IRÃ COMUNICA DILMA SOBRE SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO DE SAKINEH

Deu no jornal Correio do Brasil, do Rio de Janeiro, edição desta terça-feira

Em carta à presidenta Dilma, Irã informa que execução de Sakineh foi suspensa

A presidenta do Comitê de Direitos Humanos do Parlamento iraniano, Zohreh Elahian, disse que o país suspendeu a pena de morte de Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada por suposto adultério e assassinato. Segundo a agência oficial iraniana ILNA, a declaração estaria em uma carta endereçada à presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, em que Elahian informa que a pena de Sakineh foi comutada para prisão e chama de “propaganda” as críticas dos governos ocidentais ao sistema judicial iraniano.

De acordo com a agência, Sakineh teve sua pena comutada para dez anos de prisão depois de receber o perdão dos familiares da vítima. A iraniana foi condenada ao apedrejamento em 2006 por supostamente trair e assassinar o marido. Grupos de direitos humanos afirmam que ela tem sido forçada a confessar a culpa.

Brasil – Desde a sua eleição, havia uma expectativa em relação à posição de Dilma Rousseff, primeira mulher eleita presidenta do Brasil, sobre um assunto que o seu predecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi criticado por evitar. Pressionado para usar seu prestígio junto ao governo iraniano em favor de Sakineh, Lula se limitou a enviar uma mensagem ao “amigo” Mahmoud Ahmadinejad oferecendo asilo à iraniana.

Dilma Rousseff, por outro lado, expressou claramente a sua solidariedade com o destino da condenada, afirmando que o apedrejamento seria “uma coisa bárbara”.

O último episódio envolvendo o regime iraniano e o Brasil foi a censura, na semana passada, imposto a livros do escritor Paulo Coelho no Irã. A decisão teria sido tomada depois que o editor de Coelho no país apareceu em manifestações da oposição contra o regime de Ahmadinejad.

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