Blog do Cardosinho

Como já havia procedido – corretamente, diga-se – com relação a quatro representações protocoladas anteriormente contra o vereador tucano Bruno de Paula, o presidente da Câmara, Bismark Kuwakino (PSDB), remeteu ao arquivo morto a quinta denúncia que pedia uma punição contra o polêmico edil.

Bismark, mais uma vez, arquivou a denúncia sem encaminhá-la ao Conselho de Ética, embasado em parecer do procurador jurídico da Câmara, Rodrigo Murad Vitoriano, que considerou a representação inepta. Ou seja, desprovida de embasamento legal, ou coisa assim.

O mote para a representação contra o vereador, apresentada pelo jornalista Alexandre Ribeiro, o Carioca, foi sua curiosa participação em uma sessão remota da Câmara, em que ele apareceu dirigindo seu veículo ao mesmo tempo em que acompanhava os importantes assuntos debatidos por seus colegas.

Para Bismark, a atuação de Bruno não configurou ofensa à imagem do Poder Legislativo, “mesmo porque tudo ocorreu no início da sessão, quando se tratava predominantemente de leituras de indicações e requerimentos”. Segundo Bismark, “não houve prejuízo de qualquer espécie à atuação do nobre vereador, e a sua atitude não passou de um caso fortuito, sem intenção ou planejamento”.

Ao mesmo tempo em que determinou o arquivamento da representação, Bismark, por prevenido, determinou também que o vereador Bruno de Paula fosse oficialmente notificado a fim de evitar comportamentos semelhantes em futuras sessões.

Embora um ou outro desafeto do vereador Bruno esteja comemorando a “advertência” de Bismark como se fosse uma punição do Conselho de Ética, a verdade é que a ficha do nobre edil junto ao citado Conselho continua completamente limpa.