Ontem, vários órgãos de imprensa divulgaram a condenação do espólio do ex-senador Carlos Wilson, que está sendo apenado pelo Tribunal de Contas da União à devolução de R$ 19 milhões aos cofres públicos. Falecido em abril de 2009, o ex-senador vinha sendo acusado, desde 2007, de “gestão temerária e ruinosa” à frente da estatal Infraero. Claro que os herdeiros vão recorrer.
Aqui em Jales, os responsáveis pela famosa dívida com a família do fundador Euphly Jalles deveriam ter sido enquadrados no mesmo capítulo que trata da “gestão temerária”, mas, infelizmente, talvez por falta de providências, a conta acabou sobrando para os contribuintes em geral. Os responsáveis pela dívida saíram ilesos.
E tudo indica que os culpados pela nova dívida contraída em nome da cidade sairão igualmente ilesos. Como já foi noticiado por este blog e pelo jornal A Tribuna, a Comissão Organizadora da 29ª Feira Agrícola, Comercial, Industrial e Pecuária de Jales, a Facip 98, presidida pelo então vice-prefeito Humberto Parini, deixou, como herança, uma dívida de R$ 77 mil, que, atualizada, já está beirando R$ 700 mil.
Os advogados da Prefeitura já concordaram com a conta, que agora se transformará em mais um precatório a ser pago pelos próximos prefeitos. A dívida é consequência da falta de responsabilidade da Comissão Organizadora presidida, repito, pelo senhor Humberto Parini, que, em 1998, ao invés de repetir o expediente das notas frias, utilizado em 97 para cobrir o deficit da festa, preferiu deixar de pagar as taxas devidas ao ECAD.
O resultado está aí: uma conta de R$ 700 mil para a Prefeitura – leia-se, o povo – pagar durante os próximos 15 anos. Ao final, é claro que a conta estará bem maior. E aí eu pergunto aos prezados amigos: afora o que foi publicado aqui neste modesto blog e no jornal A Tribuna, vocês – que terão que ajudar no pagamento da conta – leram ou ouviram alguma coisa sobre o caso em algum outro lugar? Pois é…