COBRADOR DE ÔNIBUS ASSALTADO SE NEGA A RESSARCIR PREJUÍZO E É DEMITIDO PELA EMPRESA

A conturbada relação Capital-Trabalho ainda continua, em muitos casos, bem distante daquilo que o professor Belon sonha. Vejam um naco da notícia do Jornal de Hoje, de Natal(RN):

O cobrador Rodrigo Alves, funcionário da empresa de ônibus Reunidas Transportes Urbanos Ltda., exercia normalmente sua função na linha 26, na noite da última segunda-feira (15), quando, por volta das 21h30, nas imediações da ponte de Igapó, zona Norte da capital, dois criminosos adentraram o veículo e anunciaram o assalto.

Até aí, nada de novo no perigoso cotidiano de Natal, a cidade que teve o maior aumento nos índices de violência do Brasil. O problema é que a empresa tentou obrigar Alves a ressarcir o prejuízo causado pela ação dos bandidos. Como se negou a cumprir a exigência, o funcionário foi prontamente demitido.

“Ficaram me empurrando para lá e para cá até que chegou a informação de que o próprio dono da empresa havia determinado que eu deveria pagar a quantia levada pelos criminosos, que foi de R$ 147,00. Foi até  oferecida a opção de parcelar esse valor, mas me neguei imediatamente, não acho justo que eu sofra um dano e ainda tenha de pagar por isso”, desabafa Alves.

“Quando bati o pé e me neguei a cobrir o prejuízo, o funcionário que me repassou as informações ainda perguntou se não dava certo se fosse em três vezes, mas continuei com meu posicionamento. Foi quando ele disse que eu teria de assinar o aviso prévio”, finaliza.

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