PREFEITURA DE CÁCERES PAGOU R$ 1,5 MILHÃO POR REMÉDIOS NÃO ENTREGUES, DIZ MPF

No Brasil, a corrupção parece ser mesmo endêmica. E, apesar das ações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal no combate aos desvios, parece que o pessoal não se cansa de roubar. Nem mesmo o remédio dos mais carentes escapa à sanha dos corruptos. Vejam a notícia do G1:

O Ministério Público Federal (MPF) revelou nesta terça-feira (1°) que um montante de R$ 1,5 milhão chegou a ser subtraído dos cofres municipais de Cáceres, cidade a 250 km de Cuiabá, entre os anos de 2011 e de 2013 para a compra de medicamentos que jamais entraram nos estoques dos postos de saúde da cidade.

O valor é apenas parte do total de pelo menos R$ 2,5 milhões em recursos que teriam sido desviados da saúde municipal da cidade fronteiriça em esquema investigado também pela Polícia Federal (PF) na operação “Fidare”, deflagrada nesta terça-feira.

De acordo com o procurador de Justiça Thales Fernando Lima, do MPF, a Prefeitura de Cáceres, por meio do esquema agora investigado, chegou a adquirir lotes de medicamentos avaliados em R$ 1,5 milhão que sequer foram entregues.

Como resultado, os postos de saúde da cidade ficaram sem medicamentos básicos, como soro fisiológico, enquanto a verba da saúde municipal era reduzida por compras fraudulentas (que nunca efetivamente abasteciam os estoques de medicamentos).

No período de 2011 a 2013, a mesma quadrilha de secretários e funcionários da Secretaria Municipal de Saúde – em conluio com 15 empresas fornecedoras de medicamentos em Mato Grosso e Goiás – arquitetou compras superfaturadas no valor de pelo menos R$ 1 milhão.

Após denúncia da Prefeitura de Cáceres, a PF deflagrou a operação Fidare nesta terça – e o nome da operação alude ao fato de que o município comprava fiado os medicamentos. Dois ex-secretários de saúde da cidade foram presos e uma terceira pessoa, também ex-secretária, encontra-se foragida.

Ao todo, a Justiça expediu 113 mandados, sendo 30 de prisão preventiva, 17 de prisão temporária, 13 de condução coercitiva (para prestar depoimento) e 53 de busca e apreensão em Mato Grosso.

1 comentário

  • KLEBER(obrigatório)

    Dificilmente, a cidadã Dilma Rousseff se livrará de um processo por responsabilidade pelos escândalos na Petrobras. Os próprios dirigentes da estatal de economia mista (agora PTs da vida com a pretensa chefona da Nação) garantem que ela tinha acesso a todos os documentos produzidos sobre a polêmica compra da refinaria Pasadena. O maior medo de Dilma é que, se sobrar para ela, fatalmente, também sobrará para Luiz Inácio Lula da Silva – o Presidentro.

    Não adianta Dilma ter dado a desculpinha esfarrapada de que “documentos falhos” a induziram ao erro ao dar aval à aquisição da Pasadena pelo precinho superfaturado de US$ 1,18 bilhão. Como os processos contra ela, dirigentes e demais conselheiros da Petrobras devem correr no Tribunal de Nova York e na Security and Exchange Comission (a dura guardiã do mercado de capitais dos EUA), dificilmente haverá salvação. Na melhor hipótese, condenações a multas milionárias. Na pior hipótese, risco de penas mais duras, como de prisão.

    Dilma já era. O problema é quem vai para o lugar dela… O próximo Presidente terá a governabilidade complicadíssima, se bobear inviabilizada, com a máquina e os poderes aparelhados pelo petralhismo. A previsível derrota de Dilma em outubro pode lançar o Brasil em um clima de grande instabilidade política. Muito mais grave que aquela balbúrdia dos idos de 1964, quando os militares intervieram, e os inimigos reais, da oligarquia financeira transnacional, lhes comeram o governo pelas beiradas, até a entrega para a corrupta “Nova República”, em 1985.
    O Alerta Total insiste: Dilma Rousseff só conquista a reeleição pela via milagrosa de uma f-r-a-u-d-e- -e-l-e-t-r-ô-n-i-c-a. Seu governo não tem mais credibilidade. A efetiva oposição do poder econômico lhe será fatal. Dilma está fatalmente ferida por crimes bilionários comprovados pelas Operações Lava Jato e Porto Seguro, o repique do Mensalão que não puniu o verdadeiro chefão e vários escândalos ainda por brotar na Petrobrás e Eletrobras, junto com problemas a estourarem no Bolsa Família, no Minha Casa, Minha vida e na desorganização da Copa do Mundo

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