DIPLOMATA DA ÍNDIA DIZ QUE FOI SUBMETIDA À REVISTA ÍNTIMA NOS EUA

A notícia é do iG:

devyaniUma diplomata indiana afirmou que autoridades americanas a obrigaram a tirar suas roupas, examinaram seus orifícios e coletaram saliva para um teste de DNA durante uma revista policial após ser presa sob acusação de irregularidades em seu visto em Nova York, apesar de suas “incessantes declarações de imunidade”.

O caso desatou uma ampla indignação na Índia e enfureceu o governo de Nova Délhi, que revogou os privilégios para diplomatas dos EUA em protesto ao tratamento imposto à mulher. O incidente prejudicou as relações entre a Índia e os EUA, que esfriaram em anos recentes apesar de um acordo nuclear em 2008, que foi caracterizado como um ponto alto nos vínculos entre as duas nações.

Devyani Khobragade, a vice-cônsul da Índia em Nova York, foi presa na quinta-feira do lado de fora da escola de sua filha em Manhattan sob a acusação de que mentiu em seu pedido de visto sobre quanto pagava à sua empregada, uma cidadã indiana. Promotores afirmam que sua funcionária recebe menos de US$ 3 por hora de trabalho.

Em um email publicado na mídia indiana nesta quarta-feira, Khobragade disse ter sido tratada como uma criminosa comum. “Eu sofri várias vezes em meio ao insulto de ser algemada repetidamente, de ser obrigada a me despir, de ter meus orifícios vasculhados, de permitir a coleta de material para exame de DNA em uma revista policial com criminosos comuns e viciados em drogas, apesar de minhas incessantes declarações de imunidade”, escreveu.

Um funcionário indiano com conhecimento direto do caso confirmou à Associated Press que o email era autêntico. Sob condição de anonimato, o funcionário afirmou que a prioridade da Índia agora é fazer com que a mulher volte para casa.

“A principal reivindicação da Índia agora é: devolvam nossa diplomata”, disse, acrescentando que Khobragade, que foi solta após pagar uma fiança de US$ 250 mil, teria de prestar depoimentos à polícia de Nova York toda semana.

O caso de Khobragade tocou um ponto sensível na Índia, onde o medo da humilhação pública ressoa fortemente e onde o tratamento pesado da polícia é normalmente reservado aos pobres. É quase inimaginável que uma mulher educada de classe média enfrente uma revista invasiva, exceto nos crimes mais brutais.

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