ADRIANA CALCANHOTTO, ZÉLIA DUNCAN, ZÉ RENATO, ROBERTA SÁ E JOÃO BOSCO – “SE TODOS FOSSEM IGUAIS A VOCÊ”

Na quinta-feira, 09, por conta dos 40 anos de sua morte, eu escrevi – com a luxuosa colaboração dos meus amigos Marco Antonio Poletto e Luiz Carlos Seixas – um post sobre o Vinícius de Moraes e uma de suas músicas mais famosas, “Garota de Ipanema”, da parceria com Tom Jobim.

A parceria Tom/Vinícius produziu vários clássicos da MPB, como é o caso de “Chega de Saudade”, que, emoldurada pelo violão de João Gilberto, catapultou a música brasileira para o resto do planeta – nos tempos em que ele ainda era redondo – fazendo da bossa nova um dos gêneros musicais mais prestigiados por músicos e cantores mundo afora.

Pessoalmente, uma das minhas preferidas da dupla é a intimista e pouco conhecida “Sem Você” (Sem você, sem amor, é tudo sofrimento… aqui), que, por muito triste, quase não toco lá no Brasil & Cia, programa que apresento aos domingos na Regional FM. Prefiro ouvi-la aqui em casa, com fone de ouvido, que é o melhor jeito de ouvirmos as músicas que gostamos.

Falando em Brasil & Cia, uma das músicas mais pedidas da dupla Tom e Vinícius, no programa, é “Eu Sei Que Vou Te Amar”. Em um domingo do mês passado, quando se comemorou o “Dia dos Namorados”, essa música – juntamente com a romântica “Como é Grande o Meu Amor Por Você”, do Roberto Carlos – foi uma das mais pedidas por aqueles que queriam homenagear a pessoa amada.

Mas o objetivo deste post é dizer que a primeira música da parceria Tom e Vinícius é a conhecidíssima “Se Todos Fossem Iguais a Você”. Em 1956, depois de escrever as canções da peça “Orfeu da Conceição” – “Se Todos Fossem Iguais a Você” entre elas Vinícius precisava de alguém para musicá-las. 

Vadico, o famoso parceiro de Noel Rosa, foi o primeiro a ser convidado para a missão, mas recusou o convite. Um amigo de Vinícius indicou, então, o jovem e ainda pouco conhecido Antonio Carlos Jobim, que, convidado, aceitou o desafio. Pronto! Estava dado o start para uma das mais geniais parcerias da MPB.

No Youtube é possível encontrar vários vídeos com interpretações de “Se Todos Fossem Iguais a Você”. Uma das releituras mais bonitas, na minha opinião, é a de Milton Nascimento (aqui). Gal Costa também a canta divinamente, em versão dedicada a Jorge Amado (aqui).

Eu escolhi, no entanto, o vídeo em que “Se Todos Fossem Iguais a Você” é interpretada por Adriana Calcanhotto, Zélia Duncan, Zé Renato, Robertá Sá e João Bosco. Por um detalhe: a participação de Adriana Calcanhotto, que foi, digamos assim, “nora” do Vinícius de Moraes.

Certamente que Adriana deve ter pensado em Suzana de Moraes, com quem ela viveu por 26 anos e com quem se casou, oficialmente, em 2010. Suzana (acima), filha mais velha de Vinícius, morreu de câncer em 2015, um ano depois da gravação do vídeo. A mãe dela, Tati de Moraes, foi a primeira esposa do poetinha. A respeito de sua relação com Suzana, Adriana disse o seguinte:

“Fui a mulher mais feliz do mundo nestes 26 anos em que estive com ela. Uma grande mulher, inteligente, engraçada, culta, amiga dos amigos, que teve uma vida extraordinária, e que viveu cada segundo como nunca mais. Morreu de mãos dadas comigo. Foi-se o amor da minha vida.”

Vamos ao vídeo:

 

2 comentários

  • CHEGA DE HIPOCRISIA

    ESSE POVO DAS ANTIGAS, TUDO PINGUAIADA, CACHACEIROS, ESSA HISTÓRIA QUE VIVIAM NA BOHEMIA, É PARA TROUXAS, NÃO DEIXARAM NADA FINANCEIRAMENTE PARA SEUS HERDEIROS, HÁ, MÁS, DEIXARAM UM LEGADO, UMA CULTURA, SEUS DESCENDENTES ESTÃO AI, TUDO POBRES, E FUDIDOS, ALGUNS ATÉ PASSANDO FOME, ALGUNS EM ASILOS, CHEGA DE HIPOCRISIA, SOCIEDADE HIPÓCRITA.
    APONTEM UM DAS ANTIGAS QUE DEIXOU BENS PARA SEUS DESCENDENTES ?
    PRÁ COMEÇAR ERAM “TODOS” BISCATEIROS, TIPO GARRINCHA, MARIDO DA ELZA SOARES, TAÍ VELHA, FUDIDA, E POBRE, HÁ. MÁS EU VIVI COM O GARRINCHA, MÁS É POBRE.
    SOMENTE A TÍTULO DE INFORMAÇÃO:
    NEYMAR ESTA SEMANA INCORPOROU AO SEU PATRIMÔNIO, “MAIS” UM APARTAMENTO COMPRADO PELA PEQUENA BAGATELA DE R$ 4.5 MILHÕES DE REAIS, FORA OS VÁRIOS OUTROS EMPREENDIMENTOS QUE O MESMO POSSUI MUNDO AFORA.

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