MAIS UMA INVERDADE DE ALEXANDRE GARCIA PROPAGADA POR BOLSONARISTAS É DESMENTIDA

As palavras acima, que divulgam uma inverdade – mais uma! – foram ditas pelo ex-urubólogo Alexandre Garcia, em seu comentário do dia 05 de julho, em sua desmesurada vontade de puxar o saco do presidente Bolsonaro e desacreditar a letalidade do coronavírus. Nas contas dele, com covid e tudo, está morrendo menos gente neste ano do que no ano passado.

Para chegar às médias citadas em seu comentário, Garcia utilizou números errados. No dia seguinte, provavelmente alertado sobre o chute errado, ele reconheceu o engano e refez as contas e concluiu que, na verdade, a média diária de falecimentos em 2020 é superior em 7,18% à média de 2019.

Apesar da “correção”, o estrago já estava feito. Os bolsonaristas, que acreditam que a terra não é redonda e acham que o coronavírus é uma invenção dos comunistas para prejudicar o Bozo, trataram de inundar as redes sociais com a desinformação do ex-urubólogo.

Registre-se, porém, que mesmo com a “correção”, as contas de Alexandre Garcia continuam equivocadas. Isso porque, segundo a agência Lupa, estatisticamente, é errado comparar a média de mortes de um ano inteiro (2019) com a média de apenas um período do outro ano (2020), como fez Garcia.

O correto seria comparar o mesmo período dos dois anos. A Lupa pegou como exemplo, o período de 16 de março, quando ocorreu a primeira morte por covid no Brasil, até o dia 16 de junho. Três meses, portanto.

Nesse período, o Brasil teve 298.312 óbitos em 2019, contra 347.943 em 2020. Isso representa uma diferença de 49.631 mortes a mais neste ano, um crescimento de 16,6%. Os números foram obtidos pela Lupa no Portal da Transparência, o mesmo de onde Alexandre Garcia tirou suas médias furadas.

Em tempo: Alexandre Garcia atropelou os números, mas, registre-se, tratou com respeito a  língua pátria. Onde ele disse que “no ano passado, houve 4.889.000 mortes”, muitos coleguinhas diriam que “houveram 4.889.000 mortes”.

1 comentário

  • Alexandre Garcia desmentiu que 2020 registrou menos mortes diárias que 2019

    Ao extrair os dados do Portal da Transparência do Registro Civil, ele não separou apenas os óbitos e acabou usando o número total de registros dos três tipos (nascimentos, casamentos e falecimentos) para seus cálculos. Dessa forma, a média calculada apresentava dados distorcidos.
    No dia seguinte, 6 de julho, o jornalista reconheceu que cometeu um erro e fez uma correção dos dados. Ele pediu desculpas para todos, porque usou números errados.

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