BOLSONARO USA A MÃE PARA MENTIR SOBRE VACINAÇÃO

Deve ser por isso que o Bozo não gosta da imprensa. Ela está sempre mostrando que ele é um mentiroso. A notícia é do UOL:

O cartão de vacinação contra covid-19 apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro como sendo de sua mãe, Olinda Bonturi Bolsonaro, e que comprovaria que ela foi vacinada no último dia 12 com a vacina de Oxford, indica um número de lote compatível com a CoronaVac, do Instituto Butantan, não com o imunizante fornecido pela Fiocruz.

Além disso, a data prevista para a segunda dose, 5 de março, é a recomendada para a CoronaVac, não para a vacina de Oxford.

O cartão foi exibido por Bolsonaro em sua live semanal na internet, na quinta-feira (18), para provar que sua mãe foi imunizada com a primeira dose da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford com o laboratório AstraZeneca, importada pelo governo federal, e não com a CoronaVac, fornecida pelo governo do estado de São Paulo, conforme havia sido divulgado em reportagem do portal R7.

Em sua live, Bolsonaro disse que ia desmentir a reportagem do portal pertencente ao Grupo Record. Em seguida, apresentou um papel impresso com a cópia ampliada do que seria, segundo ele, o cartão original de vacinação de sua mãe.

A mãe de Bolsonaro, que tem 93 anos, mora em Eldorado, no interior paulista, e foi vacinada em casa.

O comprovante foi preenchido com o nome completo da mãe de Bolsonaro, a data em que foi administrada a primeira dose (12/02/2021), o lote da vacina (200278), o fabricante (Oxford), o nome do vacinador (Walter) e seu registro profissional (317.633). Na coluna ao lado, a lápis, consta a data indicada para a segunda dose (05/03/2021).

Apesar de o cartão exibido por Bolsonaro apontar “Oxford” como fabricante, o número do lote indica que a vacina aplicada é a CoronaVac. No site do Instituto Butantan, o lote 200278 foi um dos dezesseis da CoronaVac que receberam autorização emergencial da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 22 de janeiro.

Já os lotes da vacina de Oxford distribuídos pela Fiocruz para o estado de São Paulo, segundo site do Ministério da Saúde, são o 4120Z004 e o 4120Z005.

Além do número do lote indicado no cartão apresentado por Bolsonaro não ser compatível com a vacina de Oxford, há também a questão da data para aplicação da segunda dose.

Se o imunizante recebido por dona Olinda fosse o de Oxford, a segunda dose deveria ser ministrada entre dois e três meses depois da primeira. Ou seja, apenas de 12 de abril em diante.

Já a recomendação para a CoronaVac, a vacina do Instituto Butantan, é de que a segunda dose seja ministrada 21 dias depois. Ou seja, exatamente no dia 5 de março, conforme consta no comprovante exibido por Bolsonaro.

Não bastasse isso, os dados oficiais do governo federal indicam que nenhum morador de Eldorado recebeu a vacina de Oxford em 12 de fevereiro, o dia em que ela foi vacinada.

Segundo informações públicas que constam no site do Ministério da Saúde, as últimas 10 doses da vacina de Oxford foram aplicadas no município no dia 9 de fevereiro, três dias antes de dona Olinda ser vacinada.

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