TIAGO ABRA: ‘O DRAMA DA SACOLINHA’
Na semana passada, fui escalado pelo Paulo Aruca, editor de A Tribuna, para ouvir clientes dos nossos supermercados e escrever uma matéria sobre o fim da distribuição gratuita das sacolinhas de plástico. Nas minhas andanças, a imensa maioria das pessoas que ouvi, se disse favorável à medida, que – até prova em contrário – visa a preservação do meio ambiente.
E hoje, um visitante do blog cobrou a opinião deste aprendiz de blogueiro sobre o assunto. Vejam aí:
Anônimo
30 janeiro 2012 às 8:48Faz tempo que precisamos de um Prefeito… Cardosinho em relação a não distribuição de sacolas no mercado o que você pensa? não li nada a respeito no seu blog… até mais!
A minha opinião sobre o fim da sacolinha gratuita não tem a menor importância, mas eu concordo com o que escreveu o Tiago Abra, em artigo publicado no jornal A Tribuna, neste final de semana, abaixo reproduzido:
Os supermercados pararam de distribuir gratuitamente as sacolinhas de plástico na quarta-feira. Grande parte da população de São Paulo ficou revoltada e encheu as redes sociais de reclamações.
O principal argumento é de que esta seria uma medida para os comerciantes ganhar ainda mais dinheiro e que a preservação do meio ambiente é uma desculpa. Na verdade, essa revolta é causada pelo comodismo, pelo fato de você poder ir ao supermercado, pegar quantas sacolas quiser, sem se preocupar com o que acontecerá depois.
Infelizmente, campanhas de conscientização não bastam para educar o povo. Desde criança escuto coisas do tipo “precisamos preservar o meio ambiente, recicle, não jogue lixo nas ruas”. Mas nada disso adianta. Infelizmente, o brasileiro só aprende quando mexem no seu bolso.
Na Europa, o cliente tem que pagar se quiser pegar sacola plástica. A esmagadora maioria leva sua própria sacola reciclável, sem reclamar. Ao contrário, é elegante colaborar com a preservação do meio ambiente, afinal um mero pedaço de plástico demora mais de 100 anos para se decompor.
Mas e se eu estiver de moto? Quando morei em Londres, ia ao trabalho de bicicleta todos os dias e sempre andava com uma mochila para o caso de ter que passar no supermercado ou em outro lugar. Ou seja, ao invés de ficar arrumando desculpas, é preciso que cada um arrume uma solução, o que é simples de se fazer neste caso. Sem drama.
Pequenas atitudes fazem a grande diferença, sim. E para que isso aconteça é necessário uma mudança de hábitos de todos. É preciso parar de olhar somente para o próprio umbigo e começar a pensar no bem coletivo.