KLEITON & KLEDIR E MPB4 – “PAZ E AMOR”

Nos tempos complicados que estamos vivendo, uma canção que fala de paz e amor. O texto é do crítico musical Mauro Ferreira, do G1:

Em 1980, egressos do grupo gaúcho Almôndegas, os irmãos Kleiton Ramil e Kledir Ramil entraram em cena como a dupla Kleiton & Kledir, conquistando instantaneamente o Brasil com som que evocava referências musicais do sul do país com modernidade pop.

Nessa viagem interestadual, a canção Vira virou – composição de autoria de Kleiton Ramil – rompeu as fronteiras do Brasil e fez escala em Portugal, sendo gravada pela dupla e pelo grupo MPB4 em discos editados simultaneamente. Até por isso, mas não somente por isso, o encontro de Kleiton & Kledir com o MPB4 na gravação da inédita canção Paz e amor já soaria especialmente relevante.

Só que, além de relevante, o singlePaz e amor é expressivo pela beleza dessa canção acalentadora. Composição de autoria de Kleiton Ramil e Kledir Ramil, a canção Paz e amor propaga ideais de esperança e fraternidade, reacendendo a crença no “velho sonho” de que fala a letra escrita sem pieguice e com fé no poder restaurador da humanidade.

Os versos da canção convidam à reflexão. “É… a gente errou e entrou na contramão / E desinventou a civilização / Ah… onde foi que a gente se perdeu? / Não sei dizer o que aconteceu / Só sei que dá pra achar a solução / Encontrar a luz no frio da escuridão / E acender a vela, o fogo da paixão”, propõem a dupla e o quarteto a seis vozes, entrelaçadas harmonicamente na gravação.

Bem valorizado na mixagem de Ricardo Pinto, o envolvente arranjo vocal de Kleiton Ramil potencializa a beleza da canção Paz e amor, disponível em single desde sexta-feira, 9 de outubro, em edição da gravadora Biscoito Fino.

E o fato é que tanto Aquiles, Dalmo Medeiros, Miltinho e Paulo Magaluti Pauleira quanto Kleiton Ramil e Kledir Ramil há tempos não apresentavam música inédita à altura dos históricos da dupla e do MPB4.

A força da canção Paz e amor está diretamente relacionada à turbulência do mundo atual – desarmonia enfatizada pela pandemia, mas já latente antes da disseminação do coronavírus – mas, como música, transcende esse momento ruim da humanidade.

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