BOLSONARO RECEBE R$ 350 MIL DE EMPRESÁRIO QUE GANHOU R$ 2 MILHÕES DO GOVERNO

Deu no blog do Guilherme Amado, no Metrópoles:

Jair Bolsonaro recebeu doação eleitoral de R$ 350 mil de empresário cuja empresa ganhou subvenção de R$ 2,1 milhões do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Após o Ministério da Ciência e Tecnologia beneficiar a Stara S.A com a subvenção, o presidente do Conselho de Administração e principal acionista da empresa, Gilson Trennenpohl, doou R$ 350 mil à campanha de Jair Bolsonaro.

Trennenpohl é o segundo maior doador da campanha de Bolsonaro, atrás apenas de Nelson Piquet, que doou R$ 500 mil e tem um contrato de R$ 6,1 milhões com o governo, conforme mostrou a coluna.

Empresa gaúcha do setor de maquinário agrícola, a Stara foi beneficiada no ano passado com contrato de subvenção de R$ 2,1 milhões, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia e destinado a investir em projetos de desenvolvimento tecnológico. Desse valor, a metade já foi paga: R$ 1,054 milhão.

Não foi o único benefício concedido pelo governo Bolsonaro à empresa de seu segundo maior doador de campanha: também no ano passado, a Financiadora de Estudos e Projetos da Ciência e Tecnologia, empresa pública do ministério, autorizou um financiamento de R$ 4,7 milhões à Stara S.A.

O termo de outorga e subvenção econômica foi para “novo controlador eletrônico inteligente para equipamentos agrícolas com tecnologia”. À época dos contratos, a pasta era comandada por Marcos Pontes, que deixou o ministério para concorrer ao Senado por São Paulo.

Gilson Trennenpohl presidiu a Stara até 2020, quando decidiu passar o comando da empresa para o filho, Átila Trennenpohl, para se dedicar ao Conselho Administrativo da companhia. Em 2018, Gilson deu uma entrevista em que, vestido com camisa usada por eleitores de Bolsonaro, defendeu a eleição do então candidato.

“Como empresário, e até por não ter nenhuma facilidade, eu nunca, nunca, nunca, nunca me envolvi em política. Nada. Nem para candidato a prefeito aqui na nossa cidade (de Não-Me-Toque)” afirmou Gilson à época. Desde então, a política parece ter entrado cada vez mais na vida do empresário.

2 comentários

  • Bolsonaro e o "Jair Cashback"

    Bolsonaro tem sido chamado de “Jair Cashback”.
    Porque? A parte do dinheiro que o governo está investindo em empresas e celebridades assumidamente bolsonaristas.
    Estão “retornando” ao próprio presidente, como doações para sua campanha nas Eleições de 2022.
    Um dos exemplos é o Piquet que teve contratos milionários com o governo.
    Ele doou R$ 200 mil ao PL, partido do Bolsonaro.
    O empresário já havia destinado R$ 501 mil diretamente à campanha do Bolsonaro.
    Mas quem sustenta mesmo, a campanha de bolsonaro, é a turma do agronegócio

  • so jumento votou no bozo

    agora conta uma novidade, cardosinho.

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