PREÇO DA CARNE DEVE SUBIR MAIS NO FIM DE ANO E BRASILEIROS TERÃO O NATAL MAIS POBRE DOS ÚLTIMOS 40 ANOS, DIZ ECONOMISTA

A notícia é do jornal mineiro O Tempo:

O embargo da China à carne bovina brasileira não deve causar redução significativa nos preços ao consumidor. Segundo frigoríficos de Belo Horizonte, o aumento da demanda nas festas de fim de ano vai pressionar os valores. A picanha atualmente custa em média R$ 59,81 /kg, segundo levantamento do site Mercado Mineiro – valor que deve aumentar nos próximos meses.

Gerente de um açougue do Mercado Central de Belo Horizonte, Felipe Drummond diz que houve uma pequena queda no preço dos fornecedores, mas essa redução não deve ser repassada.

“A carne de boi diminuiu cerca de R$ 0,50/kg para a gente comprar. Ainda nem mexi no preço, porque não sabemos como isso vai ficar e ainda absorvemos outros aumentos. Mas, com a chegada do fim do ano, apesar do embargo, não vai ter redução de preço para o consumidor sentir, porque o mês de setembro foi um mês muito ruim para o comércio em geral, e novembro e dezembro são os meses de maior demanda”, explica o gerente.

Já o analista econômico Alexandre Miserani explica que o Brasil tem alternativas para vender a carne no mercado externo.

“A carne é congelável; como sabem que o embargo é algo transitório, não tem perspectiva de abaixar o produto no Brasil. No caso da carne, ela é perfeitamente exportável. Se a China não quer, outros países vão querer. O Brasil é um dos maiores produtores de proteína animal do mundo, e ele prefere vender em dólar do que em real, e sobra para a gente o osso ou a carne do preço que está”, destaca Miserani.

A tendência para as festas de fim de ano, com o aumento da demanda típico da época, é que a carne fique ainda mais cara. Para o economista, o Natal de 2021 vai ser o mais pobre das últimas décadas. 

“A carne vai ficar mais cara, porque, enquanto o dólar não tiver sido debelado, vamos ver um aumento de preços de commodities e produtos alimentícios em uma ascensão jamais vista nos últimos 30, 40 anos. Vamos ter o Natal mais pobre dos últimos 40 anos”, avalia Miserani.

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