POLETTO LEMBRA OS 40 ANOS DA MORTE DE VINÍCIUS DE MORAES

Dos grandes poetas e compositores homenageados com nome de rua em Jales – Carlos Drumond de Andrade, Manuel Bandeira, Ataulfo Alves, Ary Barroso, etc. – Vinícius de Moraes foi o único que nos deu o prazer de uma visita. Foi em 1972, quando o poetinha, acompanhado por Toquinho, Trio Mocotó e Marília Medaglia (e não Maria Creuza, como dizem alguns) esteve em nossa cidade para um show no Cine Jales.

Sete anos mais tarde, em 1979, após um show no TUCA, em que Toquinho e Vinícius comemoravam dez anos de parceria, o jalesense Luiz Carlos Seixas perguntou a ambos se eles se lembravam do show em Jales. Toquinho – que, dois ou três anos depois, já sem Vinícius, voltaria a fazer um show em Jales, dessa vez com Maria Creuza e Francis Hime – disse que não se lembrava.

Vinícius – que fez mais de mil shows pelo Brasil naqueles anos de “circuito universitário” – talvez não se lembrasse de Jales, mas lembrou-se de um detalhe: “Lembra, Toquinho, aquela casa bonita, daquele médico nordestino?”. O médico era o doutor Eduardo Ferraz Ribeiro do Valle, na casa de quem Vinícius e seus acompanhantes tomaram alguns uísques antes e depois do show.

Entre os acompanhantes, a bela e jovem baiana Gessy, sétima mulher do poetinha, a quem ele não jurou amor eterno, mas prometeu que seria infinito enquanto durasse. Durou sete anos. Depois de Gessy, veio a oitava, Marta Regina, e a nona e última, Gilda Matoso, que o encontrou morto na banheira, na manhã do dia 09 de julho de 1980.

Hoje, completa-se 40 anos que Vinícius morreu. Sobre a data, o escriba Marco Antonio Poletto publicou, em sua página no Facebook, o texto abaixo:

O Brasil perdeu um pouco de sua métrica, estrofes, rimas e ritmo no dia 9 de julho de 1980 quando Vinícius de Moraes, que nasceu com o nome de Marcus Vinicius de Melo da Cruz Moraes, fechou seus olhos pela última vez após complicações de um edema pulmonar, aos 66 anos, em uma casa no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro. O poeta e compositor deixou em seu legado grandes clássicos como o Soneto da Fidelidade e a música brasileira que mais foi gravada por artistas daqui e do exterior: Garota de Ipanema.

Esta canção surgiu de repente, em 1962, quando Tom Jobim e Vinícius estavam sentados em um bar na praia de Ipanema, quando avistaram uma bela jovem de 17 anos que circulava pela areia a caminho do mar. Ela se chamava Helô Pinheiro e jamais imaginava que alguém lhe observava ou que havia composto uma canção falando de seu andar.

Na foto lá de cima, Vinícius e Helô Pinheiro. E, para acompanhar o texto, o Poletto escolheu uma versão de “Garota de Ipanema”, gravada durante show de Tom, Vinícius, Toquinho e Miúcha, na Itália:

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