JUSTIÇA BLOQUEIA BENS DE PADRE CONDENADO POR DESVIAR DOAÇÕES DE FIÉIS

A notícia é do UOL:

A Justiça bloqueou os bens do padre Osvaldo Palópito, 66 anos, ex-capelão da Polícia Militar (PM) de São Paulo, condenado pelo desvio de doações de fiéis. Palópito era responsável pela capela de Santo Expedito, na região da Luz, em São Paulo. Além de padre, foi coronel da PM e gravou discos de canções religiosas.

O padre foi condenado pela Justiça Militar a 26 anos e dois meses de reclusão. Apenas entre 2014 e 2015, segundo uma perícia, ele teria desviado R$ 637 mil (ou R$ 1,3 milhão em valores atualizados pela inflação e juros).

A Procuradoria do Estado, no entanto, afirma que o total desviado é muito maior. As procuradoras Renata Lane e Juliana Rebelo Horta disseram à Justiça que é necessário fazer uma averiguação desde 2003, quando o padre assumiu a Igreja de Santo Expedito.

Para aumentar a renda, com a ajuda de um contador, segundo a investigação, o padre teria expedido carnês a fiéis previamente cadastrados, que faziam os pagamentos acreditando que as doações seriam utilizadas em obras assistenciais da igreja.

O bloqueio dos bens foi determinado pela Justiça para garantir o ressarcimento de R$ 5,3 milhões, valor que leva em conta também uma multa.

O padre defendeu-se no processo militar alegando que, na verdade, foi enganado pelo contador contratado pela igreja e que este seria o autor dos desvios. Disse que não sabia do crime e que o seu patrimônio não foi comprado com os recursos da igreja.

Procurado pela coluna, Eliezer Pereira Martins, advogado do padre, afirmou que ele ainda não foi notificado sobre o bloqueio dos bens. Sobre a condenação na Justiça Militar, disse que “em alguns meses o padre terá cumprido sua pena e nada mais deverá à sociedade”.

2 comentários

  • Mafias de batinas

    Religiosos que deveriam empenhar suas vidas à caridade e à salvação das almas, já estiveram envolvidos com empresários, contraventores e figuras públicas. Corrupção, lavagem de dinheiro e orgias: quando o sétimo, o oitavo e o décimo Mandamentos são desrespeitados até por padres e bispos.
    Todos protegidos por uma rede de favorecimentos instalada na Igreja Católica e beneficiados, direta ou indiretamente, por recursos doados ou arrecadados entre fiéis dizimistas, além de repasses do poder público para a caridade.
    Na ano passado tivemos um caso de ex-vereador petista de Americana, que teria injetado dinheiro de propina na diocese antes de ser preso e delatar a senadora Gleisi Hoffmann.
    Em Goiás levou para a cadeia um bispo, um vigário-geral e quatro padres. Uma investigação apontou que R$ 2 milhões foram desviados entre 2016 e 2017.
    Em 2018, um bispo e outros cinco sacerdotes, além de leigos, acusados de comprar bens materiais, carros e fazenda de gado com o dinheiro dos fiéis.
    Em Bauru, o padre Beto foi acusado de defender temas polêmicos, como a união entre homossexuais, a falta de fidelidade entre cônjuges e a necessidade de mudanças na estrutura da Igreja.

  • 10 animo

    não sigam seu pastor .

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