GILBERTO GIL, GAL COSTA E NANDO REIS – “LATELY / NADA MAIS”

Neste sábado, 17, Gilberto Gil, Gal Costa e Nando Reis se apresentam em Paris, na sala de espetáculos Seine Musicale, com o show “Trinca de Ases“. Por conta disso, o crítico musical Jacques Denis, do jornal francês Liberation, publicou um artigo com o título “Trinca de ases e luta de classes”.

No artigo, além de elogios ao show, o articulista explica que os três artistas resolveram se juntar em 2016, em comemoração ao centenário de nascimento de Ulysses Guimarães, que liderou a oposição à ditadura militar. O artigo diz, ainda, que o show é também uma reação à crise política que sacode o Brasil, nos dias de hoje.

O jornalista lembra que Gil e Gal participaram do emblemático disco Tropicália, lançado em 1968 com críticas mordazes à burguesia, e ressalta que, 50 anos depois, o movimento tropicalista parece mais atual do que nunca, “neste momento em que um retrocesso ameaça o país desde o golpe institucional que destituiu em 2016 a presidente Dilma Rousseff”.

No vídeo abaixo, porém, o trio canta uma música que nada tem a ver com as mazelas da nossa política. Trata-se de “Lately”, composição de Stevie Wonder que, por aqui, ganhou uma inspirada versão do Ronaldo Bastos – “Nada Mais” – gravada por Gal Costa no disco “Profana“, de 1984.

A voz da diva já não é a mesma dos tempos em que ela duelava com a guitarra de Robertinho do Recife (veja aqui), mas a interpretação de “Nada Mais” é um dos pontos altos do show.

7 comentários

  • Kkkkkkk

    Stevie Wonder também canta bem essa música hehehe

  • SOCAPIMCANELE

    Tudo COMU…..

  • Um encontro de certa forma inusitado e que tem dado certo.Dois artistas vinculados à MPB que surgiu nos festivais dos anos sessenta,e um integrante do rock-brazuca-oitentista.O que os une é a Tropicália (onde Gil e Gal marcaram presença),movimento musical que eletrificou a música brasileira,que andava muito careta e nacionalista na época,e com certeza influenciou Nando Reis.

  • A música ”Nada Mais” marca a fase mais popular e radiofônica de Gal Costa.Ouvi muito este LP,que tem ”Chuva de Prata”,outro grande hit da época.Pena que a música com apelo popular hoje seja tão ordinária.

  • Pouco antes da Elis Regina morrer ela disse,”No Brasil,só duas cantam,eu e a Gal”.Exagero da pimentinha,muita gente cantava bem e continua cantando pelo País afora.E para o meu gosto particular,a perfeição da Gal só funciona no estúdio,as suas performances ao vivo não me convence,com algumas exceções,claro.Aliás,as exceções só servem para atrapalhar as minhas teorias.

    Na minha modesta opinião,a Maria Bethânia ao vivo é mais expressiva que a Gal.

Deixe um comentário para Kkkkkkk Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *