MILTON NASCIMENTO – “MARIA, MARIA”

A melodia de “Maria, Maria” foi composta por Milton Nascimento em 1976, para integrar a trilha sonora de um balé do Grupo Corpo. Fernando Brant, autor do roteiro do balé, inspirou-se nas mulheres negras de nome Maria que trabalharam em sua casa, quando ele, ainda criança, morava em Diamantina.

Sem letra, “Maria, Maria” era cantada por Milton à base “lá-lá-lás”. Até que, em 1978 – depois que o Grupo Corpo já tinha excursionado pelo Brasil e até pelo exterior – Milton cismou de pedir a Brant que fizesse uma letra para que a música fosse incluída em seu próximo disco.

Para Brant foi moleza. Segundo o livro “A Canção no Tempo”, Brant compôs os versos de “Maria, Maria” durante o intervalo de um jogo do Brasil na Copa do Mundo de 1978, aquela em que a seleção brasileira foi, nas palavras de seu técnico, Cláudio Coutinho, a “campeã moral”. Explico: nossa seleção não perdeu nenhum jogo e foi desclassificada no saldo de gols depois de um jogo suspeito em que a Argentina goleou o Peru, cujo goleiro, um peruzeiro, era argentino.

Deixemos, porém, o Cláudio Coutinho de lado e voltemos a “Maria, Maria”, que foi gravada ainda em 1978 e tornou-se um dos destaques do famoso disco Clube de Esquina 2. A música foi um marco na carreira de Milton que, a partir dela, passou a ser conhecido em toda a América.

No clipe abaixo, com a participação das atrizes Zezé Mota e Camila Pitanga, a versão mais recente de “Maria, Maria”.

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