JOÃO UBALDO RIBEIRO TRATOU DO ALCOOLISMO EM RIO PRETO

A notícia é do Diário da Região:

joão ubaldoReconhecido como um dos maiores romancistas do País, João Ubaldo Ribeiro, 73 anos, morreu na madrugada de ontem, em sua casa, no Leblon, no Rio de Janeiro, vítima de embolia pulmonar. De acordo com a secretária dele, Valéria dos Santos, o escritor, jornalista e acadêmico sentiu falta de ar durante a noite. A mulher, Berenice de Carvalho Batella Ribeiro, e Chica, uma das filhas, tentaram pedir socorro, mas não puderam evitar a morte súbita. 

João Ubaldo foi o sétimo ocupante da cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras (ABL), além de integrar a Academia de Letras da Bahia (ALB). Ao longo da carreira, ganhou títulos importantes, como o Prêmio Jabuti, em 1972 e 1984, e o Prêmio Camões, em 2008. Nascido em Itaparica (BA) e formado em direito pela Universidade da Bahia, em 1962, o escritor ficou conhecido por publicar clássicos da literatura, como “Sargento Getúlio” (1971), “Viva o Povo Brasileiro” (1984), “O Sorriso do Lagarto” (1989) e “A Casa dos Budas Ditosos” (1999). 

Sua vida pessoal foi marcada pela boemia. Em uma de suas tentativas de deixar o vício pela bebida, no fim dos anos 1990, submeteu-se a breve tratamento em Rio Preto, com o clínico geral Toufik Rahd, especialista no tratamento ambulatorial da dependência química. Em entrevista à “Isto É”, em 2000, o autor falou sobre a experiência. “Eu fui duas vezes. Na terceira, não funcionou, eu queria beber imediatamente. Internei-me numa clínica para tratamento de alcoólatras praticamente em regime carcerário”. 

“Também não deu certo.” Mais tarde, ele viria a substituir o uísque por guaraná diet, em um copo cativo, no bar Tio Sam, também no Leblon, onde costumava reunir os amigos para bate-papos etílicos aos fins de semana. Logo nas primeiras horas de ontem, artistas, autoridades e amigos lamentaram a perda. “O setor editorial perde, neste dia, um dos grandes romancistas e cronistas da atualidade, membro da Academia Brasileira de Letras”.

A notícia completa pode ser vista aqui.

1 comentário

  • Me lembro de ter lido apenas “Sargento Getúlio”.Sua prosa peca pelo excesso de coloquialismo,introduzido pelos modernistas em nossa literatura.Entre o estilo barroco,e a linguagem oral,eu fico com o meio termo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *