E já que falamos no professor Belon, no post anterior, que tal lermos o artigo escrito por ele e publicado no Jornal de Jales, de domingo passado?
Entre os salários e as horas de trabalho existiriam ligações inseparáveis. Quem compra quer as suas horas. Quem vende não pode negar as horas de sua vida. Simplesmente assim nas condições do capitalismo.
O trabalho assalariado vem, historicamente, depois do trabalho escravo e do trabalho servil.
Os trabalhadores vivem a vida cinzenta e repetitiva dos explorados e dos oprimidos. Hoje em dia também? Mais do que nunca. A ameaça de cair no abismo da miséria escancara sua boca malévola.
Defender um pedaço de pão é viver. Nada mais a esperar. Aumentar ou melhorar o pão, num salto qualitativo é uma possibilidade em fuga constante.
Que reivindicações surgem do ponto de vista dos assalariados? Enumerar abstratamente não é possível nem cabível.
Nas circunstâncias concretas, determinadas, as reivindicações ganham corpo e expressão. Nas dimensões nacionais, locais, profissionais e outras.
Mas dois males fundamentais atingem os assalariados em todos os lugares e tempos onde vivem. Um deles é a crescente ameaça de desemprego. O segundo problema um dia foi identificado como a carestia; hoje atende por nomes e disfarces os mais variados, mas continua a espalhar a infelicidade entre os assalariados.
A política dos capitalistas encontra aliados entre os reformistas. Os males das crises capitalistas não encontram solução no interior deste sistema. No entanto, os reformistas de toda ordem aliam-se aos capitalistas nas desesperadas ações de manutenção de tudo como está. Isto resulta no continuo adiamento das lutas legítimas dos assalariados.
Muitos assalariados transformam-se em desempregados crônicos. Numa sociedade fundada na exploração o direito ao trabalho é único. Se a cada instante este direito lhe é tirado, como fica o assalariado?
O desemprego é estrutural. Faz parte do mesmo sistema onde existe o emprego. O trabalho assalariado sustenta a permanência e a reprodução do capitalismo.
No interior do capitalismo, a melhor administração do trabalho assalariado se perde. O período atual é de catástrofes.
Os proprietários e seus assessores vivem falando na impossibilidade das reivindicações dos assalariados. Eles exibem os seus livros de contabilidade.
A vida dos assalariados importa pouco; a morte importa nada. Vale tudo para preservar a escravidão capitalista.
(Antonio Rodrigues Belon)
Publicado originalmente no Jornal de Jales, 1-02, de 31 de março de 2013.
é uma visão de como as coisas seriam. somente isto.
do lado da ideologia das esquerdas faz sentido. do lado
prático ? parece-me que não.A URSS faliu negando o
capitalismo. A China prospera adotando o capitalismo.
De forma sinóptica, acredito que a tese exposta seria mais no campo ideológica, pois no momento em que vivemos , não sobreviveríamos o impacto dos blocos econômicos e da globalização.
acrescento : compete as instituções representativas do trabalhador, fortalecer a capacidade de contestação do operariado e qque haja respeito aos direitos trabalhistas e condições humanas.
Obrigado Camarada Cardoso:
O texto, que já tratei de reproduzir, joga luz sobre a escuridão existente aqui, no sertão, sobre um debate teórico que consideramos imprescindível para a possível superação da fase pessoal, que basicamente discute, quem mama nas tetas.
Não quero tambem esconder minhas divergências, e alegrias, afinal, desde começou a ser medido, com a atual metodologia, nunca esteve tão baixo o desemprego no Brasil.
Abraço Fraterno,
O que mais admiro no texto do professor Belon, além do conteúdo é a concisão. Sim, sem dúvida, o trabalhador é explorado desde os tempos da construção das piramides dos faraós. Antes, pela escravidão, hoje pelo salário vil. A frase final do artigo do Belon é lapidar. “A vida dos assalariados importa pouco; a morte importa nada. Vale tudo para preservar a exploração capitalista.”
Sindicalismo fraco, normalmente, mero trampolim político; não é culpa do capitalismo.Entendo que o ideal seria um capitalisnmo moderado, difícil de aplicabilidade por ausência de preceitos e força trabalhista.
é uma visão de como as coisas seriam. somente isto.
do lado da ideologia das esquerdas faz sentido. do lado
prático ? parece-me que não.A URSS faliu negando o
capitalismo. A China prospera adotando o capitalismo.
De forma sinóptica, acredito que a tese exposta seria mais no campo ideológica, pois no momento em que vivemos , não sobreviveríamos o impacto dos blocos econômicos e da globalização.
acrescento : compete as instituções representativas do trabalhador, fortalecer a capacidade de contestação do operariado e qque haja respeito aos direitos trabalhistas e condições humanas.
Obrigado Camarada Cardoso:
O texto, que já tratei de reproduzir, joga luz sobre a escuridão existente aqui, no sertão, sobre um debate teórico que consideramos imprescindível para a possível superação da fase pessoal, que basicamente discute, quem mama nas tetas.
Não quero tambem esconder minhas divergências, e alegrias, afinal, desde começou a ser medido, com a atual metodologia, nunca esteve tão baixo o desemprego no Brasil.
Abraço Fraterno,
O que mais admiro no texto do professor Belon, além do conteúdo é a concisão. Sim, sem dúvida, o trabalhador é explorado desde os tempos da construção das piramides dos faraós. Antes, pela escravidão, hoje pelo salário vil. A frase final do artigo do Belon é lapidar. “A vida dos assalariados importa pouco; a morte importa nada. Vale tudo para preservar a exploração capitalista.”
Murilo, você tem razão, nos últimos 10 anos os salários e a oferta de empregos crescem no Brasil. Isso é bom é tem que continuar!
Sindicalismo fraco, normalmente, mero trampolim político; não é culpa do capitalismo.Entendo que o ideal seria um capitalisnmo moderado, difícil de aplicabilidade por ausência de preceitos e força trabalhista.