VIA DE ACESSO A PEREIRA BARRETO-SP DEVE RECEBER NOME DO PADRE VALENTIM STEFANONI

Tramita na Assembléia Legislativa de São Paulo um projeto de lei do deputado Aldo Demarchi(DEM) que pretende dar o nome do falecido  padre Valentim Felipe Stefanoni a uma via de acesso ao município de Pereira Barreto(SP).

Em sua justificativa, o deputado – que já foi prefeito de Rio Claro – diz que o padre Valentim foi uma pessoa que dedicou sua vida à comunidade, inicialmente na carreira política, como ex-vereador de Santa Fé do Sul e, posteriormente, como sacerdote na mesma cidade e nos municípios de Palmeira D’ Oeste, Paranapuã, Dolcinópolis, Pereira Barreto e Jales.

O padre Valentim nasceu na cidade de Ibiporanga(SP), no dia 1.º de maio de 1946, e, aos dois anos de idade, mudou-se com a família para Santa Fé do Sul. Lá, ele passou toda sua infância, adolescência e juventude, tendo se formado como técnico em contabilidade. Fez, ainda, o curso superior de Ciências Econômicas na cidade de São José do Rio Preto (SP), enquanto trabalhava em um escritório de contabilidade em Santa Fé do Sul.

Ainda em Santa Fé, Valentim foi eleito vereador para a legislatura 1973-76, mas licenciou-se do cargo para seguir sua vocação sacerdotal. No início de 1976, aos vinte e nove anos de idade, ele mudou-se para São Paulo, onde cursou os três anos de teologia no Seminário do Ipiranga. Foi ordenado no dia 17 de fevereiro de 1979, na Igreja Matriz São João Batista, de Santa Fé do Sul. Trabalhou, inicialmente, na Catedral e na Igreja Santo Antônio, de Jales.

Na noite de 03 de fevereiro de 2004, o padre Valentim atrasou-se para a celebração da missa, o que não era normal. Alguns amigos foram até sua casa e o encontraram morto, provavelmente vítima de um enfarto.    

5 comentários

  • Anônimo

    No dia de sua morte, ele não se atrasou para uma missa e sim em um dos encontros da semana catequética que acontecia todos os anos na primeira semana de fevereiro.

    • Realmente, estava havendo os tais encontros, mas, ao que parece, o padre estava sendo aguardado na missa. Abaixo, trechos de um artigo do bispo dom Demétrio, publicado em alguns jornais:

      FIGURA DE PRESBÍTERO

      Na noite de 3 de fevereiro, o povo estava reunido na Catedral de Jales, aguardando o INÍCIO DA MISSA. Era dia de São Brás, e todos queriam a bênção da garganta. O inusitado atraso do padre começou a preocupar. O que teria acontecido? Vendo que não comparecia, telefonaram ao bispo. Foi verificado então se o padre Valentim Stefanoni não teria ido a um dos quatro encontros simultâneos de catequistas, que estavam acontecendo na diocese. E em todo o caso, para contornar o problema, fui logo à Catedral para celebrar a eucaristia. Ainda antes de terminar a missa, percebi a gravidade da situação. O rosto consternado das pessoas que tinham ido procurar o padre não deixava dúvidas. Aguardaram o momento da comunhão para me dizer a verdade: padre Valentim fora encontrado morto em sua residência. O impacto da notícia foi grande, seja para o povo reunido na Catedral, como para a diocese inteira, que rapidamente tomou conhecimento do fato. A intensa participação nos seus funerais evidenciou quanto o povo o apreciava. Seu corpo foi velado com carinho, primeiro na Catedral de Jales, depois em Santa Fé do Sul, onde foi sepultado no jazigo dos pais. Valentim Felipe Stefanoni era um padre que toda diocese desejaria ter, que toda paróquia gostaria de pedir ao bispo. Equilibrado, assumido em sua vocação, dedicado à sua missão, competente em seu trabalho. Zeloso, soube conduzir com responsabilidade as diversas comunidades que lhe foram confiadas.

      No seu esforço de crescimento pessoal e de superação de suas limitações, aprimorou a comunicação, que colocou a serviço da evangelização, seja nas celebrações como em programas radiofônicos. Estava por completar 25 anos de padre. Não pretendia nenhuma celebração especial. Por sua vida e trajetória ministerial, padre Valentim faz pensar na situação de milhares de abnegados padres que dedicam sua vida ao povo. A importância de sua missão nem sempre encontra respaldo nas condições humanas que lhe são proporcionadas para o seu cumprimento. Meses atrás, ele já tinha detectado problemas em sua saúde. Consultou o médico e vinha continuando o tratamento. Mas a urgência de padres e o seu escasso número nem permitiram pensar numa providência normal nas carreiras profissionais: uma prolongada licença para tratamento de saúde. Por pressão da tradição, e talvez por zelo apostólico, até os momentos de descanso dos padres nas férias são fragmentados para presidir celebrações.

  • Anônimo

    tempo…tempo…tempo!!!

  • Anônimo

    Saudades… muita saudades!!

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