ROBERTO FREJAT – “VESTI AZUL”

A ministra Damares é menina ou menino? A se julgar pela foto acima, é menino, mas, aparentemente, é apenas uma imbecil deslumbrada com o poder.

Ontem, ela visitou uma loja de Brasília vestida de azul e o vendedor viu-se no direito de perguntar-lhe: “e aí ministra, você é menino ou menina?”. A reação de Damares e suas acompanhantes foi filmar o rapaz, tentando, talvez, intimidá-lo. Mas… (veja aqui).

A polêmica me fez lembrar de um velho sucesso de Wilson Simonal, “Vesti Azul”. Apesar de ter ficado mais conhecida na voz de Simonal, a música, na verdade, foi feita para uma menina. Em 1968 – o ano que não acabou – o compositor Nonato Buzar recebeu a incumbência de fazer um música para a cantora Adriana, então com apenas 14 anos.

Em menos de meia hora Nonato compôs a música, cujo nome original era “Anjo Azul”, em homenagem a um filme de Marlene Dietrich. Ocorre que alguém, sem o conhecimento do autor, mostrou a música a Simonal que ouviu, gostou e também gravou, só que com o nome “Vesti Azul”.

As duas gravações saíram ao mesmo tempo, mas a de Simonal – que tinha um programa na TV Record – fez mais sucesso. “Vesti Azul” seria gravada também no exterior, em versão de Paul Anka e Sammy Cahn, com o nome de “Something Else”.

Um dos artistas mais bem pagos da época, Simonal viu sua carreira entrar em declínio após um episódio em que seu contador foi torturado pelo regime militar. Simonal acabou sendo processado e condenado e, para tirar os militares de sua cola, redigiu um documento dizendo-se delator.

Depois disso, ele passou a ser considerado “dedo-duro” pelo pessoal da MPB e foi marginalizado. Morreu em 2000, ainda com a pecha de “traidor” e “dedo-duro”. No vídeo abaixo, “Vesti Azul” é cantada pelo ex-Barão Vermelho Roberto Frejat, em show realizado em homenagem a Simonal:

4 comentários

  • Uma ministra de Igreja

    Bolsonaro teve o apoio dos evangélicos. Em troca, logicamente, “deu” um ministério para eles. Indicaram a pastora Damares. Porem ela se mostra despreparada para esse cargo e já falou muitas besteiras.
    Ela se diz “terrivelmente cristã” —apesar de o Estado ser laico. E afirmou que “menino veste azul e menina veste rosa”. Acho que a ministra tem muitos problemas a resolver pois não cabe, agora, discutir isso.
    O seu ministério é da Mulher, Família e Direitos Humanos que terá a Funai para coordenar. Com o problema de demarcação e desapropriação de terras dos índios, e outros.
    Ela deveria deixar o problema de gays e lésbicas, para a sociedade resolver.
    Ela não é ministra de igreja evangélica.

  • jumento que votou em bozonaro

    acho que essa muie bebe gasolina. da uma boa drupa sertaneja com janaina pascoal

  • Eles e as cores

    Não é rosa e nem azul, os esquerdistas querem é o 50 tons de cinza.
    Já o presidiário Lula quer laranjado. Cor dos companheiros de cela
    Os petistas querem vermelho!
    Já o Bolsonaro não quer é o preto porque as “coisas” estão ficando pretas por seu “furos”.

  • Ótimo post. Só gostaria de acrescentar que Vesti Azul foi adaptada para o inglês por Paul Anka e Sammy Cahn como você bem pontuou. O motivo desta adaptação foi a vinda de Jimmy Cliff em 1968 ao Brasil para participar do Festival Internacional da Canção daquele ano represetando seu país. Nesta vinda aproveitaram para fazer um disco de adaptações de algumas músicas brasileiras para o inglês para o artista jamaicano interpreta-las. O disco gravado recebeu o título In Brazil e hoje é um LP raríssimo da discografia de Jimmy Cliff, chegando a custar em torno de 300 dólares. Vesti Azul recebeu o título She’s Something Else e manteve praticamente os mesmos arranjos da gravação de Simonal. Outra adaptação interessantíssima é a de Andança que virou The Lonely Walker.

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