GRUPO MADALENA – “BRASIL PANDEIRO”

Hoje vou apresentar aos prezados leitores e às estimadas leitoras – caso não conheçam – um grupo musical nascido na Vila Madalena, um bairro charmoso e simpático de São Paulo, onde moravam todos os integrantes.

O som agradável dos rapazes e a voz bonita da cantora Lívia Bertini me foram indicados por um amigo. Quem acompanha o programa “Sr Brasil”, com o imprescindível Rolando Boldrin, na TV Cultura, já deve tê-los visto cantando.

O nome do quinteto – Grupo Madalena – é, naturalmente, uma homenagem ao bairro onde tudo começou, por volta de 2005. O grupo surgiu do desejo de seus integrantes de manter viva a poesia de grandes compositores brasileiros de samba, chorinho e bossa nova, alguns deles já meio que esquecidos.

O primeiro CD do grupo foi lançado em 2013, com clássicos da música brasileira e também com composições dos integrantes da banda. Já no segundo CD, lançado recentemente, todas as letras foram escritas por uma poetisa – Lúcia Tina – que trata a temática feminina de uma forma diferente.

Durante a pandemia, o Grupo Madalena fez uma interessante releitura de “Smile”, do Charles Chaplin, que pode ser vista aqui. E, se você viu o vídeo, deve ter reparado a inclusão, ao final, de um trecho de “O Bêbado e a Equilibrista”. Não foi por acaso que o Grupo Madalena fez isso: a famosa canção de Aldir Blanc e João Bosco, que se tornou o hino da Anistia, foi inspirada em Chaplin.

Por sinal, muita gente imagina que Chaplin é o único autor de “Smile”. Na verdade, ele é o autor apenas da melodia, que foi feita para o histórico filme “Moderns Times” (“Tempos Modernos”), de 1936. A música só ganhou uma letra 18 anos depois, em 1954, escrita pela dupla John Turner e Geoffrey Parsons.

No Brasil, “Smile” ganhou uma versão (“Sorri”) do compositor Carlos Alberto Ferreira Braga, o Braguinha, também conhecido – sabe-se lá por que – como João de Barro. Ele era especialista em fazer letras para grandes melodias. Em 1936, João de Barro fez os conhecidíssimos versos de “Carinhoso”, cuja melodia Pixinguinha tinha composto 20 anos antes, em 1916.

Voltando ao Grupo Madalena, vejam, no vídeo abaixo, a releitura do quinteto para o clássico “Brasil Pandeiro”, do Assis Valente:

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