Embora tenha recebido uma multa de R$ 40 milhões, Camargo, que foi condenado em regime aberto, sem tornozeleira, teria ganho pelo menos R$ 266 milhões em negócios com a estatal. Ou seja: a multa foi de menos de 20% de seus lucros.
Abaixo, um trecho da reportagem:
Um dos primeiros executivos a fechar acordo de delação premiada, em outubro de 2014, Camargo se divide hoje entre a casa em que mora no Morumbi, em São Paulo, e eventos no Jockey Club. Criador de cavalos, ele voltou a frequentar os páreos aos finais de semana.
Amigos do lobista contam que ele vive de juros dos negócios que intermediou com a estatal. As investigações apontam que recebeu ao menos R$ 266 milhões –valor bem superior à multa que lhe foi imposta.
Julio Camargo foi condenado a 14 anos de prisão, mas o acordo permitiu que sua pena fosse comutada para cinco anos em regime aberto, sem tornozeleira eletrônica.