POLICIAIS VIRAM INFLUENCIADORAS E EXIBEM ARMAS E FARDAS NAS REDES

Com informações da Folhapress:

Armas de fogo, fardas, distintivos e até vídeos disparando com metralhadoras são postagens cada vez mais comuns nas redes sociais de policiais civis pelo Brasil, que usam seus perfis para mostrar o que consideram o glamour da profissão.

As influenciadoras são agentes e até investigadoras da polícia, e podem estar transgredindo leis e códigos de conduta ao utilizar materiais e símbolos das corporações em benefício próprio. Elas também costumam mostrar suas vidas pessoais nas redes, incluindo fotos de viagens, restaurantes e passeios.

Uma delas é a ex-agente da Polícia Civil de Pernambuco Gabriela Queiroz (ao lado), que acumula 234 mil seguidores em seu perfil no Instagram. A maior parte das publicações remetem à época em que trabalhava na instituição, embora hoje atue como analista no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA).

Presença frequente nas fotos de Queiroz, a investigadora da Polícia Civil de Minas Gerais Nathália Bueno possui 177 mil seguidores, e tem como um dos principais atrativos as dicas e frases motivacionais para aqueles que desejam passar nos concursos da polícia.

Já a agente Adrielle Vieira, de Alagoas, acumula 140 mil seguidores em seu perfil no Instagram em uma conta que segue a mesma receita: armas e lazer. A servidora também usa seu perfil para fazer publicidade de sua própria marca, uma loja online que oferece produtos femininos, entre eles, um colar com pingente de algemas.

A investigadora Paula Barreira, da Polícia Civil de São Paulo, é outra que possui um perfil nas redes sociais, com 87 mil seguidores. Além de fotos com insígnias da polícia, distintivos e armas, Barreira também faz publicidade em suas redes. Uma dessas publicidades oferece cupom de desconto para uma linha de coldres.

As policiais “celebridades” podem estar transgredindo regras para o uso de redes sociais impostas pela Polícia Civil de seus respectivos estados. A polícia paulista, por exemplo, proíbe aos servidores possuir perfis de natureza institucional ou que possam induzir os seguidores a acreditar que seja uma conta funcional. 

A investigadora afirma que seus seguidores se formaram ao longo de nove anos que antecederam o ingresso na corporação, quando compartilhava sua admiração pela segurança pública. Declara também que as postagens relacionadas a sua atuação foram devido ao “orgulho e satisfação profissional”.

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