HÁBITO DE FUMAR, QUE CRESCEU DURANTE PANDEMIA, TAMBÉM PREJUDICA A SAÚDE DE QUEM NÃO FUMA

No Brasil, cerca de 22 milhões de pessoas ainda fumam e, apesar de serem considerados grupo de risco para a Covid-19, 34% dos fumantes afirmam que, durante a pandemia, a quantidade de cigarros consumidos, diariamente, aumentou.

A notícia é da assessoria de imprensa do Hospital de Amor:

Que fumar não faz bem à saúde, não é segredo para ninguém, mas o que muitas pessoas desconhecem, são os prejuízos causados à saúde pelo tabagismo passivo. Assim como os fumantes, os indivíduos que convivem regularmente com quem fuma possuem mais riscos de desenvolver diversos tipos de cânceres, principalmente o de pulmão, além de doenças respiratórias – contribuindo, inclusive, para o agravamento da COVID-19.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. Mais de 7 milhões dessas mortes resultam do uso direto, enquanto cerca de 1,2 milhão é o resultado de expostos ao fumo passivo, ou seja, com a inalação de fumaça de derivados do tabaco e/ou as substâncias tóxicas liberadas pelo cigarro. A entidade também afirma que o tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte evitável no mundo, atrás apenas do tabagismo ativo e do consumo excessivo de álcool.

O fumo passivo pode aumentar em 30% as chances de desenvolvimento de câncer de pulmão em adultos que nunca fumaram e, assim como acontece com o fumo ativo, quanto mais longa a duração e maior o nível de exposição à fumaça, maior o risco de desenvolvê-lo, segundo dados da Centers For Disease Controls And Prevention (CDCP). Além das doenças respiratórias, o fumante passivo também se expõe ao risco de ter problemas cardiovasculares, câncer de boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero, enfisema pulmonar e bronquite crônica.

Para o médico cirurgião especialista em cabeça e pescoço do Hospital de Amor Jales, Dr. Filipe Minzon, o tabagismo passivo é fator de risco para todos os tipos de cânceres. Segundo o médico, durante a primeira exposição ao tabaco, o fumante passivo pode apresentar alguns sintomas como irritação na região dos olhos, tosse e sintomas de alergia respiratória. Já a médio e longo prazo, corre-se o risco de desenvolver as mesmas complicações que o fumante de fato, principalmente quando são submetidos a fumaça em locais fechados.

Outra orientação é ficar atento às outras formas de consumo de tabaco, como charutos, cigarros eletrônicos, cachimbos e narguilés, que segundo o médico, são até mais nocivas do que o próprio cigarro, pois não possuem filtro. “Fumar narguilé por uma hora, por exemplo, equivale a cerca de 100 cigarros”, afirmou o médico.

Dados do Globocan – Global Cancer Observatory, também apontam que o câncer bucal é considerado um importante problema de saúde pública em todo o mundo. O câncer de lábio, cavidade oral e orofaringe agrupados, foram responsáveis por uma estimativa de 447.751 novos casos e 228.389 mortes por ano.

Para o Dr. Filipe, a melhor forma de prevenir o fumo passivo é adotar algumas políticas para ficar longe da fumaça, como por exemplo, pedir para que moradores e visitas fumem apenas do lado de fora, longe de janelas ou portas abertas; remover os cinzeiros de casa; não frequentar lugares onde tenham fumantes e, o mais importante, que encoraje seus familiares próximos para que abandonem o hábito de fumar.

Dia Mundial sem Tabaco

No próximo dia 31 de maio, será comemorado o ‘Dia Mundial sem Tabaco’. Instituído em 1987 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a data tem o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos e os danos que o tabagismo pode causar.

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