MÉDICA REBATE DEFESA DE DANIEL ALVES: “LUBRIFICAÇÃO NÃO É SINÔNIMO DE CONSENTIMENTO”

Deu na IstoÉ:

Na última sexta-feira (03), a médica ginecologista e influenciadora Marcela McGowan (foto) expressou sua incredulidade acerca das declarações dadas pela defesa do jogador Daniel Alves — acusado de estupro na Espanha — e rebateu-as com conhecimento médico.

A ex-BBB expôs os motivos fisiológicos pelos quais uma mulher, mesmo que lubrificada, pode ter sido estuprada. Isso porque, recentemente, a defesa do acusado por estupro alegou que o suposto crime teria sido uma relação consensual, já que a jovem que o acusa estaria “lubrificada” no momento da penetração.

“É válido dizer que um abuso não precisa sequer ocorrer penetração para acontecer”, começou a ginecologista, em vídeo publicado no Instagram.

“Lubrificação não é, e nunca vai ser, sinônimo de consentimento. É uma resposta fisiológica do nosso corpo […] A lubrificação não é um marcador de tesão, de vontade nem de consentimento […] O seu corpo, sendo estimulado, vai reagir de diferentes maneiras. Essa lubrificação pode acontecer simplesmente por proteção do canal vaginal […] Além disso, fases do ciclo menstrual podem aumentar a secreção vaginal e parecer uma lubrificação”, continuou.

Marcela ainda fez questão de ressaltar que “consentimento é um ato mental” e que o abuso pode acontecer de diferentes formas e ter diferentes resultados.

“Existem casos de pessoas que têm orgasmo mediante abuso”, pontuou. Na legenda, ela completou: “Além disso, o próprio tesão não é um marcador de consentimento! Mesmo se alguém queria no começo e não quer depois, não é consentimento. A decisão clara e objetiva de fazer sexo é um ato mental e racional que não tem concordância com respostas fisiológicas em todos casos.”

2 comentários

  • fisioterapeuta nao é Dr.

    esse bozolide ainda quer arrumar uma desculpa

  • Daniel Alves: muitas historinhas porém preso

    Ao contrário da vítima, que sempre manteve o mesmo relato, Daniel Alves deu várias versões contraditórias sobre o que aconteceu na boate.
    Primeiro ele disse que não conhecia a jovem de 23 anos; depois, que tinham estado no mesmo local mas não se tinha passado nada e uns minutos mais tarde a jovem tinha praticado um ato sexual que ele não queria.
    Mas as várias versões que foi dando contribuíram decisivamente para que fosse detido.

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