BOLSONARO COMEMORA 1000 DIAS DE GOVERNO COM POBREZA, INFLAÇÃO, FOME E MORTE

Do jornalista Leonardo Sakamoto:

Jair Bolsonaro completa 1000 dias de governo com números assombrosos: chegamos a 14,7 milhões na extrema pobreza, como aponta reportagem especial do UOL neste domingo (26), 14,4 milhões de desempregados, 19,1 milhões de famintos e quase 600 mil mortos por covid-19, com uma cesta básica que subiu 34% nos últimos 12 meses, em Brasília, e 26%, em Porto Alegre, gasolina que ultrapassa R$ 7 em muitas cidades e o risco de apagões até dezembro.

Até aqui, o legado bolsonarista é um Brasil mais pobre, mais faminto, mais desesperançoso. Para celebrar a efeméride, o presidente vai divulgar um projeto nacional para gerar empregos de qualidade e um pacote de ações a fim de garantir comida a quem tem fome, abandonar o negacionismo e reconhecer que a cloroquina nunca atrapalhou o combate à pandemia e ser mais transparente na crise energética? Não, organizou uma série de comícios eleitorais pelo país.

Entre eles, pasmem, há inauguração de trecho de 10 quilômetros de asfalto no Sul da Bahia, cerimônia de assinatura de concessão de aeroportos em Boa Vista, visita a uma estação de metrô em Belo Horizonte, assinatura de concessão de rodovia em Anápolis e, pasmem de novo, inauguração de obras de ampliação do aeroporto regional de Maringá.

Sim, Jair Bolsonaro parece um vereador federal. E age como tal para reduzir a reprovação de seu governo, que chegou a 53% nas últimas pesquisas Datafolha e Ipec (ex-Ibope).

Sua gestão é um caos de inflação, desemprego, fome e morte. Mas o que chamamos de inferno, a militância bolsonarista dos tiozão do zap, formada por ruralistas, madeireiros e garimpeiros ilegais, policiais e militares que agem como milicianos, religiosos fundamentalistas e empresários gananciosos, chama de paraíso.

Após 1000 dias, diante de escombros, Bolsonaro pode estufar o peito e dizer: vim, vi e venci, talkey?

O texto completo pode ser lido no UOL.

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