ARTIGO: “NA COPA, NÃO TEM SÓ FUTEBOL”

Reproduzo, por interessante, trecho de um artigo do jornalista e escritor Mário Augusto Jakobskind, que narra fatos paralelos à Copa do Mundo, não divulgados pela grande imprensa:

Acompanhada por bilhões (eu disse bilhões) de telespectadores em várias partes do mundo, a Copa de 2014 está superando as expectativas, seja dentro ou fora de campo. A mídia conservadora dos mais diversos quadrantes falhou nas previsões de caos durante a competição. Vale sempre recordar esse fato que valeria uma retrospectiva detalhada sobre o comportamento de jornais como O Globo, Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e revistas como a Veja e Época, entre outros, para não falar de publicações no exterior.

Fatos envolvendo duas seleções mereciam mais destaque, mas aconteceu exatamente o contrário, ou seja, quase um total silêncio midiático. O primeiro coube à seleção da Argélia, que apesar de desclassificada nas oitavas de final ao enfrentar a Alemanha jogou um bom futebol.

O destaque não divulgado por estas bandas é que os jogadores argelinos decidiram ajudar os mais desfavorecidos. Eles doaram para os palestinos vítimas dos confrontos com Israel o “bicho” de 6,5 milhões de euros ganhos com a classificação para as oitavas de final. Um gesto altruístico e que deveria servir de exemplo aos atletas de todo o mundo. O anúncio foi feito pelo jogador Islamam Slimani, defensor do Benfica de Portugal e integrante da seleção argelina. .

O craque português Cristiano Ronaldo já havia também se solidarizado com os palestinos doando parte de seu salário para este povo que vem sofrendo as maiores atrocidades por parte de Israel, atualmente governado por um Primeiro-Ministro, Benyamin Neetanyahu, do gênero troglodita político.

Outra seleção que se movimentou revelando alto grau de politização foi a da Grécia. Também classificados para as oitavas de final, os jogadores decidiram que o “bicho” que tinham direito fosse investido para a construção e melhoramento das instalações desportivas em seu país, que atravessa uma grave crise econômica resultante de uma política de austeridade aplicada pelo capital financeiro.

E como são as coisas, os fatos protagonizados pelos argelinos e gregos foram colocados em segundo plano pela mídia conservadora que preferiu destacar o que aconteceu com as seleções da Nigéria, Camarões e de Gana, que ameaçaram não disputar partidas se não recebessem a quantia a que tinham direito. O governo de Camarões fretou um avião para trazer o dinheiro ao vivo aos jogadores, fato bastante destacado pela mídia conservadora.

O artigo, por inteiro, pode ser lido aqui.

1 comentário

  • Marcio

    Eta povão bom esse de Jales, só entra no Blog pra criticar . Quando tem uma notícia boa dessa ninguém comenta. Falam mal da presidente Dilma e elegem Nice de prefeita. Falam mal da Copa mas não comentam as coisas boas. Gente pequena tem a prefeita que merece mesmo.

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