COMPOSITOR MANGUEIRENSE NELSON SARGENTO MORRE DE COVID AOS 96 ANOS

“Samba, agoniza mas não morre, alguém sempre te socorre, antes do suspiro derradeiro.” Infelizmente, Nelson não era tão imorredouro quanto o samba e, embora socorrido, deu seu suspiro derradeiro nesta quinta-feira.

A notícia é do G1:

Morreu nesta quinta-feira (27) o sambista Nelson Sargento, aos 96 anos, presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira e autor de sucessos como “‘Agoniza, mas não morre”. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), ele morreu às 10h45, no Rio de Janeiro.

Sargento foi diagnosticado com Covid na última sexta-feira (21), quando foi internado no Inca. Além da idade avançada, Nelson também sofreu com um câncer de próstata anos atrás.

Uma de suas últimas aparições em público foi em 12 de fevereiro, no Museu do Samba, em um manifesto em defesa do carnaval — cancelado este ano por causa da pandemia.

“Todos nós estamos um pouquinho tristes por não ter desfile, mas foi melhor assim. Temos que estar todos vacinados para fazermos um grande carnaval em 2022”, disse o compositor na ocasião.

No dia 26 de fevereiro, o compositor da Mangueira recebeu a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em casa. A primeira dose, em um ato simbólico no dia 31 de janeiro, marcou o início da imunização de idosos.

Casos assim, no entanto, devem ser tratados com um “evento raro” e não significa que as vacinas não funcionam, principalmente se forem tomadas as duas doses do imunizante no intervalo correto.

“As pessoas têm muita dificuldade de entender qual é a função de uma vacina”, diz Natalia Pasternak, bióloga e divulgadora científica brasileira, fundadora e primeira presidente do Instituto Questão de Ciência. “Elas acham que a vacina é mágica. Ou seja, tomou a vacina, está protegido; não tomou, vai ficar doente. Não é assim que vacinas funcionam.”

Além de “Agoniza, Mas Não Morre”, o vascaíno (talvez uma influência do padrasto, Alfredo Português) Nelson Sargento foi autor de vários outros sambas conhecidíssimos, entre eles o samba-enredo da Mangueira, de 1955, “Cântico à Natureza” considerado um dos mais bonitos da história da Escola.

No vídeo, Nelson (nome verdadeiro: Nelson Mattos) canta com Teresa Cristina o citado samba “Agoniza, Mas Não Morre”

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