ESCRITOR QUE VIVEU PARTE DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA EM JALES É DESTAQUE NOS GRANDES JORNAIS DO PAÍS

O jornal O Globo publicou, no sábado passado (19/06) uma entrevista de página inteira com o escritor, poeta e dramaturgo Joca Reiners Terron, por conta do lançamento do seu mais recente livro “O riso dos ratos”, pela editora Todavia, no qual o escritor dá vida a personagens que refletem o desânimo com o Brasil contemporâneo.

O protagonista de “O riso dos ratos” é um sujeito retraído, introspectivo, com “um caráter saturnino”, na classificação de Joca. Sofre de uma sociofobia razoável e é pai de uma jovem vítima de abuso sexual. A moça nunca aparece, e o pai promete matar o estuprador em um ato de vingança do qual se alimenta e do qual sobrevive ao longo da narrativa.

Nascido em Cuiabá(MT), Joca (João Carlos) viveu parte de sua adolescência e juventude em Jales, onde já demonstrava seu talento como poeta, compondo músicas para uma banda de rock formada com mais três amigos, da qual era o vocalista.

O escritor radicou-se em São Paulo há vários anos, mas está passando o período da pandemia no Ceará, estado natal da esposa, a fotógrafa Isabel Santana, irmã do atual governador cearense, Camilo Santana. O casal tem uma filha, Júlia.

Os pais de Joca, José Terron Spina – que, depois de aposentar-se como gerente do Banco do Brasil, foi provedor da nossa Santa Casa por 10 anos – e Leopoldina Reiners Terron, continuam morando em Jales, mas dividem o tempo com Santos.

Joca e o livro “O riso dos ratos” foram destaques também na Folha de S.Paulo, Correio Braziliense e Estado de Minas. Ao jornal O Globo, o escritor disse, entre outras coisas, que o livro foi inspirado pela sensação de “cancelamento do futuro” que estamos vivenciando.

“Nosso maior símbolo científico é o astronauta Marcos Pontes (ministro da Ciência e Tecnologia), o que já denuncia o nosso subdesenvolvimento”, diz Joca. Sobraram críticas também para Bolsonaro: “Meus livros não têm condições de competir com as bizarrices que Bolsonaro fala em seu cercadinho”.

O destaque que os jornalões vêm dando a Joca não ocorre por acaso. Ganhador do prêmio Machado de Assis de literatura e finalista do prêmio Jabuti, ele é considerado uma das principais vozes da literatura contemporânea.

Em 2017, Joca lançou o romance “Noite dentro da noite”, que o crítico literário do jornal Estado de Minas classificou como um livro estupendo. Em 2019, ele lançou “A morte e o meteoro”, livro que foi publicado inclusive na França, onde o tema da destruição da Amazônia surge com força.

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