JORNAL DE JALES: EM PALESTRA, CONSELHEIRO FEDERAL DA OAB MANIFESTA PREOCUPAÇÃO COM PROJETOS DE BOLSONARO

Eis a capa do Jornal de Jales deste domingo, que traz, como principal destaque a atuação da Polícia Civil de Jales e região, que deflagrou a Operação Desmantelamento, a qual, como o nome sugere, desmantelou um grupo que traficava drogas nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. A operação, diz a matéria, resultou na prisão de 10 pessoas acusadas de envolvimento no tráfico de drogas. O delegado seccional, Charles Wiston de Oliveira, acompanhou a operação e informou que a associação criminosa comercializava drogas entre universitários de Santa Fé do Sul, além de enviar drogas para diversas localidades, através de transportadoras.

Destaque, igualmente, para o Simpósio “A Advocacia e a Cidadania”, organizado pela OAB de Jales e realizado na sexta-feira, 09, na Câmara Municipal. Um dos palestrantes, Alexandre Ogusuku, conselheiro federal da OAB, falou sobre “A Importância das Prerrogativas Profissionais para a Cidadania” e manifestou preocupação com alguns projetos do presidente Bolsonaro, entre eles o que acaba com o exame da Ordem. Ele disse que, se isso acontecer, a OAB se transformará em uma simples associação e deixará de exercer o controle ético profissional dos advogados, passando essa função para os juízes.

O Seminário de Agroecologia e Agricultura Orgânica, realizado durante a semana na Escola Vocacional; a operação Enxaqueca, que incluiu Jales na apuração de fraudes de farmácias no pagamento de ICMS; os riscos que a cidade corre de ter uma epidemia de sarampo; a aprovação do projeto de autoria do vereador Macetão, que cria, em Jales, o Dia de Prevenção ao Suicídio; o procedimento aberto pelo MPF de Jales para apurar se as prefeituras da região estão cumprindo a lei sobre o piso salarial dos professores; e as reminiscências da juíza Daniela Endrice Rizzo, são outros assuntos do JJ.

Na coluna Fique Sabendo, o jornalista Deonel Rosa Júnior informa que recebeu na redação do jornal, em visita de cortesia, o empresário Luiz Henrique Moreira, que foi o candidato a deputado estadual mais votado em Jales, nas eleições do ano passado. LH garantiu ao colunista que ainda não definiu se vai mesmo se candidatar ao cargo de prefeito em 2020, ou se será candidato a deputado novamente, em 2022. O que LH garantiu, diz Deonel, é que o seu grupo político irá disputar, com certeza, as eleições municipais do ano que vem e, para isso, já tem até o número de candidatos a vereador: 75, sendo 50 homens e 25 mulheres. Por enquanto, os partidos que LH controla são o Podemos, o PP e o PSD.

3 comentários

  • O problema é o MEC

    A opinião de Bolsonaro é, “nós não podemos formar jovens no Brasil, em cinco anos, no caso dos bacharéis de Direito, e depois submetê-los a serem advogados de luxo em escritórios de advocacia. Advogados de luxo não, boys de luxo de escritório de advocacia”. Porque eles não conseguem passar no exame da Ordem.
    A OAB tem se manifestado há tempos a respeito da baixa qualidade dos cursos de direito.Em 2018: OAB emitiu nota contra autorização de novos cursos de Direito pelo MEC..
    Ao autorizar a abertura de novos cursos de Direito sem avaliar de forma pormenorizada a necessidade de instalação dos mesmos – ou sem a realização de um chamamento público – o MEC atesta sua permissividade e contribui com a continuidade do estelionato educacional que vem sendo praticado no Brasil.
    De maneira irresponsável, o Ministério permite o funcionamento de instituições sem levar em consideração a qualidade de ensino, a necessidade social e a estrutura mínima para receber os prováveis discentes, tais como a capacidade do mercado para recepcionar os alunos nas atividades de práticas jurídicas.
    A troca de favores estabelecida ao longo das últimas décadas transformou o Brasil em uma pátria de bacharéis enganados por algumas instituições de ensino preocupadas unicamente com o lucro. Não houve, de fato, controle efetivo por parte do órgão responsável por fiscalizar a oferta de tais vagas, nem tampouco se observou os pareceres da OAB.
    Tais atitudes fragilizam a boa formação dos alunos, o que resulta na enxurrada de profissionais diplomados e muitos sem condições de enfrentar a realidade de um mercado de trabalho competitivo ou mesmo de habilitar-se ao exercício da advocacia.
    Diante da crise do ensino jurídico instalada no país, é urgente que o MEC adote uma política pública de fiscalização dos cursos existentes e restrinja novas ofertas, até que se realize um mapeamento com a adequação obrigatória daqueles que não se enquadram nos padrões de excelência exigidos pela sociedade brasileira.
    O exame da Ordem é para filtrar os bons profissionais que entram no mercado tão concorrido e cheio. Mas a pergunta que fica é “porque só os bacharéis em direito quem fazem exame de seleção?”

  • OAB e a reserva de mercado

    Os advogados que já atuam, só defendem o exame para diminuir a concorrência. Assim como o absurdo que a pessoa, não “qualificada”, sequer pode se defender na justiça. Pura reserva de mercado. Ora, se o mercado filtra o mau profissional, deixe que ele filtre. E a própria OAB pode caçar o registro do mau profissional, assim como nas demais profissões. O governo quer dar o direito a todos estudarem!
    Além do mais, Exame da OAB é gambiarra. Se o curso é ruim, a OAB devia trabalhar para fechar o curso. Mas é mais fácil cobrar a conta do lado mais fraco. Não vamos incomodar as grandes instituições de ensino. Tem muito dinheiro e interesses envolvido, assim como o exame da OAB. O que fazemos? Penalizamos o elo mais fraco.
    Quer comparar com demais profissões? Ok. CREA. Não tem exame e não tem tanto profissional ruim como na OAB, mesmo com exame. Se a OAB quer defender a sociedade, feche instituições que não ensinam o mínimo para a pessoa poder exercer a profissão. Ser conivente com quem vende um serviço deficiente, não me parece ser interesse da sociedade.

    • Rapizodia

      Discordo de ti neste quesito! A representação de classe, no meu entender, tem sim o direito de conferir o conhecimento de seus integrantes e cuidar para que os não integrantes não atuem no setor; assim, teremos mais cuidado na formação e os profissionais qualificados podem ter melhor remuneração. Deveríamos incentivar que a iniciativa alcance todas as entidades de classe! Será melhor prá todos, exceto para os donos de universidades que não se adequarem!

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