DEPOIS DE OFÍCIO DA ACIJ, FLÁ VETA PROJETO QUE OBRIGARIA COMÉRCIO A MEDIR TEMPERATURA DE CLIENTES

A notícia está pendurada no portal da ACIJ, agora sob os cuidados do Eduardo Monteiro, novo assessor de imprensa da entidade:

O prefeito de Jales, Flávio Prandi Franco, vetou integralmente o Projeto de Lei n°95/2020, de autoria de um dos vereadores da Câmara de Jales, que, caso fosse sancionado, obrigaria todos os estabelecimentos comerciais da cidade a medirem a temperatura corporal de clientes, funcionários, colaboradores e fornecedores que entrassem nas empresas durante a pandemia do novo coronavírus.

De acordo com o Projeto de Lei, supermercados, indústrias, comércios e agências bancárias teriam que medir a temperatura à distância, por termômetro infravermelho ou equipamento de não contato. Os indivíduos que apresentassem temperatura corporal superior a 37,8°C não poderiam ingressar no estabelecimento e deveriam ser orientados a procurar atendimento médico em uma unidade de saúde do município.

Pensando nos impactos financeiros que a medida causaria para os comerciantes, a Associação Comercial e Industrial de Jales protocolou na manhã desta segunda-feira, 31 de agosto, um ofício na Prefeitura recomendando ao prefeito Flá que vetasse integralmente o projeto.

Para a ACIJ, a compra dos termômetros infravermelhos causaria mais gastos, principalmente aos pequenos e médios empresários, justamente no período em que enfrentam a pior crise da história do setor. Além do gasto com o aparelho, os estabelecimentos teriam que ter pelo menos um funcionário para se dedicar apenas a medição da temperatura de quem entrasse no estabelecimento.

O ofício da ACIJ também defende que medir a temperatura não é a medida mais eficaz na prevenção ao vírus, já que pessoas assintomáticas não têm febre, e, consequentemente, não seriam identificadas pelo termômetro.

O presidente da ACIJ, Leandro Rocca, reforça que os estabelecimentos da cidade já cumprem várias medidas de prevenção. “Os decretos estaduais e municipais que regulamentaram as medidas de enfrentamento ao novo coronavírus estão sendo cumpridos desde o início da pandemia. Todas as empresas estão disponibilizando álcool em gel para os clientes, proibindo a entrada de pessoas sem máscaras, monitorando o movimento para que haja distância mínima de dois metros entre cada indivíduo, além de realizar a limpeza constante dos locais prezando pela higiene”, explicou.

Flá usou a mesma justificativa da ACIJ para não sancionar o projeto. Agora, os vereadores devem votar o veto do prefeito na próxima sessão ordinária.

6 comentários

  • Professor Pasquale

    Temperatura corporal é aferida, não medida.

  • Medir temperatura? É bom, mas.........

    O prefeito não poderia, mesmo, sancionar a lei. Pois obrigaria todos os estabelecimentos comerciais da cidade a medirem a temperatura corporal de clientes, funcionários, colaboradores e fornecedores que entrassem nas empresas durante a pandemia do novo coronavírus.
    Teria que ter que critérios talvez pela área do comercio (supermercados, bancos, etc) ou numero de pessoas aglomeradas (igrejas, cinema, etc). Priorizar os grandes “comerciantes”.
    Acho que a prefeitura deveria dar exemplo com a compra de alguns aparelhos para medir a temperatura nas ruas, principalmente nos sábados. Tambem, em viajantes na rodoviária para tentar conter a entrada do vírus.
    De acordo com a OMS, a medida não é recomendada porque, além de não ter respaldo científico, a prática, sozinha, não é eficiente para impedir a propagação do vírus. Isso porque indivíduos infectados podem estar na fase de incubação da doença e não apresentarem sintomas —mesmo já sendo capazes de transmitir o vírus.

  • Thiago

    Esse medidor é ineficiente.

    O sujeito que acaba de descer de um carro com o ar-condicionado ligado vai apresentar temperatura corporal menor que a do cidadão que veio andando, a pé, desde o outro lado da cidade, mesmo ambos estando sem febre.

  • Marco Antonio Poletto

    Todos precisamos de vacina. Inclusive contra governante irresponsável.

    • Já estamos vacinados

      Marco Poletto
      Já tomamos vacina contra o FHC, na venda das estatais. Contra o Lula, no Mensalão e Petrolão. Contra a Dilma, na venda e compra das empresas da Petrobras. Contra o Temer, nos seus trambiques com o Porto de Santos e JBS.
      Agora, contra o Bolsonaro por tudo o que nós sabemos.
      Cada mandato, Uma vacina!

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