UNIVERSIDADE DO PORTO SUSPENDE PROFESSOR QUE DISSE QUE “MULHERES BRASILEIRAS SÃO UMA MERCADORIA”

A notícia é do portal Sputinik Brasil:

A Universidade do Porto, no norte de Portugal, suspendeu por 90 dias um professor de economia que, entre outras falas preconceituosas, disse que “as mulheres brasileiras são uma mercadoria”. A denúncia feita por 129 alunos ressalta que o docente constantemente discriminava os estudantes brasileiros.

No documento, ao qual Sputnik Brasil teve acesso, o grupo de alunos da licenciatura em Ciências da Comunicação (Jornalismo, Assessoria, Multimédia), da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), externaliza sua preocupação com a má conduta do professor Pedro Cosme da Costa Vieira.

Segundo eles, muitas de suas falas incitam o ódio e constituem crimes de assédio e discriminação. Os estudantes listaram 12 exemplos de comentários preconceituosos do docente enquanto ministrou a disciplina “Introdução à Economia” nos anos letivos de 2018/19 e 2019/20. O caso foi noticiado pelo jornal Público e confirmado pela Sputinik Brasil.

Professor auxiliar da Faculdade de Economia do Porto (FEP), Costa Vieira é descrito pelos estudantes como figura polêmica, mesmo antes de dar aulas na FLUP. Eles recordam que o docente já havia proferido frases racistas como “A pretalhada que atravessa o Mediterrâneo devia ser abatida a tiro”.

Em 2020, 5.477 novos estudantes estrangeiros entraram nas universidades portuguesas, somando um total de 58.092, dos quais mais de 50% são brasileiros. Mestranda em Antropologia no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, a cearense Renata Ribeiro diz que poderia escrever um livro sobre o preconceito contra seus compatriotas. 

Ela cita desde casos de professores, como um que generalizou afirmando que os brasileiros não dominam o inglês, ao exemplo de um aluno que insinuou que as estudantes brasileiras saem com os professores, que já levariam preservativos para a sala para usar com elas após as aulas.

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