PREFEITURA QUE PRETENDE GASTAR 1 MILHÃO COM SHOWS DE FESTA DIZ NÃO TER 400 MIL PARA INDENIZAR FILHOS DE MULHER QUE MORREU NO PARTO

Da coluna Enfoque, no jornal A Tribuna, escrita por este aprendiz de blogueiro:

Enquanto pretende gastar R$ 1,2 milhão com shows artísticos, a Prefeitura estaria alegando falta de dinheiro para pagar uma indenização devida a dois menores, cuja mãe faleceu durante parto realizado por um médico do município, que prestava serviços também à Santa Casa.

Ocorre que o médico – Emerson Algério Toledo – estava proibido de trabalhar para o SUS e, por conta disso, Prefeitura e Santa Casa foram condenadas a pagar indenizações de cerca de R$ 440 mil cada uma, em valores atualizados.

Em audiência de conciliação realizada há alguns dias, os representantes da Santa Casa toparam fazer um acordo e pagar R$ 400 mil para encerrar o assunto. Já os representantes da Prefeitura teriam alegado falta de previsão orçamentária e preferiram mandar os dois menores para a fila dos precatórios.

É um direito do município remeter a dívida para a fila dos precatórios, mas, se tivesse fechado um acordo como o da Santa Casa, teria obtido um desconto e não veria a dívida aumentando todos os meses.

Registre-se que os gastos de R$ 1,2 milhão com a Festa do Peão também não tinham previsão orçamentária, mas a Prefeitura mandou um projeto para a Câmara remanejando verbas da Educação e da Saúde e resolveu o problema rapidinho. Já no caso da indenização dos dois menores, a falta de previsão orçamentária se mostrou um obstáculo intransponível.

O caso da mãe e do bebê que ela esperava, que também morreu no parto, foi investigado pela Polícia Federal. Os policiais descobriram que o médico, mesmo impedido de atuar no SUS, continuava atendendo pacientes do Sistema Único de Saúde e o que é pior: cobrando o famoso “por fora” das pacientes para realizar os partos.

Ele foi condenado e preso por outros casos, mas não se sabe se continua encarcerado. A revista Veja noticiou, em dezembro de 2019, que ele tinha sido solto, beneficiado pela decisão do STF sobre prisão após condenação em segunda instância, que também soltou o presidente Lula.

Agora o dado curioso: o médico, cuja atuação irregular está causando todo esse prejuízo ao município e à Santa Casa, ganhou um terreno doado pela Prefeitura de Jales na avenida “Paulo Marcondes”, para instalação de uma Transportadora. A doação foi feita em 2015, na administração da ex-prefeita Nice Mistilides.

8 comentários

  • Prioridade: nenhuma nem outra

    Certamente esse dinheiro para contratar cantores bem como realizar a festa do peão não é prioridade.
    Esse caso da mãe que morreu no parto, teríamos que saber se foi culpa do médico?
    Certamente não foi porque entraram na discussão se o médico podia trabalhar na prefeitura ou não.
    Como morador, eu vejo que a cidade tem outras prioridades que certamente não são essas.

  • Britto

    “A revista Veja noticiou, em dezembro de 2019, que ele tinha sido solto, beneficiado pela decisão do STF sobre prisão após condenação em segunda instância, que também soltou o presidente Lula”.
    Ué, Valdir…

  • Marco Antonio Poletto de Poletto

    A FACIP SEMPRE FOI UMA FARRA COM O DINHEIRO PÚBLICO.

  • Cachibrema

    Pagar a indenização não rende R$…………

  • Manolito

    Cardosinho de certa forma isso virará um precatório correto ? Uma dívida deste valor vai chegar a ganhar juros, no fim das quantas, esta decisão pode significar um descaso financeiro, não?

  • Alzira

    Você parece um trouxa com essa sua conversinha de patriota ridículo. Teu líder, o Johnny bravo…kkkk…roubou os diamantes e fugiu. Agora você fica aí destilando o ódio que ele colocou na sua goela. Se liga, mané

  • Fora prefake

    Cardosinho, isso não é improbidade????
    Esse cidadão tá detonando a cidade e ninguém faz nada!

  • Oliveira

    Pagar indenização não rende votos…eis a questão… entendem?

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