fluminense.  

O ministro disse que poderia mandar uma tropa da Força Nacional, mas nada além de 100 homens, até porque havia outras unidades federativas pedindo a mesma coisa.

A situação não chega a esse nível na região de Jales, mas, se nada for feito com uma certa urgência, a Polícia Civil corre o sério risco de colapso em seus serviços.

Embora os policiais vinculados à Delegacia Seccional de Polícia de Jales se desdobrem e estejam colocando muita gente na cadeia, com um índice de esclarecimento de quase 90% de homicídios e 70% dos casos de roubos, falta gente para compor o quadro de efetivos.

Quem está de fora e vê a estrutura física da Delegacia Seccional, na Rua 5, esquina com a 6, ou a sede da Central de Polícia Judiciária, na avenida João Amadeu, imagina que a Polícia Civil vive em um mar de rosas.

Ledo engano e vamos aos números. Hoje, a Seccional de Jales atua em 22 municípios, com 35 unidades, das quais 28 delegacias, além de  duas cadeias públicas. Em extensão territorial, são 3.610 quilômetros quadrados.

Ao contrário dos anos 90, quando cada município tinha delegado, dois investigadores e um escrivão, hoje a realidade é outra. Só para ficar no caso dos delegados, hoje 13 dos 22 municípios não têm delegados tiulares. E mais: 8 estão sem escrivães e 9 sem investigadores.  

Se algo não for feito e, repita-se, com urgência, a Polícia Civil de Jales, que apresenta números altamente favoráveis, corre o risco de descer a ladeira, o que representará sério prejuízo para quem paga a conta de tudo: os cidadãos contribuintes.

Antes que seja tarde demais, é necessário que as lideranças políticas e comunitárias se mobilizem e mostrem ao andar de cima que, apesar de todos os esforços, não dá para fazer o dever de casa sem gente em número suficiente para trabalhar.

Por mais dedicados que sejam os policiais vinculados à Delegacia Seccional de Jales, se nada for feito no tempo devido, o bom trabalho desenvolvido nos últimos anos será, no futuro próximo, apenas uma lembrança do passado.

4 comentários

  • João

    Esse percentual citado na matéria só existe porque não fazem todos Boletins de Ocorrência que chegam. Somente fazem os que já tem indicios de materialidade e autoria….

  • Pensador

    Eita João, então você ta dizendo que a policia só registra os boletins que eles querem, é isso??? Ou entendi errado….

  • Jalesense Orige

    Pior que esta é a realidade de todo o país. Policia Civil sucateada, PM sobrecarregado e a população sofrendo. Na minha opinião, PMs poderiam apresentar alguns tipos de flagrantes direto ao oficial de dia que poderia encaminhar ao delegado posteriormente. Isto agilizaria muito os trabalhava. Hoje há um gargalo, não há estrutura pra receber as ocorrências e nem luz no fim do túnel pra reestruturar. Tempos difíceis pra população.

  • Sr. Conjuntura

    Essa crise é o acumulo de gestões negativas que nosso estado vive, que aliás, não é apenas na Segurança, como também na Educação, na Saúde, na área social, este governo paulista não tem feito nada progredir de verdade, nossas pastas sofrem cada vez mais.

    Não temos uma política tributária para concorrer com outros estados e não mais perder empresas, precisa-se mudar essas mente perversa de administração, onde tudo se abandona!

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