PRÉDIO DA ADERJ, QUE JÁ FOI UTILIZADO ATÉ PARA CASAMENTOS, ESTÁ ABANDONADO

Recebi, de um leitor deste modesto blog, uma indignada reclamação – que transcrevo abaixo – e  algumas fotos que mostram a situação de abandono do prédio da Associação dos Deficientes Físicos da Região de Jales (ADERJ), um bonito espaço que já foi utilizado até para a realização de casamentos, como mostra a foto acima.

Antes, porém, de irmos à reclamação, convém esclarecer que o prédio continua sob a administração da ADERJ e não cabe, portanto, à Prefeitura cuidar daquele espaço. Esclareço, também, que as negociações para a transferência do prédio para o município, em troca de algumas dívidas, estavam bastante adiantadas, mas surgiram intercorrências que estão dificultando um acordo.

Registre-se que entre o prefeito Flá Prandi e a diretoria da ADERJ já estava tudo acertado, mas o problema é que o caso envolve outros interessados. A entidade tem contra si cerca de 20 ações ajuizadas na Justiça do Trabalho por ex-funcionários que contam com a venda do prédio para receber seus direitos trabalhistas.

De qualquer forma, parece que as negociações continuam. Nesta semana, o prefeito Flá voltou ao assunto em entrevista radiofônica, durante a inauguração do Ganha Tempo. Ele aventou inclusive a possibilidade de transferir alguma Secretaria ou até mesmo sede da Prefeitura para o prédio da ADERJ.

Seria bom que o prefeito concluísse logo as negociações, pois, se demorar muito, vai encontrar um prédio totalmente deteriorado. Vamos, agora, à reclamação do leitor:

Bom dia

Venho mostrar o descaso da Prefeitura com um espaço que deveria estar limpo, bem cuidado, e usado em prol da população de alguma forma.

Contudo, o que se vê do prédio da antiga ADERJ é uma lamentação.

A recente Lei nº 4.668, de 24 de julho de 2017 obriga os proprietários a construírem calçadas, muretas e efetuem limpeza em seus lotes. Contudo, a Lei não se aplica a Prefeitura.

Nas caminhadas diárias que faço no Jardim do Bosque pude observar que a calçada é usada para outros fins, com a presença de garrafas de cerveja, de vodka. Até preservativo (camisinha) pode ser visto por ali. Fora a sujeira de folhas das árvores.

Olhando pra dentro do espaço, já que o muro é baixo, pude notar o mato alto e os toldos do espaço todos rasgados. O salão é enorme, e conta com ar condicionado de excelente qualidade.

Segundo matéria no jornal A Tribuna, em 10/04/2017 o espaço da ADERJ iria pertencer a Prefeitura, no acordo entre as partes. Mas do jeito que está, tudo irá se perder. Será facilmente sucateado.

3 comentários

  • Anônimo

    Não cabe a prefeitura cuidar, isso é fato, mas cabe a Prefeitura fiscalizar se o espaço está limpo.

    A Lei nº 4.668/2017 obriga os proprietários efetuarem limpeza em seus lotes. No caso, como o local não é um lote, a aplicabilidade da Lei pode ser questionável.

    Contudo, a Sucen, ou mesmo os fiscais da Prefeitura poderiam vistoriar a área, pois da forma como está, o local tem um grande potencial para criadouros do mosquito transmissor da dengue, além de outros animais peçonhentos.

    Da forma como está, aparenta que o prédio não é de ninguém ! Nem da ADERJ (falida/extinta devido a eventual má gestão do presidente Anísio Martins Ferreira Filho) ou da Prefeitura.

    Se o local fosse na avenida Paulo Marcondes, estaria tudo limpo, com a Festa de peão que se realizou por lá (Facip Rodeio Show). Durante toda a extensão da via as guias de sarjeta, luzes dos postes, acúmulo de terra das ruas, tudo foi devidamente reparado pela municipalidade. Mas como a ADERJ está escondida aos turistas, foi esquecida.

    Lamentável !!

  • Antonio Carlos Pinto

    Que pena! A Aderj foi uma entidade importante no passado recente. O TCE com seu “rigor” está acabando com as entidades assistenciais do estado.

    • Anônimo

      O TCE, criado pela LEI COMPLEMENTAR Nº 709, de 14 de janeiro de 1993, ou seja, recente, só veio a fiscalizar a administração pública. Detalhe que antes de sua criação, por exemplo, gestores públicos nadavam de braçadas em festas públicas, (com dinheiro público), a citar, a FACIP (que em 2016 chegou a sua 46ª Edição). Depois de determinações de outros órgãos fiscalizadores, a dita cuja Feira de Exposição desta cidade foi sendo minada, licitada a um cidadão jalesense, e depois, neste ano, repassada a uma empresa da capital.

      Enfim, se não fosse as fiscalizações COM O RIGOR que a lei impõe, certamente os gestores públicos continuaram enriquecendo, as custas da população.

      Portanto, caro ACP, atribuir o fechamento de uma ‘entidade importante’ como a ADERJ ao Tribunal de Contas é forçoso.

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