Eu já escrevi sobre o grupo Choro das 3 neste modesto blog, em pelo menos duas ocasiões – aqui e aqui. Integrado pelas talentosíssimas Corina (flauta), Lia (violão 7 cordas) e Elisa Meyer Ferreira (bandolim, piano, clarinete, acordeon), o grupo tinha um quarto integrante: o pai das meninas, Eduardo Ferreira, o seo “Dudu”.
Eduardo, que aprendeu a tocar pandeiro e outros instrumentos de percussão para acompanhar as filhas, foi uma das vítimas da covid-19. Toda a família contraiu o vírus, segundo explicou uma das meninas em uma live, poucos dias antes do pai morrer. Elisa, a caçula, foi a primeira. A mãe, dona Maria Cristina, chegou a ser hospitalizada e, felizmente, resistiu ao vírus.
Já Eduardo, depois de alguns dias intubado e não obstante as orações feitas pelos amigos e pelos fãs do grupo, não resistiu às complicações da covid. Ele, que não tinha comorbidades e ainda não tinha sido vacinado, morreu no Dia dos Namorados, 12 de junho, um sábado.
O dado relevante, além da falta que ele fará à família, é que Eduardo morava em Porto Feliz, cidade frequentemente citada por Jair Bolsonaro, Alexandre Garcia, Carlos Wizard e outros bolsonaristas, como modelo de sucesso do tal tratamento precoce. O prefeito era elogiado por distribuir cloroquina nos postos de saúde. Até ontem, 03/09, a cidade contabilizava 146 óbitos por covid.
Deixemos, porém, a boçalidade bolsonarista de lado. A nós que gostamos da boa música, o que nos interessa mesmo é que as meninas se recuperem do duro golpe e voltem a nos presentear com as suas lives musicais. Elas, que se apresentavam sempre às quintas-feiras, se quedaram mudas desde que o pai morreu.
No vídeo abaixo, Eduardo Ferreira e as filhas, acompanham o seresteiro Paulo Godoy, no clássico chorinho “Carinhoso”, de Pixinguinha e João de Barro:
É verdade, Cleverson. A família é bastante católica. Inclusive, uma das músicas que o falecido mais gostava de ver as filhas tocando era a “Ave Maria”. Só não me lembro se era a do Gounod ou a do Schubert.
Se nåo me engano Cardosinho, eles cantaram algumas vezes no programa do Sílvio Brito na Rede Vida
É verdade, Cleverson. A família é bastante católica. Inclusive, uma das músicas que o falecido mais gostava de ver as filhas tocando era a “Ave Maria”. Só não me lembro se era a do Gounod ou a do Schubert.
Obrigado !!